Os Estados Unidos responderam à afirmação do ditador venezuelano Nicolás Maduro de que as sanções ao país sul-americano permaneceram “inalteradas” até que medidas concretas fossem tomadas para mudança do governo ditador para uma democracia.
“Enquanto Maduro e seus seguidores continuam oprimindo o povo venezuelano e desviando recursos para práticas corruptas, continuaremos pressionando o regime por meio de sanções”, disse um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA em entrevista à EFE.
Maduro não acredita no regresso à democracia e pede acordo com Biden. Na quinta-feira, Maduro pediu ao presidente dos EUA, Joe Biden, que suspendesse “todas as sanções” contra a Venezuela que o ditador considerou “criminosas”. Um porta-voz do Departamento de Estado insistiu que Maduro se sentasse com a plataforma unificada da oposição para “resolver os problemas da Venezuela e restaurar a democracia e o estado de direito no país”.
O governo Biden condicionou o levantamento das sanções a um acordo alcançado entre Maduro e a oposição durante negociações na Cidade do México. Os Estados Unidos não reconheceram o adversário de Maduro, Juan Guaidó, como presidente interino há duas semanas, apesar das negações do ditador. No entanto, o país também não reconhece a legitimidade do governo de Nicolás Maduro, afirmando que o regime é uma ditadura e um regresso à democracia.
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Maduro acha que relação com EUA precisa ser estabelecida
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse no começo de 2023 que o país está “totalmente preparado” para normalizar as relações com os Estados Unidos (EUA). Em entrevista à Telesur, televisão estatal venezuelana, Maduro afirmou que está disponível para reatar as relações diplomáticas, consulares e políticas com o atual e com os futuros governos norte-americanos.
Caracas tinha suspendido as relações com Washington em 2019, depois de o ex-presidente Donald Trump ter reconhecido o líder de oposição Juan Guaidó como presidente interino e ter imposto sanções ao país, entre elas um embargo ao petróleo.