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EUA de olho no seu Instagram? Veja o que muda na solicitação dos vistos F, M e J e como ajustar suas redes sociais para evitar problemas

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 25/08/2025 às 15:35
EUA exigem redes sociais públicas para vistos F, M e J. Entenda as mudanças no DS-160 e como evitar atrasos na análise.
EUA exigem redes sociais públicas para vistos F, M e J. Entenda as mudanças no DS-160 e como evitar atrasos na análise.
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Solicitantes dos vistos F, M e J precisam agora deixar perfis de redes sociais em modo público durante a análise consular. A medida amplia verificações digitais, impacta prazos de entrevistas e exige atenção redobrada ao preenchimento do formulário DS-160.

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil passou a exigir que solicitantes dos vistos F, M e J mantenham seus perfis de redes sociais em modo “público” durante o processo de análise consular.

De acordo com o site CNN Brasil, a orientação foi reforçada nas comunicações oficiais neste domingo (24), e segue diretrizes do Departamento de Estado publicadas em 18 de junho de 2025.

Na ocasião, o governo determinou uma checagem mais ampla da presença on-line de estudantes e intercambistas e retomou gradualmente o agendamento dessas categorias de visto.

A mudança busca permitir verificações completas de elegibilidade, com foco no que os oficiais consulares chamam de “vetting” da presença digital do candidato.

Desde então, os postos consulares foram autorizados a reabrir as agendas de entrevistas para F, M e J, após uma pausa no fim de maio para adaptação dos procedimentos.

O que mudou nos vistos estudantis

Até aqui, solicitantes já informavam, desde 2019, os identificadores de redes sociais utilizadas nos cinco anos anteriores no formulário DS-160.

A atualização de 2025 não altera essa obrigação, mas amplia o alcance da checagem: agora, a orientação é deixar os perfis visíveis ao público para que o consulado faça a revisão on-line, o que inclui redes e outros registros públicos da internet.

Relatos oficiais indicam que perfis com acesso limitado podem ser tratados como informação não fornecida.

A diretriz enviada às repartições no exterior prevê que o oficial solicite a alteração das configurações de privacidade e examine a presença on-line completa do candidato antes da decisão final.

Por que as redes precisam estar públicas

O governo afirma que a verificação mais rígida pretende identificar indícios de risco à segurança nacional, incluindo apoio a organizações designadas como terroristas, incitação à violência ou hostilidade contra instituições dos EUA.

A determinação também recomenda que os postos considerem o impacto do novo fluxo no volume de entrevistas, o que pode afetar prazos.

A comunicação oficial ressalta que, após a entrevista e antes da decisão, o caso pode ser temporariamente recusado sob a Seção 221(g) da Lei de Imigração e Nacionalidade para permitir a análise on-line.

Trata-se de etapa técnica, não de negativa definitiva.

Como ajustar suas redes sociais sem risco

Antes de iniciar o pedido, o candidato deve conferir se todos os perfis informados no DS-160 estão ativos e configurados como públicos.

É essencial que nomes de usuário, informações básicas e datas estejam consistentes com os dados do formulário e com documentos de suporte, como histórico acadêmico e vínculos no Brasil.

Não se recomenda omitir plataformas usadas nos últimos cinco anos, ainda que inativas, pois a ausência pode levar à recusa por informação incompleta.

As orientações de universidades e escritórios para estrangeiros nos EUA também destacam boas práticas: finalizar e enviar o DS-160 com atenção, avaliar a própria pegada digital antes da entrevista e, em caso de dúvidas específicas, buscar aconselhamento especializado.

Passo a passo do pedido de visto

O fluxo de solicitação permanece o mesmo. O candidato define a categoria adequada, preenche e envia o DS-160, acessa o serviço oficial de agendamento para pagar a taxa e marcar a entrevista, comparece ao atendimento consular e, após a etapa presencial, acompanha o status até a entrega.

A novidade é a exigência de visibilidade pública dos perfis durante a análise. Essa condição vale tanto para quem pede o visto pela primeira vez quanto para quem renova.

Embora os agendamentos para F, M e J tenham sido retomados, a implementação do novo protocolo pode variar entre embaixadas e consulados, com impacto no ritmo de liberação de vagas e prazos de conclusão.

Recomenda-se consultar com frequência as páginas oficiais da representação responsável pelo seu processo.

Diferenças entre os vistos F, M e J

Os vistos F e M são voltados a estudantes. O F-1 é destinado a programas acadêmicos tradicionais, como graduação, pós-graduação e cursos intensivos de idiomas, em instituições credenciadas.

O M-1 atende programas vocacionais e técnicos de duração limitada, em áreas como manutenção aeronáutica, gastronomia e outras formações profissionalizantes.

As regras e benefícios variam conforme a natureza do curso e impactam permanência e autorizações vinculadas ao status estudantil.

O J-1 enquadra visitantes de intercâmbio cultural e acadêmico, compreendendo diferentes subcategorias, como estudantes, professores, pesquisadores, médicos em programas de residência e atividades sazonais específicas.

Para essa categoria, é obrigatório ter um patrocinador designado pelo Departamento de Estado.

O que observar ao usar suas redes durante o processo

Durante a análise, oficiais podem considerar publicações, interações, biografias, histórico de estudos e trabalho, bem como menções em notícias, perfis profissionais e bases públicas.

A orientação enviada aos postos consulares registra que o escopo vai além de redes sociais e abrange a presença on-line de forma ampla.

Por isso, é importante que suas informações públicas reflitam com precisão o que foi declarado no formulário.

Em caso de perfil privado no período de checagem, a comunicação interna do Departamento de Estado adverte que isso pode ser interpretado como tentativa de ocultar atividade.

Isso reforça a necessidade de ajustar a privacidade para “público” até a conclusão do processo.

O que fica igual e o que muda na prática

Segue obrigatório listar, no DS-160, todos os identificadores de redes dos últimos cinco anos, regra vigente desde 2019 para a maioria dos solicitantes de vistos.

A mudança de 2025 adiciona a exigência operacional de tornar os perfis públicos durante a análise consular, medida adotada em meio à retomada dos agendamentos após a pausa de maio.

Enquanto isso, o candidato continua responsável por demonstrar que cumpre todos os requisitos da categoria escolhida e que pretende realizar apenas atividades compatíveis com o visto concedido.

A checagem digital não substitui os demais critérios de elegibilidade acadêmica, financeira e de vínculos com o país de origem.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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