Trump reduz tarifas para 15% em novo pacto com a UE, mas Brasil segue fora e será taxado em 50% a partir de agosto
EUA anunciam acordo comercial com União Europeia, com tarifas de 15% após encontro entre Donald Trump e Ursula von der Leyen neste domingo (27). A decisão reduz as taxas que seriam de 30% e abre espaço para investimentos de US$ 600 bilhões no território norte-americano.
O pacto inclui setores estratégicos como automóveis, semicondutores e medicamentos, enquanto aço e alumínio seguem com sobretaxa de 50%. O Brasil ficou de fora da negociação e enfrentará o dobro da tarifa imposta à Europa a partir de 1º de agosto.
Pacto inclui automóveis, energia e defesa
EUA anunciam acordo comercial com União Europeia, com tarifas de 15% para reequilibrar o comércio entre os blocos. Segundo Trump, trata-se do “maior acordo já feito” com o bloco europeu. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reforçou que a medida “cria certeza em tempos incertos”.
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O pacote inclui cláusulas de tarifa zero para aeronaves, medicamentos genéricos e produtos químicos específicos. Ficaram de fora bebidas alcoólicas e alguns setores agrícolas. O texto ainda será analisado pelos 27 países da UE, que têm reunião marcada para hoje.
Investimento bilionário e pressão geopolítica
EUA anunciam acordo comercial com União Europeia, com tarifas de 15% e promessa de investimentos de US$ 600 bilhões da UE nos Estados Unidos. A iniciativa reforça a estratégia de Trump de atrair capital europeu para setores de energia, defesa e tecnologia.
O acordo chega em meio a um cenário global de tensão comercial. Trump também fechou pactos com Reino Unido, Japão e países do Sudeste Asiático. Com o Japão, o modelo é semelhante: tarifas recíprocas de 15% e aportes bilionários em infraestrutura.
Brasil fora da mesa de negociação
EUA anunciam acordo comercial com União Europeia, com tarifas de 15%, mas o Brasil não foi incluído. A Casa Branca confirmou que produtos brasileiros, como café, carne e açaí, serão taxados em 50%. O presidente Lula criticou a exclusão e a falta de diálogo com Washington.
Especialistas apontam que a política tarifária de Trump é centralizada e geopolítica, dificultando negociações técnicas. O foco estaria no confronto com a China e no controle de setores estratégicos como terras raras e semicondutores, áreas em que o Brasil tem potencial, mas não influência diplomática.
Tarifas entram em vigor já em agosto
EUA anunciam acordo comercial com União Europeia, com tarifas de 15%, mas o restante do mundo terá pouco tempo para reagir. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que não haverá prorrogação e que as tarifas serão aplicadas a partir de 1º de agosto.
Segundo ele, “a alfândega começará a arrecadar imediatamente”. Isso pressiona países que não chegaram a um acordo, como o Brasil, a se adaptar ou perder competitividade no mercado norte-americano. Com o novo pacto, os EUA consolidam uma rede de aliados comerciais e isolam economias em desacordo com sua agenda externa.
Você acha que o Brasil deveria adotar retaliações comerciais ou buscar acordo com os EUA mesmo com as condições atuais?