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Cartões clonados, contas invadidas e golpes em massa: Brasil vive a pior onda de fraudes da história!
As tentativas de fraude no setor bancário explodiram no início de 2025. Segundo levantamento da Serasa Experian, entre janeiro e março foram registradas quase 1,9 milhão de tentativas de golpe contra bancos e emissores de cartão de crédito — um número 21,5% maior do que no mesmo período de 2024, e o maior já registrado desde que a série histórica começou, em 2023.
Se todos esses ataques tivessem sido bem-sucedidos, o rombo no sistema financeiro poderia ultrapassar R$ 15,7 bilhões, segundo estimativas da própria Serasa. O número alarmante mostra que os criminosos estão cada vez mais organizados e sofisticados, mirando exatamente os pontos mais sensíveis do sistema financeiro.
Bancos e cartões: o novo epicentro dos golpes digitais
De acordo com o Indicador de Tentativas de Fraude, divulgado pela Serasa, o setor de Bancos e Cartões concentrou nada menos que 54% de todas as tentativas de fraude ocorridas no país no primeiro trimestre deste ano. Isso significa que mais da metade dos golpes tentados no Brasil têm como destino final os cofres dos bancos ou os limites dos cartões dos consumidores.
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Para Caio Rocha, diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, esse avanço se dá principalmente por dois fatores: o valor elevado das operações financeiras e a digitalização massiva dos serviços bancários. “O setor de Bancos e Cartões segue sendo o epicentro das fraudes digitais no Brasil, com volume e sofisticação cada vez maiores por parte dos golpistas”, explicou Rocha.
Segundo ele, investir em tecnologias que monitoram o comportamento do usuário em tempo real é essencial para conter o avanço desses crimes. “É esse tipo de inovação que protege milhões de transações por dia e garante a confiança no sistema”, conclui.
Golpes com cartão de crédito lideram o ranking do medo
Não é só o número de tentativas que impressiona. O impacto direto na vida do consumidor também está crescendo. De acordo com o Relatório de Identidade e Fraude 2025, também da Serasa, 53,8% dos brasileiros afirmam já ter sido vítima ou conhecer alguém que caiu em golpes com cartão de crédito.
Além disso, esse tipo de fraude é o que mais assusta o público: 27,5% dos entrevistados disseram ter mais medo de golpes com cartão do que de qualquer outro tipo de fraude digital.
Esse temor não é infundado. Golpistas têm criado esquemas cada vez mais engenhosos, como clonagem de cartão por aproximação, uso de dados vazados em transações online e até falsos atendentes bancários, que conseguem convencer o cliente a repassar informações sensíveis.
Outros setores afetados
Apesar de os bancos liderarem o ranking, outros segmentos também aparecem no mapa de calor dos golpistas:
- Serviços: 31,9% das tentativas de fraude
- Instituições financeiras fora do setor bancário: 6,7%
- Telefonia: 5,7%
- Varejo: 1,7%
Esses dados mostram que praticamente todos os setores da economia estão sob ameaça, embora o setor bancário continue sendo o mais visado.
O que está por trás desse crescimento?
A explosão de fraudes tem algumas causas principais:
- A popularização do PIX, que facilitou a movimentação instantânea de dinheiro e é explorado em esquemas como o “golpe do motoboy” ou do “falso agendamento”.
- O crescimento do e-commerce, que multiplicou as oportunidades de uso indevido de cartões.
- O aumento no vazamento de dados, muitas vezes decorrente de ataques a grandes empresas, como o caso do vazamento da Americanas em 2023.
Como se proteger?
A Serasa orienta que os consumidores adotem medidas simples, mas eficazes:
- Evite clicar em links recebidos por SMS ou WhatsApp, especialmente se vierem de supostos bancos.
- Use autenticação em dois fatores sempre que possível.
- Desconfie de ligações pedindo confirmação de dados pessoais ou bancários.
- Monitore com frequência sua fatura do cartão e o extrato bancário.
Além disso, serviços como o Serasa Antifraude oferecem alertas em tempo real caso seus dados sejam usados indevidamente.
A importância da prevenção em escala nacional
Segundo dados da Febraban, os bancos investiram mais de R$ 30 bilhões em tecnologia apenas em 2024 — parte desse montante foi direcionado para sistemas antifraude baseados em inteligência artificial e machine learning.
Esse tipo de sistema cruza milhares de variáveis em tempo real para identificar movimentações suspeitas e bloquear transações antes que o golpe seja concretizado.
