Gigante chinesa do setor ferroviário anuncia investimento milionário e produção de trens em Araraquara, interior paulista, com foco em projetos estratégicos para São Paulo e expansão nacional.
A cidade de Araraquara, localizada no interior do estado de São Paulo, foi escolhida para receber uma nova unidade industrial da gigante chinesa CRRC, considerada atualmente uma das maiores fabricantes de trens do mundo.
Segundo informações do Governo do Estado de São Paulo, o investimento inicial para a instalação da planta industrial foi estimado em R$ 50 milhões, valor que será direcionado à produção de trens para atender a demandas do Metrô de São Paulo e do projeto Trem Intercidades, que prevê a ligação ferroviária entre a capital paulista e a cidade de Campinas.
O secretário de Parcerias e Investimentos do Estado, Rafael Benini, detalhou que a CRRC deverá operar em parte da estrutura já existente na cidade, atualmente utilizada pela coreana Hyundai Rotem.
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O processo ocorrerá por meio de um arrendamento, ainda sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão federal responsável por autorizar operações empresariais de grande porte no Brasil.
Conforme informações oficiais, a expectativa é que a produção dos novos trens tenha início em meados de 2026, após a conclusão dos trâmites regulatórios.
Investimento da CRRC em Araraquara impulsiona indústria ferroviária paulista
O interesse da CRRC pelo mercado brasileiro se intensificou após a assinatura de um contrato recente para o fornecimento de 44 novos trens ao Metrô de São Paulo.
O acordo representa um dos maiores investimentos estrangeiros recentes no setor de mobilidade urbana da região Sudeste e reforça a presença da empresa em projetos estratégicos de infraestrutura no país.
Além do fornecimento de trens, a CRRC já atua em duas concessões relevantes de transporte urbano: o Metrô de Belo Horizonte e o Trem Intercidades, ambos em parceria com o grupo brasileiro Comporte, ligado à família Constantino, tradicional no setor de transporte rodoviário.
O anúncio da instalação da fábrica chinesa em Araraquara ocorre em um momento de forte expansão dos investimentos no setor ferroviário nacional, impulsionados por novas concessões, parcerias público-privadas e políticas de incentivo à mobilidade sustentável.
A escolha da cidade foi motivada, segundo fontes do governo estadual, pela infraestrutura já disponível, mão de obra qualificada e localização estratégica próxima a importantes polos logísticos e rodovias do estado de São Paulo.
CRRC amplia presença global com operação estratégica no Brasil
A CRRC, cuja sigla significa China Railway Rolling Stock Corporation, tem histórico consolidado no fornecimento de composições ferroviárias para dezenas de países e é reconhecida internacionalmente por sua capacidade tecnológica e soluções inovadoras no segmento metroferroviário.
A operação brasileira se soma ao portfólio global da empresa, que já possui contratos em mercados da Ásia, Europa, África e América Latina.
De acordo com dados divulgados em 2024, a CRRC emprega mais de 180 mil pessoas em suas operações ao redor do mundo e investe anualmente em pesquisa e desenvolvimento para aprimorar tecnologias de transporte ferroviário.
Geração de empregos e impactos econômicos no interior paulista
Segundo informações da Secretaria de Parcerias e Investimentos do Estado, a chegada da CRRC em Araraquara deve ampliar o potencial industrial da região e gerar novos postos de trabalho diretos e indiretos.
O impacto socioeconômico é visto como positivo tanto pelo setor produtivo quanto pelas lideranças locais, que destacam a importância do investimento estrangeiro para o fortalecimento da economia regional e para o desenvolvimento tecnológico do polo ferroviário paulista.
Além do contrato já firmado para o fornecimento de trens ao Metrô de São Paulo, o consórcio liderado pela CRRC também analisa a possibilidade de participar de licitações para operar as Linhas 10 e 14 da rede de trens urbanos da capital paulista.
Esses projetos, atualmente em fase de estruturação pelo governo estadual, devem ampliar ainda mais a demanda por novas composições ferroviárias, consolidando a presença da fabricante chinesa no setor de transporte coletivo sobre trilhos no Brasil.
Aprovação regulatória e etapas do projeto industrial
O processo de instalação da nova unidade industrial prevê etapas rigorosas de aprovação e fiscalização por parte dos órgãos reguladores brasileiros.
O arrendamento de parte da planta da Hyundai Rotem, por exemplo, depende da análise criteriosa do Cade, que avalia eventuais impactos concorrenciais e o cumprimento da legislação vigente.
Segundo o cronograma apresentado pelo governo paulista, a operação plena da fábrica está prevista para o segundo semestre de 2026, quando os primeiros trens deverão ser entregues para utilização nos projetos do Metrô e do Trem Intercidades.
Internacionalização e modernização da mobilidade urbana brasileira
A parceria estratégica entre a CRRC e empresas nacionais como o grupo Comporte reflete uma tendência de internacionalização dos investimentos em mobilidade urbana no Brasil, estimulando a modernização do setor e a adoção de padrões tecnológicos avançados.
O modelo adotado busca atender a demandas crescentes por transporte público eficiente, sustentável e seguro, respondendo às necessidades das grandes cidades brasileiras e contribuindo para a integração regional.
Entre os desafios a serem enfrentados pela nova operação estão a adaptação tecnológica às exigências regulatórias locais, a capacitação da mão de obra e a incorporação de processos produtivos sustentáveis, em linha com as diretrizes ambientais e sociais previstas para o setor ferroviário brasileiro.
Segundo especialistas, a atuação de grandes fabricantes internacionais tende a elevar o patamar de qualidade dos serviços oferecidos à população e estimular a concorrência no segmento, trazendo benefícios diretos aos usuários e ao desenvolvimento urbano.
NO BRASIL NÃO TEM, ENTÃO TEM DE VIR DE FORA. COMO SEMPRE.
Será vítima da carga tributária, IPI, CLT, FGTS, PIS-COFINS, INSS etc ou vai encher de chinês ?
Lição maior:_ quem não faz( o Bostil) leva ( o Bostil).