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Fenômeno anual ligado ao cometa Halley poderá ser visto do Brasil nesta madrugada; especialistas recomendam locais escuros para observar até 20 meteoros por hora

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 21/10/2025 às 09:46
Orionídeas atingem pico nesta madrugada: NASA explica como os fragmentos do cometa Halley criam rastros luminosos visíveis a olho nu em todo o país
Orionídeas atingem pico nesta madrugada: NASA explica como os fragmentos do cometa Halley criam rastros luminosos visíveis a olho nu em todo o país
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Fenômeno anual ligado ao cometa Halley será visível a olho nu em todo o Brasil nesta madrugada, com até 20 meteoros por hora cruzando o céu em regiões de baixa poluição luminosa

O cometa Halley volta a protagonizar um dos eventos astronômicos mais aguardados do ano: a chuva de meteoros Orionídeas, que poderá ser observada de diferentes regiões do Brasil nesta madrugada. O fenômeno atinge seu pico entre a noite desta terça-feira (21) e a madrugada de quarta-feira (22), com potencial para exibir até 20 meteoros por hora sob boas condições atmosféricas.

A chuva é formada por partículas deixadas pelo cometa Halley em sua trajetória pelo Sistema Solar. Quando esses fragmentos penetram a atmosfera terrestre, entram em combustão e produzem rastros luminosos visíveis a olho nu. Mesmo sem o cometa estar próximo da Terra, sua herança cósmica continua a iluminar os céus todos os anos, em um fenômeno de rara beleza e valor científico.

Melhores horários e locais para observação no Brasil

Segundo dados astronômicos recentes, o melhor horário para observar o fenômeno é entre meia-noite e 2h da manhã, quando o radiante da constelação de Órion ponto de onde os meteoros parecem se originar está mais alto no céu.

Em locais afastados de centros urbanos, observadores poderão ver até 20 meteoros por hora, número que pode cair para entre 5 e 10 nas cidades com forte poluição luminosa.

Especialistas recomendam buscar locais escuros, com horizonte livre e ampla visibilidade do leste, preferencialmente em áreas rurais ou de praia.

A observação deve ser feita a olho nu, sem necessidade de telescópios ou binóculos.

A orientação é chegar cerca de 20 minutos antes do início previsto, para permitir que os olhos se adaptem à escuridão e aumentem a sensibilidade à luz dos meteoros.

Por que o fenômeno ocorre todos os anos

A chuva de meteoros Orionídeas acontece quando a Terra cruza a trilha de detritos deixada pelo cometa Halley, que completa uma órbita ao redor do Sol a cada 76 anos.

Mesmo ausente do campo visual terrestre, o cometa deixa para trás pequenas partículas de poeira e rocha que permanecem flutuando em sua rota.

Ao atravessar essa região do espaço, a atmosfera terrestre entra em contato com os resíduos do cometa Halley.

A velocidade de impacto é altíssima cerca de 66 quilômetros por segundo e o atrito com o ar faz as partículas se incinerarem instantaneamente, gerando os rastros brilhantes e coloridos que chamamos de meteoros.

Um dos fenômenos mais marcantes do calendário astronômico

As Orionídeas são consideradas uma das chuvas de meteoros mais bonitas e consistentes do calendário astronômico anual.

Mesmo com uma taxa moderada de meteoros por hora, a intensidade e o comprimento dos rastros luminosos tornam o evento especialmente atrativo para astrônomos e curiosos.

Em condições ideais, longe da interferência das luzes urbanas, a experiência pode revelar traços de até 20 vezes o brilho médio observado em grandes cidades.

Para muitos, trata-se de uma oportunidade de reconexão com o cosmos e de apreciação de um fenômeno que se repete há milênios, mantendo viva a memória do cometa mais famoso da história.

O legado do cometa Halley

O cometa Halley foi registrado pela primeira vez em 240 a.C. e reaparece a cada sete décadas aproximadamente.

Sua última passagem ocorreu em 1986, e o próximo retorno está previsto para 2061.

Até lá, os fragmentos deixados por ele continuarão proporcionando os espetáculos anuais das Orionídeas e das Eta Aquáridas, que ocorrem em maio.

Para pesquisadores, cada observação representa também uma janela de estudo sobre a composição dos cometas e a dinâmica do Sistema Solar.

As partículas incandescentes permitem compreender melhor como corpos celestes menores interagem com a Terra e influenciam o ambiente espacial ao redor do planeta.

Mesmo sem precisar de equipamentos, o fenômeno das Orionídeas exige paciência e atenção.

A cada rastro luminoso, é possível testemunhar fragmentos que viajaram por séculos antes de se desintegrar diante de nossos olhos.

E você, já observou a chuva de meteoros ligada ao cometa Halley? Pretende procurar um local escuro para acompanhar o espetáculo nesta madrugada? Conte nos comentários como é sua experiência com o céu noturno e se o fenômeno despertou sua curiosidade astronômica.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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