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EUA e Austrália aceleram minerais críticos com metas até 2026 e reforço à indústria de defesa

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 21/10/2025 às 20:00
Acordo entre EUA e Austrália sobre minerais críticos e terras raras com destaque para mineração e tecnologia até 2026
EUA e Austrália firmam em 2025 um pacto estratégico para desenvolver cadeias seguras de minerais críticos e impulsionar tecnologias de defesa e semicondutores.
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Acordo bilateral anuncia investimentos, metas até 2026 e criação de grupo binacional para coordenar cadeias de suprimento de minerais essenciais

Os governos dos Estados Unidos e da Austrália assinaram, em 20 de outubro de 2025, um acordo estratégico em Washington, D.C..
O objetivo é fortalecer o fornecimento e o processamento de minerais críticos e terras raras, setores considerados vitais para defesa e tecnologia.
O documento foi divulgado oficialmente em 21 de outubro de 2025, confirmando uma das maiores parcerias econômicas do setor mineral dos últimos anos.

De acordo com o Departamento de Indústria, Ciência e Recursos da Austrália, o pacto pretende “acelerar o fornecimento seguro de minerais críticos e terras raras essenciais”.
Esses insumos são fundamentais para tecnologias avançadas e equipamentos militares.
Assim, EUA e Austrália buscam reduzir a dependência da China e fortalecer cadeias de suprimento estratégicas.

Investimentos e metas definidas até 2026

Segundo a Casa Branca, a parceria destinará US$ 3 bilhões em investimentos diretos nos próximos seis meses.
Esses recursos serão aplicados em projetos de mineração, refino e inovação tecnológica.
Além disso, o Exim Bank dos EUA emitirá cartas de intenção no valor de US$ 2,2 bilhões, garantindo financiamento da cadeia de suprimentos.
Portanto, o acordo reforça o compromisso com segurança energética e independência mineral.

Entre as metas está a construção de uma refinaria de gálio na Austrália, com capacidade anual de 100 toneladas.
Essa estrutura produzirá materiais essenciais para semicondutores, fortalecendo a indústria eletrônica e de defesa dos dois países.
Assim, o projeto garante autonomia industrial e reduz vulnerabilidades tecnológicas.

Cooperação produtiva e sustentabilidade ambiental

O governo australiano informou que ambos os países usarão estruturas de mineração já existentes.
Além disso, criarão novas unidades produtivas até 2026, estimulando inovação e geração de empregos.
Os governos também prometeram agilizar licenças ambientais, revisar regras de segurança nacional e investir em reciclagem de resíduos minerais.
Dessa forma, o pacto reforça a sustentabilidade da mineração moderna e amplia o reaproveitamento de materiais estratégicos.

O acordo também estabelece o U.S.–Australia Critical Minerals Supply Security Response Group.
Esse grupo será liderado pelo Secretário de Energia dos EUA e pelo Ministro australiano de Recursos.
Portanto, ele coordenará ações conjuntas, identificará minerais prioritários e garantirá o abastecimento equilibrado entre as nações.

Avanço tecnológico e integração em defesa

Além da mineração, o pacto aproxima os dois países em áreas de alta tecnologia.
A Austrália comprará US$ 1,2 bilhão em veículos submarinos não tripulados da Anduril e US$ 2,6 bilhões em helicópteros Apache.
Simultaneamente, ambos desenvolverão projetos conjuntos em inteligência artificial, computação quântica e exploração espacial.
Essas iniciativas envolverão a NASA e a Agência Espacial Australiana, consolidando cooperação científica de longo prazo.

Assim, o acordo integra mineração, defesa e inovação tecnológica, fortalecendo a posição estratégica do Ocidente no mercado global de insumos críticos.
Consequentemente, EUA e Austrália ganham maior influência geopolítica e competitividade industrial.

Termos legais e condições do pacto

O governo australiano destacou que o documento não cria obrigações legais ou direitos vinculantes.
Portanto, qualquer país pode encerrar sua participação mediante aviso escrito, com prazo de 30 dias.
Essa condição mantém flexibilidade diplomática e permite ajustes em caso de mudanças geopolíticas.

Parceria estratégica com alcance global

Com metas até 2026 e investimentos superiores a US$ 5 bilhões, o acordo representa um marco para a transição mineral e tecnológica global.
Além disso, ao diversificar fontes de suprimento e fortalecer cadeias produtivas, EUA e Austrália avançam rumo a um novo equilíbrio energético e industrial.

Contudo, diante da crescente disputa por recursos estratégicos, essa aliança será capaz de redefinir o domínio mundial dos minerais críticos até 2026?

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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