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Fabricante chinesa anuncia tecnologia revolucionária capaz de recarregar carros elétricos em segundos 

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 15/04/2023 às 11:43
NIO - carros elétricos - carro elétrico
Foto: NIO/Divulgação

A chinesa NIO acaba de anunciar nova tecnologia de troca de baterias de carros elétricos. A ideia é que a troca de baterias se iguale ao tempo de abastecimento em postos de gasolina.

A Nio, uma das gigantes da China no segmento de carros elétricos, anunciou recentemente que expandirá sua rede de estações de troca de baterias no país asiático. Serão mais de 2.300 pontos instalados em locais movimentados. Vale destacar que um carro elétrico pode levar horas na tomada para recuperar energia, a depender da tecnologia de carregamento utilizada.

Para contornar este impasse, a NIO pretende efetuar a troca de baterias dos modelos, reduzindo significativamente o tempo parado em estações de recarga.

Entenda como funciona a tecnologia que recarrega carros elétricos em segundos

Basicamente, os postos levam menos de 5 minutos para extrair a unidade gasta abaixo do veículo e instalar um novo pacote. Na substituição, o carro é deslocado levemente para as laterais para que o alinhamento completo da nova bateria seja garantido.

O carro é então levantado em torno de 50 milímetros para a instalação do novo componente, que é previamente carregado a 90% para prolongar a vida útil das células. Segundo o Jornalista Richard Ingram, dez parafusos guiados a laser prendem a bateria no veículo com apenas uns cliques e golpes.

Carro elétrico - troca de baterias - veiculos elétricos
Processo de troca de bateria de um carro elétrico da Nio/Divulgação

Cada estação da NIO conta com 13 baterias preservadas sob condições de temperatura controladas. Os clientes noruegueses que optarem por não comprarem o pacote e fazer assinatura do plano da empresa têm direito a duas trocas gratuitas mensais, ou o kWh equivalente de carregamento.

Segundo informações, na época em que foi lançado, em meados de 2021, a marca cobrava 10 euros pela troca de bateria, mais 20 centavos de euros por kWh adicional. Até o fim da década, a empresa planeja espalhar 5 mil postos de troca de baterias para carros elétricos na China, EUA e Europa. Mil estações serão instaladas fora de seu país de origem.

NIO também desenvolve carregador ultrarrápido

Segundo a Nio, a tecnologia de troca já pode ser considerada mais veloz do que aguardar o abastecimento de um veículo a combustão no posto. O método também atua em locais que ainda não suportam a instalação de carregadores mais potentes.

Por ora, a principal desvantagem é o custo de manutenção. O sistema não sai nada barato para a empresa, que busca manter todas as estações em funcionamento e sempre abastecidas com baterias carregadas.

No ano passado, a empresa de carros elétricos lançou sua própria rede de carregadores ultrarrápidos. Segundo a empresa, a tecnologia conseguirá disponibilizar até 500 kW, sendo superior a rivais como GAC Aion com seu carregador de 480 kW. O produto da empresa possui capacidade para gerar uma corrente máxima de 650 amperes.

Chinesa planeja fabricar suas próprias baterias para carros elétricos

A NIO ainda não afirmou o quão rápido a nova tecnologia poderia carregar seus carros elétricos, especialmente porque nenhum deles parece conseguir atuar com mais de 90 kW atualmente.

A fabricante planeja lançar um pacote de baterias de estado sólido de 150 kWh para seus modelos, para que seja possível carregar a 500 kW. Sendo assim, será possível utilizar todo o potencial do carregador que, na época, deu a entender que a NIO fez o anúncio para não ficar atrás das rivais chinesas em um futuro próximo.

Além do carregador para carros elétricos, a Xpeng também lançou seu carregador ultrarrápido de 480 kW na época, colocando pressão sobre a NIO de igualar esta potência.

A NIO anunciou que, a partir de 2024, começará a fabricar suas próprias baterias para carros elétricos de 800 volts, que provavelmente não serão de estado sólido. Entretanto, estes componentes devem gerar velocidades de carregamento muito maiores do que os atuais ET7 ou ES8.

Fonte: Tilt UOL

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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