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Exército do Brasil se juntou com a FAB para vencer tropas americanas e garantir soberania do Brasil. O que estava em jogo? A MAIOR reserva de nióbio do mundo

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 25/01/2025 às 18:28
Em 1993, o Brasil enfrentou tropas americanas na fronteira e protegeu a maior reserva de nióbio do mundo. Conheça a Operação Surumu!
Em 1993, o Brasil enfrentou tropas americanas na fronteira e protegeu a maior reserva de nióbio do mundo. Conheça a Operação Surumu!

Tropas americanas na fronteira, nióbio cobiçado e uma ameaça à Amazônia. Em 1993, a Operação Surumu mostrou ao mundo a força do Brasil ao proteger sua soberania e garantir a integridade territorial. Descubra como as Forças Armadas frustraram planos de invasão estrangeira e preservaram uma das maiores riquezas naturais do país.

Por trás das densas florestas amazônicas, em 1993, o Brasil vivenciou um episódio digno de roteiro de cinema: tropas americanas e britânicas posicionadas em sua fronteira ameaçavam a soberania nacional.

O que motivou essa manobra? A cobiça internacional pela maior reserva de nióbio do mundo, localizada em Roraima, e um plano que poderia ter transformado a região em um país independente sob controle estrangeiro.

Sob a liderança de Itamar Franco, então presidente, e com as Forças Armadas em alerta máximo, o Brasil deu uma resposta militar estratégica e poderosa, reafirmando sua posição no cenário geopolítico global.

Esta é a história da Operação Surumu, uma ação que não só garantiu a integridade territorial brasileira, mas também marcou um capítulo decisivo na defesa da Amazônia.

Nióbio e a cobiça internacional

A Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, situada em Roraima, é uma das áreas mais ricas em nióbio no mundo.

Este mineral estratégico é essencial para a fabricação de superligas metálicas usadas na indústria aeroespacial e tecnológica.

Segundo o site Sociedade Militar, a riqueza mineral da região atraiu o interesse de potências internacionais, ONGs estrangeiras e ambientalistas que pressionavam o Brasil a demarcar a área como território indígena.

A estratégia internacional visava criar um “país indígena” independente, sob o pretexto de proteção ambiental e direitos dos povos originários.

Esse plano permitiria negociações diretas com empresas e governos estrangeiros, excluindo o Brasil da administração das riquezas locais.

Em janeiro de 1993, com Bill Clinton assumindo a presidência dos EUA e Al Gore liderando iniciativas ambientais na ONU, essa pressão alcançou seu ápice.

A descoberta de um plano de invasão

No dia 8 de setembro de 1993, Donair, um piloto civil brasileiro, avistou um acampamento militar incomum na fronteira com a Guiana.

Ao retornar à cidade de Uiramutã, a tensão já era palpável. O sargento da polícia militar local rapidamente comunicou o ocorrido ao 3º Pelotão Especial de Fronteira do Exército Brasileiro, situado em Pacaraima.

Paralelamente, informações chegaram ao governo brasileiro sobre dois navios de guerra americanos e britânicos atracados no Caribe, com helicópteros de transporte movimentando tropas para locais desconhecidos.

Quando um capitão do Exército sobrevoou a região no dia seguinte, confirmou-se a presença de cerca de 600 soldados americanos e britânicos em solo guianense, armados e estrategicamente posicionados.

Aeronaves C-130 americanas eram vistas aterrissando em pistas rústicas próximas, trazendo mais tropas. A situação era alarmante, exigindo uma reação rápida e contundente.

A resposta das Forças Armadas

Com a descoberta da movimentação militar estrangeira, o comando das Forças Armadas brasileiras desencadeou a Operação Surumu.

De acordo com o site Sociedade Militar, a operação foi apresentada à imprensa como um exercício militar, mas na prática era uma ação estratégica para proteger a soberania nacional.

Forças especiais foram deslocadas para a região em sigilo.

Aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) lançaram 850 paraquedistas no território, acompanhados por caças F-5M e AMX, que garantiam apoio aéreo e intimidavam qualquer movimentação estrangeira.

Tropas de infantaria de selva foram mobilizadas para reforçar a presença brasileira na região, enquanto precursores realizavam missões de reconhecimento especial.

O Exército Brasileiro estabeleceu trincheiras e armamentos pesados à margem do rio Maú, onde ficaram frente a frente com os soldados americanos e britânicos.

Um recado claro ao mundo

A demonstração de força do Brasil foi decisiva.

Segundo especialistas, a firmeza das Forças Armadas e a disposição do presidente Itamar Franco em defender o território nacional impediram que os Estados Unidos levassem adiante qualquer plano de invasão.

A possibilidade de um confronto direto, que poderia resultar em um conflito semelhante ao da Guerra do Vietnã, fez com que os americanos recuassem.

Embora a homologação da Reserva Raposa Serra do Sol tenha ocorrido anos depois, em um contexto político diferente durante o governo Lula, a Operação Surumu deixou um legado importante.

Conforme análise do site Sociedade Militar, o episódio destacou a importância de uma política de defesa robusta para garantir a soberania nacional diante da cobiça internacional pelas riquezas da Amazônia.

O impacto na geopolítica brasileira

A Operação Surumu não foi apenas uma resposta militar, mas um marco na política de defesa brasileira.

Ela mostrou ao mundo que o Brasil está disposto a proteger suas riquezas naturais e a integridade de seu território.

Além disso, reforçou a importância estratégica das Forças Armadas na preservação da Amazônia, um bioma que continua sendo alvo de interesses internacionais.

Esse episódio levanta uma questão importante: como o Brasil pode equilibrar a exploração sustentável de suas riquezas naturais com a proteção de sua soberania? Deixe sua opinião nos comentários!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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