A busca por petróleo na Foz do Amazonas tem gerado preocupações para ambientalistas e organizações da sociedade civil.
Recentemente, um documento assinado por 80 organizações foi enviado a representantes do governo Lula para alertar sobre as possíveis consequências da exploração de petróleo e gás natural na região. O foco principal das preocupações é a possibilidade de impactos ambientais e o aumento das emissões de gases de efeito estufa.
A região da Foz do Amazonas está localizada na Margem Equatorial, área que é rica em petróleo, de acordo com a Petrobras. A estatal tem previsto um investimento de US$ 2 bilhões para explorar a região, que está localizada em águas profundas e ultraprofundas na fronteira entre o litoral do Amapá e o Rio Grande do Norte.
Impactos ambientais
Para as organizações da sociedade civil que assinaram o documento, a exploração de petróleo na Foz do Amazonas pode provocar graves impactos na biodiversidade do local. A costa amazônica é uma região importante para a conservação da biodiversidade, e a extração de petróleo e gás natural pode afetar o equilíbrio ambiental da região.
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Dessa forma, a licença de exploração não deveria ser emitida antes de uma análise multidisciplinar, com abrangência regional, para verificar os possíveis impactos da extração do “novo pré-sal”. Segundo as organizações, a exploração na região poderá retirar investimentos destinados a fontes de energia renováveis, o que seria incoerente com os compromissos assumidos pelo governo brasileiro para com a população brasileira e a comunidade global.
Posicionamentos
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defende a extração de combustíveis fósseis na região. A empresa planeja perfurar um poço a mais de 160 km do ponto mais próximo da costa e a mais de 500 km da Foz do Rio Amazonas. Ele considera essa exploração estratégica para a empresa, mas muitos questionam se a busca por petróleo deve prevalecer sobre a preservação ambiental.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), alertou Jean Paul Prates que iria se posicionar contra a proposta de buscar petróleo na foz do Rio Amazonas. Ela vê a exploração de petróleo na região como uma ameaça à biodiversidade do local e ao meio ambiente em geral.
Organizações que assinaram o documento
Entre as organizações que assinaram o ofício enviado ao governo federal estão a ClimaInfo, o Greenpeace Brasil, o Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé), o Observatório do Clima, o Observatório do Petróleo e Gás (OPG), a Oceana e o WWF-Brasil, entre outras entidades. Essas organizações buscam conscientizar a população sobre os impactos ambientais que podem ocorrer caso a busca por petróleo na região seja autorizada.