Quatro países retiraram restrições após foco de Influenza Aviária no RS, e agora 44 nações mantêm o mercado aberto para a carne de aves brasileira.
Chile, Namíbia, Macedônia do Norte e Arábia Saudita anunciaram a retirada das restrições temporárias que haviam imposto à importação de carne de aves do Brasil.
A medida ocorreu depois da conclusão do foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), registrado em Montenegro, no Rio Grande do Sul.
A decisão foi considerada relevante porque amplia novamente o alcance das exportações brasileiras. O Brasil depende fortemente desse mercado e, portanto, cada país que reabre suas portas fortalece a posição do setor no comércio global.
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Mercados sem restrições
Atualmente, 44 países não impõem restrições à carne de aves do Brasil. Entre eles estão África do Sul, Argentina, México, Vietnã, Reino Unido, Índia, Egito e Emirados Árabes Unidos.
A lista também inclui vizinhos sul-americanos como Bolívia, Paraguai, Peru e Uruguai, além de importantes destinos no Oriente Médio, como Catar, Kuwait e Jordânia.
O Brasil mantém assim um mercado diversificado, o que garante estabilidade às exportações. Além disso, a presença em diferentes regiões reforça a confiança no sistema sanitário brasileiro.
Países com suspensão total
Alguns destinos, no entanto, continuam com medidas mais duras. Canadá, China, Malásia, Paquistão, Timor-Leste e União Europeia mantêm a suspensão total das importações de carne de aves brasileiras.
Essa posição reflete cautela sanitária e afeta diretamente o volume comercializado. Mesmo assim, o setor aposta na retomada gradual porque a IAAP já foi controlada.
Restrições regionais e municipais
Outros países optaram por limitar as proibições. Armênia, Rússia, Ucrânia e Omã suspenderam apenas as exportações vindas do Rio Grande do Sul. O Japão restringiu a compra de aves dos municípios de Campinápolis e Santo Antônio da Barra.
Além disso, Maurício, São Cristóvão e Nevis, Suriname e Uzbequistão aplicam restrições específicas por zonas. Esse processo de regionalização segue as regras da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e da Organização Mundial do Comércio (OMC).