Exercito britânico deve usar bicicletas elétrica equipadas com foguetes, modelos podem alcançar até 320 km de autonomia

Existe uma possibilidade crescente de que os militares britânicos venham a empregar um novo tipo de veículo bélico, desta vez, bicicletas elétricas.

Neste mundo em constante evolução, os avanços tecnológicos continuam a desempenhar um papel fundamental, até mesmo em áreas menos previsíveis, como a indústria militar. Entre estes avanços emergentes, as bicicletas elétricas armadas estão surgindo como uma ferramenta potencialmente revolucionária. Para entendermos melhor, vamos explorar o conceito de bicicletas elétricas militares e o seu uso potencial nas forças armadas britânicas.

Líderes de alto escalão na defesa britânica estão considerando a implementação de bicicletas elétricas para soldados

Existe uma possibilidade crescente de que os militares britânicos venham a empregar um novo tipo de veículo bélico, desta vez, no entanto, seria algo com duas rodas apenas. Líderes de alto escalão na defesa estão considerando a implementação de bicicletas elétricas equipadas com lançadores de foguetes. Essa ideia, embora inovadora, não é completamente inédita.

Na Ucrânia, observamos um exemplo de sucesso com o uso de e-bikes de alta velocidade e poderosas, utilizadas para alocar mísseis antitanque, desabilitando efetivamente tanques russos. Esta estratégia ucraniana está sendo avaliada cuidadosamente pelo exército britânico para possível adaptação às suas tropas.

Essas bicicletas podem atingir velocidades de até 80 km/h

O Secretário de Defesa, Ben Wallace, e o Chefe do Estado-Maior da Defesa, Almirante Sir Tony Radakin, recentemente revelaram que estão revisando as táticas militares do Reino Unido e as prioridades de gastos com base no conflito ucraniano. Entre os exemplos citados estava o uso de bicicletas elétricas Delfast pelos soldados ucranianos.

Essas e-bikes, produzidas localmente na Ucrânia, têm pedais funcionais que permitem estender seu alcance para mais de 320 km. Elas podem operar de forma puramente elétrica, sem a necessidade de pedalar, e quando operam sem restrições de desempenho, demonstram velocidade e potência que rivalizam com as bicicletas elétricas mais robustas.

Possuindo um acelerador manual, os pilotos podem utilizar os pedais como apoio para os pés se necessário, focando em manter a velocidade e navegando por terrenos complicados. Essas bicicletas podem atingir velocidades de até 80 km/h, tornando-as uma opção versátil para trilhas florestais e terrenos não pavimentados.

Um detalhe particularmente importante é a modificação dessas bicicletas para transportar os foguetes NLAW – armas antiblindadas leves de próxima geração. Essas armas, apesar de portáteis e projetadas para transporte por infantaria, são muito mais fáceis de transportar por grandes distâncias quando presas à traseira de uma bicicleta elétrica.

Diversas forças armadas ao redor do mundo têm testado bicicletas e motocicletas elétricas

E essa ideia não está restrita apenas à Ucrânia e ao Reino Unido. Diversas forças armadas ao redor do mundo têm testado bicicletas e motocicletas elétricas. Os EUA, por exemplo, estão experimentando ciclomotores elétricos da Huck Cycles, enquanto as Forças de Defesa da Nova Zelândia exploraram a patrulha com bicicletas elétricas da UBCO em 2020.

Além disso, a Noruega testou e-bikes com pneus grossos para patrulhas de fronteira em 2018, e desde 2021, soldados australianos vêm experimentando bicicletas elétricas furtivas. Várias unidades de forças especiais na Europa e no Oriente Médio também testaram mountain bikes elétricas de alta potência para uso no campo de batalha.

O potencial das bicicletas elétricas armadas no campo militar é inegável. À medida que a tecnologia evolui, esses veículos elétricos de duas rodas podem muito bem ser uma visão comum nos campos de batalha do futuro.