Plano do Exército dos EUA prevê aumento de 30% na capacidade de defesa aérea, uso de inteligência artificial e interceptação antecipada de mísseis.
O Exército dos EUA está a cerca de três meses de apresentar sua nova estratégia de defesa aérea e antimísseis para 2040. A informação foi confirmada pelo Tenente-General Sean Gainey, comandante do Comando de Defesa Espacial e de Mísseis, durante o Simpósio de Defesa Espacial e de Mísseis, realizado na terça-feira.
No mesmo evento, um ano antes, Gainey havia anunciado que o documento estava em desenvolvimento. Na época, afirmou que ele abordaria ameaças complexas e emergentes, com previsão de lançamento para outubro de 2025.
O oficial destacou que a nova estratégia considera lições aprendidas no campo de batalha e as oportunidades trazidas pela inteligência artificial e tecnologias avançadas.
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Segundo ele, o planejamento também revisita fundamentos essenciais, lembrando que “a massa tem uma quantidade própria”.
Conflitos influenciam planejamento
A guerra na Ucrânia e os combates no Oriente Médio evidenciaram os desafios que o Exército enfrentará no futuro. Esses conflitos servem como referência para aprimorar a capacidade de defesa aérea e antimísseis.
O plano prevê ampliar essa capacidade em 30% nos próximos oito anos. A última estratégia havia sido divulgada em 2018, com foco no período até 2028, concentrando-se na estrutura e organização das forças.
Agora, o documento incluirá também o desenvolvimento do Golden Dome, escudo de defesa antimísseis idealizado pelo ex-presidente Donald Trump.
Mudanças no campo de batalha
De acordo com Gainey, o Exército incorporará novas formas de combate, combinando capacidades letais e não letais e integrando fogos ofensivos e defensivos. Também prevê maior interação entre humanos e máquinas, com uso ampliado de inteligência artificial.
O Sistema Integrado de Comando de Batalha (IBCS) será central nesse processo. Ele conecta qualquer sensor a qualquer atirador, permitindo unir capacidades dispersas e criar áreas prioritárias de defesa conforme a necessidade.
Outro ponto de destaque será a prioridade na derrota de mísseis inteligentes, atingindo a ameaça antes de seu lançamento. Essa abordagem, segundo Gainey, é fundamental para lidar com ataques em grande escala.
Papel da inteligência artificial
A inteligência artificial terá papel crucial para reduzir a sobrecarga dos operadores. Isso será especialmente importante para o funcionamento do Golden Dome, que exigirá proteção de amplas áreas do território, algo que não pode depender apenas da força humana e de sistemas tradicionais.
Gainey ressaltou que a derrota antecipada de mísseis representa uma mudança significativa no cálculo estratégico, já que permite responder de forma mais eficiente a salvas cada vez maiores.
Expansão da defesa nacional
O Exército espera ampliar seu envolvimento na defesa antimísseis nacional, além da gestão do atual sistema terrestre de médio curso.
“O Comando de Defesa Espacial e de Mísseis já fornece defesa ao território nacional e, à medida que avançamos, vemos esse comando assumindo um papel maior”, afirmou Gainey.
Com a nova estratégia, o Exército dos EUA pretende alinhar tecnologia, experiência em combate e novas doutrinas para enfrentar as ameaças até 2040.