As exportações no Paraná alcançam US$ 17,7 bilhões até setembro de 2025, com destaque para soja, carne de frango e novos mercados internacionais, consolidando o Estado entre os maiores exportadores do Brasil
As exportações no Paraná atingiram um novo patamar em 2025, refletindo a capacidade do Estado em se adaptar ao cenário global e diversificar seus destinos comerciais, segundo uma matéria publicada.
De janeiro a setembro, o Paraná exportou US$ 17,7 bilhões, registrando um saldo positivo de US$ 2 bilhões frente às importações de US$ 15,6 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Ipardes.
Essa performance coloca o Estado como 5º maior exportador do Brasil e o líder do Sul do País.
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A chegada dos produtos paranaenses a 209 mercados internacionais confirma um movimento consistente de expansão, impulsionado por setores como o agronegócio, a indústria automobilística e o setor de energia.
Em meio às transformações do comércio global, o Paraná demonstra uma sólida capacidade de inovação e competitividade, sustentando seu protagonismo nas exportações brasileiras.
Crescimento nas exportações agrícolas impulsiona novos mercados internacionais
As exportações no Paraná continuam a ter na soja em grão seu principal motor, com US$ 3,7 bilhões exportados e 20,9% de participação na balança comercial.
O farelo de soja, responsável por US$ 953,2 milhões, também reforça a presença paranaense nos mercados da Ásia e Oriente Médio.
No entanto, a China reduziu suas compras, representando 23,7% das exportações, contra 28,5% no ano anterior, reflexo da diminuição do uso de farelo de soja na ração animal.
Essa mudança abriu espaço para novos destinos, como Índia e Irã, que aumentaram significativamente suas aquisições de produtos agrícolas e industriais.
A Índia, por exemplo, ampliou sua participação de 1,8% para 2,7%, puxada pelo óleo de soja bruto, que somou US$ 338,8 milhões, representando 71,6% das exportações para o país.
Indústria paranaense moderniza processos e amplia exportações automotivas
A modernização industrial tem garantido que as exportações no Paraná avancem também em setores de maior valor agregado, como o automotivo e o químico.
A Argentina, principal destino dos automóveis produzidos no Estado, praticamente dobrou sua participação nas importações, saltando de 4,3% para 8,2% entre 2024 e 2025. As vendas de veículos cresceram 253%, chegando a US$ 367,7 milhões, segundo o Ipardes.
Além disso, os produtos químicos orgânicos e metalúrgicos tiveram crescimento expressivo nas exportações para a Índia, com variações positivas de 37,4% e 24,9%, respectivamente.
Esses avanços indicam uma indústria em sintonia com as exigências do mercado global e reforçam o papel do Paraná como polo exportador de bens de alto valor industrial.
Expansão comercial com países asiáticos fortalece a balança do Paraná
A diversificação geográfica das exportações no Paraná tem sido um diferencial estratégico. Países como Irã e Singapura ampliaram significativamente suas compras.
O Irã respondeu por 2,5% das vendas externas do Estado, com US$ 434,7 milhões, dos quais US$ 269,8 milhões vieram de cereais, um crescimento de 476,6% em relação a 2024.
Já Singapura aumentou sua participação de 1,3% para 1,9%, com destaque para óleos e combustíveis, que movimentaram US$ 222,6 milhões de janeiro a setembro, alta de 101,6%.
Essas relações consolidam a estratégia de ampliar parcerias comerciais fora do eixo tradicional China–Estados Unidos, garantindo maior estabilidade frente às oscilações das potências econômicas.
Produtos de origem agrícola e industrial garantem saldo positivo na balança comercial
Com exportações no Paraná totalizando US$ 17,7 bilhões, o saldo comercial positivo de US$ 2 bilhões evidencia a força produtiva do Estado.
Dos valores exportados, US$ 10,5 bilhões correspondem a alimentos, incluindo carne de frango in natura (US$ 2,6 bilhões e 14,8% da pauta), açúcar bruto (US$ 830,7 milhões), papel (US$ 618,5 milhões) e cereais (US$ 616,8 milhões).
Segundo Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes, o Paraná “vem ampliando as exportações para mercados como Argentina, Índia, Irã e Singapura, agregando valor à indústria e à produção agrícola”.
Essa combinação entre tecnologia industrial e produtividade rural fortalece o papel do Estado como um dos grandes protagonistas do comércio exterior brasileiro, destacando-se pela eficiência logística e pela competitividade internacional.