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Fábrica da Fiat em Betim, no estado de Minas Gerais, suspenderá parte da produção por falta de chips

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 30/09/2021 às 14:15
Fábrica – Minas Gerais – Fiat – produção
Fábrica da Fiat em Betim/ Fonte: G1

Os funcionários da fábrica da Fiat em Minas Gerais ficarão em casa por três meses a partir do dia 4 de outubro, próxima segunda-feira

Após meses seguindo com a produção apesar da escassez de semicondutores, a Fiat mostra que nem ela está imune à falta do componente. A empresa anunciou que iniciará o processo de layoff para cerca de 1,8 mil funcionários da fábrica de Betim, em Minas Gerais a partir do dia 4 de outubro, que ficarão em casa por três meses. A marca diz que a suspensão acontecerá no turno da noite de uma única linha de montagem e os carros afetados não foram revelados. Leia ainda esta notícia: Novas férias coletivas são anunciadas pela Renault em sua fábrica em São José dos Pinhais, no estado do Paraná

Redução na produção da fábrica da Fiat

O complexo industrial de Betim, em Minas Gerais, é responsável pela montagem de Argo, Doblò, Grand Siena, Mobi, Uno, Strada e, mais recentemente, Pulse. Além disso, o local ainda tem a fábrica de motores da linha Firefly, nas versões aspirada e turbo. Os rumores iniciais diziam que o layoff poderia ser aplicado para até 6,5 mil funcionários e que poderia durar até quatro meses. O acordo entre a fabricante e os trabalhadores foi finalizado ontem e a marca já anuncia a medida para o início de outubro, reduzindo o ritmo de produção até o final do ano.

Esta decisão acontece em um momento crucial para a Fiat, pois o Pulse está próximo de chegar às lojas. A empresa já iniciou a produção do veículo e confirmou a apresentação final para o dia 19 de outubro, quando deve começar uma pré-venda, antes de chegar às concessionárias em novembro. Reduzindo a quantidade de turnos, a marca consegue reservar parte da matéria-prima para usar na montagem do SUV compacto e conseguir atender à primeira demanda.

Acordo com os trabalhadores da unidade

Em seu comunicado, a Fiat culpa a falta dos semicondutores como o motivo principal da paralisação de produção da fábrica, mas cita a escassez de outros insumos não revelados. A Stellantis até fez algumas paralisações pontuais ao longo do ano, parando um turno da fábrica em dois momentos, ambos com uma parada de 10 dias e que afetou 1,9 mil funcionários.

Em contrapartida a essa decisão, a Fiat pretende manter os salários integralmente dos empregados, que recebem até R$ 3.500. Para os que ganham mais, existirão cortes proporcionais e que aumentam conforme os ordenados forem maiores. Os convênios médicos também serão mantidos em sua totalidade e haverá uma ajuda de custo de R$ 70 para aqueles que forem trabalhar de casa e precisam utilizar internet.

Confira também esta notícia: Volkswagen coloca 800 funcionários em férias coletivas por falta de material para produção, em fábrica no interior de São Paulo

A Volkswagen iniciou um novo período de férias coletivas para 800 funcionários da fábrica de Taubaté, no interior do estado de São Paulo. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, a paralisação é por causa da falta de peças e vai se estender por 10 dias. Essa é a sexta vez que a fábrica que produz os modelos Gol e Voyage, anuncia paralisações neste ano.

O motivo alegado pela empresa é a falta de peças, principalmente semicondutores, que desde o início da pandemia estariam em falta e atrapalhando a produção de veículos. O sindicato informou que a medida vai valer para um grupo de 800 funcionários, o equivalente a um turno de produção. A data prevista para retorno dos trabalhadores à fábrica de Taubaté, no interior do estado de São Paulo, é dia 7 de outubro.

Atualmente, a fábrica de Taubaté produz os carros Gol e Voyage, mas está em fase de instalação de uma plataforma MQB, que vai permitir que a fábrica produza outros modelos de veículos. Segundo o sindicato, é a sexta vez no ano em que a Volkswagen coloca os funcionários em férias coletivas. O período mais recente havia sido entre agosto e setembro, quando 800 trabalhadores foram afetados pela medida, também por falta de peças.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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