Exército e Marinha do Brasil fecharam parceria para a construção de até 200 embarcações blindadas. Entenda como isso beneficiará a defesa nacional.
Nos últimos meses, foi firmado um contrato entre a Diretoria de Fabricação do Exército Brasileiro e o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, visando avançar em um projeto de aquisição de embarcações blindadas para o Exército. Esta parceria entre o Arsenal de Marinha e a diretoria do Exército resultará na construção de quatro lanchas de operações ribeirinhas, destinadas ao uso dos militares do Exército.
Exército e Marinha do Brasil planejam adquirir até 200 lanchas
As lanchas serão do modelo Félix do Araguaia e sofrerão alteração de acordo com as demandas da Força Terrestre em suas missões ribeirinhas. Dentro do projeto de obtenção de embarcações blindadas, o exército poderá adquirir até 200 lanchas.
Este lote representa apenas um passo inicial para futuras aquisições e a conclusão do programa. A construção destas quatro embarcações blindadas é crucial para o Arsenal de Marinha do Brasil, pois não só mantém sua produção ativa, mas também abre expectativas de novas encomendas. Para o Exército, a aquisição é extremamente importante, pois se trata de uma embarcação nacional de alta qualidade e excelente desempenho.
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Aumentar a produção nacional para nossas forças armadas fortalece a cadeia produtiva da base industrial de Defesa do Brasil, impulsionando a geração de empregos e o desenvolvimento de conhecimento.
A construção das embarcações blindadas pela Marinha e pelo Exército do Brasil poderá ocorrer em diferentes localidades, como no Rio de Janeiro, na Base Naval de Val-de-Cães ou na Base Fluvial de Ladário, que já possui experiência na construção de unidades da lancha Excalibur.
A Marinha do Brasil tem como objetivo aumentar a cadência de produção para as futuras embarcações blindadas Félix do Araguaia, entre outros modelos.
Embarcações do Exército e Marinha podem patrulhar até 370 km de vias fluviais
A assinatura do acordo entre Exército e Marinha do Brasil contou com a presença do Chefe de Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), do Diretor Geral do Material da Marinha (DGMM), do Vice-Chefe do Departamento de Engenharia e Construção (DEC), do Diretor Industrial da Marinha (DIM), Diretor de Material de Engenharia (DME), Diretor de Fabricação (DF), órgãos diretamente envolvidos na Obtenção desse Produto de Defesa dentro do Projeto de Obtenção de Embarcações Blindadas (POEB) em cooperação com a Marinha do Brasil.
A parceria permitirá ganho no poder de combate das Organizações Militares que realizam Operações Ribeirinhas em proveito do Comando Militar da Amazônia, Comando Militar do Norte, Comando Militar do Oeste e Comando Militar do Sul.
As embarcações blindadas são capazes de transportar até um Grupo de Combate de Infantaria armado e equipado, possui proteção blindada e poder de fogo compatível com a natureza das Operações que executa, podendo patrulhar até 370 km de vias fluviais, ampliando a capacidade do Exército Brasileiro de atuar na defesa da faixa de fronteira e no combate aos crimes transfronteiriços.
Características técnicas das unidades a serem fabricadas
As embarcações blindadas contam com comprimento de 8,83 m, boca de 2,74 m, calado de 0,53 m (rabeta), velocidade máxima superior a 28 nós, capacidade de transporte de 17 tripulantes, casco de alumínio tipo planeio, velocidade de planeio de 21 nós, dois propulsores centro-rabeta de 320 hp, óleo diesel marítimo (ODM), lateral e frontal, altura média de 1100 mm, cabine aberta, deslocamento de 5,6 toneladas, suporte para 01 MAG na proa e 02 metralhadoras tipo 7,62 nas laterais.
Vale mencionar que a comitiva do Exército Brasileiro teve a oportunidade de conhecer o Edifício nº4 onde serão construídas as embarcações.