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EUA fora do jogo: guerra tarifária de Trump derruba exportações, Austrália cresce e Brasil lidera

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 30/09/2025 às 07:41
A guerra tarifária de Trump derrubou exportações dos EUA para a China. Austrália cresce no mercado e Brasil lidera com 2,41 milhões de toneladas.
A guerra tarifária de Trump derrubou exportações dos EUA para a China. Austrália cresce no mercado e Brasil lidera com 2,41 milhões de toneladas.
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A disputa entre Washington e Pequim reduziu as vendas americanas para menos de US$ 10 milhões, enquanto Brasil e Austrália ampliaram participação.

A carne bovina australiana tem assumido o espaço das exportações deixado pelos Estados Unidos no mercado chinês desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca.

O movimento redirecionou centenas de milhões de dólares que antes fortaleciam a pecuária americana para frigoríficos australianos e também consolidou o Brasil como principal fornecedor de carne bovina à China.

Segundo a agência Reuters, os embarques norte-americanos para a China, que chegavam a US$ 120 milhões mensais, colapsaram após Pequim não renovar as licenças de centenas de frigoríficos dos EUA, em março, no contexto da guerra tarifária intensificada por Trump.

As exportações despencaram para apenas US$ 8,1 milhões em julho e US$ 9,5 milhões em agosto, contra US$ 118 milhões e US$ 125 milhões nos mesmos meses de 2024.

Austrália ganha espaço

A Austrália aproveitou a lacuna e elevou as vendas para a China de uma média de US$ 140 milhões por mês para US$ 221 milhões em julho e US$ 226 milhões em agosto.

Essa rápida substituição ocorre porque a carne australiana possui características mais próximas da oferta americana, especialmente no gado confinado, fator que favoreceu sua aceitação no mercado chinês.

Brasil fortalece posição

Enquanto isso, o Brasil ampliou a vantagem como maior exportador global de carne bovina. Dados da Abrafrigo e da Secex mostram que, em agosto de 2025, o país embarcou 359,4 mil toneladas, gerando US$ 1,66 bilhão em receita.

O resultado representa alta de 19% em volume e 49% em faturamento na comparação anual.

No acumulado de janeiro a agosto, as exportações brasileiras somaram 2,41 milhões de toneladas, crescimento de 19% frente ao mesmo período de 2024.

A receita atingiu US$ 10,8 bilhões, avanço de 34%. A China absorveu quase 40% desse volume, com 948,4 mil toneladas, alta de 41% em relação ao ano anterior.

Somente em agosto, as compras chinesas saltaram de 106 mil toneladas em 2024 para 158 mil toneladas em 2025, uma expansão de 50%.

Cenário global

O impasse entre Washington e Pequim deve continuar prejudicando os frigoríficos americanos. Segundo Joe Schuele, porta-voz da Federação de Exportação de Carne dos EUA, a questão está “entrelaçada com outras disputas comerciais” e não deve ser resolvida no curto prazo.

Nesse contexto, a produção recorde da Austrália e a competitividade brasileira reforçam a perda de espaço dos EUA no maior mercado mundial de carne bovina.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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