Exército Brasileiro reforça seu arsenal com mísseis FGM-148 Javelin, avançada tecnologia dos EUA que desempenhou papel crucial na guerra entre Ucrânia e Rússia. Confira os detalhes dessa aquisição!
O Exército Brasileiro está perto de finalizar a compra de centenas de novos mísseis FGM-148 Javelin, tecnologia dos EUA fabricada pela Raytheon e pela Lockheed Martin. A chegada do armamento deve acontecer depois de quase quatro anos que o Brasil fez o primeiro pedido de compra da tecnologia dos EUA. Entenda como os novos mísseis FGM-148 podem modernizar ainda mais as Forças Armadas Brasileira.
Tecnologia dos EUA equipará 1ª Companhia Anticarro Mecanizada
Os mísseis FGM-148 Javelin foram fundamentais para a Ucrânia parar a ofensiva russa no começo da guerra, em 2022. Segundo o comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro de Paiva, o Exército Brasileiro está em tratativa e a tecnologia dos EUA chega no próximo ano ou em 2026.
Os novos mísseis FGM-148 Javelin devem equipar a 1ª Companhia Anticarro Mecanizada (1ª Cia AC Mec), inaugurada no último dia 16 pelo general Tomás, que fez o anúncio da compra do novo armamento.
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Ele também informou que a força Terrestre deve, após ter concluído os testes com dois protótipos, fechar contrato para compra de 98 caças-tanques Centauro II-BR. Tomás estava acompanhado na sede da unidade pelo então comandante militar do Sudeste, general Guido Amin Naves, e pelo seu sucessor, o general Pedro Celso Coelho Montenegro. Segundo Tomás, o Exército Brasileiro estava em busca, há muito tempo, dessa tecnologia dos EUA Anticarro e conseguiu obter agora com três tipos de material.
Outros novos mísseis adquiridos pelo Exército Brasileiro
O comandante elencou os novos mísseis FGM-148 Javelin, Spike LR2 e Max 1.2 AC. A tecnologia dos EUA é um míssil portátil anticarro com orientação por infravermelho, ou seja, ele utiliza sistema fire and forget, que pode atingir alvos a até 4 mil metros.
O Brasil havia apresentado o primeiro pedido de compra em 2021, contudo, apenas no fim de 2022, o governo americano autorizou a venda.
Com isso, o Exército Brasileiro acabou adquirindo primeiro o míssil israelense Spike LR-2, cuja entrega também atrasou e a chegada ao país aconteceu apenas neste ano. O equipamento usa o chamado sistema fire, observe and update com o auxílio de IA.
Por meio dele, seu operador pode optar pelo controle manual do início ao fim do voo ou travar o alvo por meio da IA. Neste caso, ainda é possível fazer ajustes no voo até o impacto.
Segundo o comandante, esses novos mísseis oferecem ao Exército Brasileiro a capacidade de proteção contra carros, algo muito importante para qualquer tropa convencional do mundo. Agregada à 11ª Brigada de Infantaria Mecanizada, a 1ª CIA AC Mec deve ter a capacidade de ser transportada para qualquer parte do território nacional através dos aviões KC-390, da Força Aérea Brasileira.
Exército Brasileiro está cada vez mais equipado com novas tecnologias
Além dos novos mísseis FGM-148 Javelin, a brigada deve receber ainda os futuros blindados Centauro II-BR. Fabricado pelos italianos do Consórcio Iveco-OTO Melara (CIO), a torre do blindado é equipada com um canhão de 120 mm.
Trata-se de um Veículo Blindado de Combate de Cavalaria (VBC Cav), cuja compra faz parte do projeto de modernização das forças blindadas do país. Quando entrar em operação, ele será o mais poderoso veículo do tipo na América do Sul.
Também deve ganhar uma bateria antiaérea. Segundo Tomás, essa brigada é expedicionária e o Exército Brasileiro tem a brigada aeromóvel e uma brigada mecanizada pronta para atuar em qualquer ponto do Brasil. O comandante acrescentou que os primeiros centauros devem chegar em 2027 ao Brasil.