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Etanol ganha protagonismo na transição energética, afirma ministro Alexandre

Escrito por Paulo H. S. Nogueira
Publicado em 28/08/2025 às 16:50
Vista aérea de uma plantação de cana-de-açúcar com colheitadeiras em operação sob um céu limpo e azul.
Máquinas agrícolas trabalham na colheita de cana-de-açúcar em uma vasta plantação sob céu limpo.
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Descubra como o etanol ganha protagonismo no Brasil, impulsionando a transição energética e fortalecendo a produção sustentável de biocombustíveis.

O etanol ganha protagonismo na matriz energética brasileira, representando, portanto, uma alternativa sustentável e estratégica diante dos desafios globais de descarbonização e da crescente demanda por combustíveis limpos.

Além disso, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou que o Brasil exerce um papel central na transição energética mundial. Assim, o etanol surge como um dos vetores mais importantes dessa trajetória, oferecendo soluções tanto para o mercado interno quanto para exportação.

A história do etanol no Brasil remonta à década de 1970, quando a crise do petróleo motivou o lançamento do Programa Nacional do Álcool (Proálcool).

Nesse contexto, o governo buscou reduzir a dependência do país em relação ao petróleo importado e estimular o uso de combustíveis renováveis a partir da cana-de-açúcar. Desde então, o etanol evoluiu de uma alternativa de emergência para um combustível estratégico, o que, consequentemente, impulsionou a economia e ajudou a mitigar as emissões de gases de efeito estufa.

Nos últimos anos, o cenário global tem exigido respostas cada vez mais consistentes frente às mudanças climáticas.

Por isso, países ao redor do mundo buscam fontes de energia limpa que substituam os combustíveis fósseis e, ao mesmo tempo, promovam desenvolvimento econômico sustentável.

Nesse sentido, o etanol ganha protagonismo como combustível renovável, capaz de atender demandas crescentes e integrar políticas públicas de incentivo à bioenergia, como o RenovaBio.

Diversificação de matérias-primas e crescimento do etanol de milho

Um dos fatores que reforça a relevância do etanol é a diversificação das matérias-primas.

Tradicionalmente produzido a partir da cana-de-açúcar, o etanol no Brasil agora também utiliza milho, cuja produção cresce cerca de 20% ao ano.

Esse avanço, portanto, amplia a oferta do combustível, fortalece a estabilidade do mercado e garante preços mais previsíveis, segurança no abastecimento e disponibilidade contínua ao longo do ano.

Além disso, o etanol de milho recebeu reconhecimento internacional, inclusive da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), que o considera uma fonte adequada para a produção de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF).

Essa certificação permite ao Brasil reforçar sua posição no mercado global de soluções de baixo carbono, criar novas oportunidades de exportação e incentivar investimentos em tecnologias de ponta voltadas à bioenergia.

Atualmente, o etanol de milho representa aproximadamente 20% da produção nacional, com projeções de crescimento para 23% até 2025, segundo dados do Ministério de Minas e Energia.

Além de combustível, o setor gera subprodutos como DDG, utilizado na nutrição animal, e energia elétrica proveniente da biomassa.

A expansão do etanol também se beneficia da integração com outros biocombustíveis, promovendo medidas que fortalecem toda a cadeia produtiva.

Dessa forma, o avanço dessas misturas integra milhares de famílias da agricultura familiar ao Programa Selo Biocombustível Social, aumentando a renda, gerando empregos e dinamizando economias locais.

Além disso, novas tecnologias de produção aumentam a eficiência do etanol, reduzem custos e melhoram o aproveitamento energético de subprodutos.

Laboratórios e universidades brasileiras colaboram com indústrias para desenvolver soluções inovadoras, incluindo técnicas de fermentação avançada, melhoramento genético de cana-de-açúcar e milho, e aproveitamento integral da biomassa.

Protagonismo internacional e liderança global

Além do impacto interno, o etanol ganha protagonismo também no cenário internacional.

Nesse sentido, o Brasil possui capacidade de se consolidar como exportador relevante, mantendo diálogo com mercados estratégicos como Índia, China e União Europeia.

Além disso, o país integra a Global Biofuels Alliance, que reúne 32 países comprometidos com o avanço dos biocombustíveis.

Por outro lado, o país lidera pelo exemplo, com políticas públicas consistentes e o etanol de cana com baixa intensidade de carbono, ajudando a difundir modelos sustentáveis entre nações em desenvolvimento.

A trajetória do etanol no Brasil revela um equilíbrio entre tradição e inovação.

De fato, a experiência acumulada ao longo de décadas permitiu ao país criar infraestrutura robusta de produção e distribuição, consolidando o etanol como combustível confiável e competitivo.

Ao mesmo tempo, a incorporação de tecnologias modernas, como biocombustíveis avançados e integração com energias renováveis, projeta o setor para um futuro de maior eficiência e sustentabilidade.

Outro ponto relevante é o papel regulatório do RenovaBio, que estabelece metas de descarbonização para combustíveis e premia produtores que cumprem essas metas por meio de créditos negociáveis.

Dessa forma, esse modelo incentiva investimentos privados e garante previsibilidade para os produtores, consolidando o etanol como componente estratégico na transição energética do Brasil.

Assim, a modernização contínua do RenovaBio reforça o compromisso do país em manter liderança global em bioenergia, alinhando interesses econômicos, ambientais e sociais.

A atuação internacional do Brasil no setor também inclui cooperação tecnológica, intercâmbio de boas práticas e programas de capacitação.

Isso permite que países em desenvolvimento aprendam com a experiência brasileira.

Consequentemente, esse protagonismo internacional contribui para fortalecer a imagem do país como líder em sustentabilidade e inovação energética, consolidando ainda mais o etanol ganha protagonismo.

Impactos ambientais, econômicos e sociais

Historicamente, o Brasil se destacou por criar soluções inovadoras para desafios energéticos.

O Proálcool, nas décadas de 1970 e 1980, mostrou que políticas públicas podem transformar crises em oportunidades.

Atualmente, o etanol ganha protagonismo novamente, não apenas como alternativa ao petróleo, mas como combustível que integra uma visão de desenvolvimento sustentável, promove a geração de empregos e fortalece a matriz energética do país.

O setor também ajuda a reduzir impactos climáticos.

Substituir combustíveis fósseis por etanol diminui emissões de CO₂, melhora a qualidade do ar e contribui para o cumprimento de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil.

Nesse sentido, a produção e o consumo do etanol se tornam ferramentas estratégicas de descarbonização, alinhadas às metas globais de redução de gases de efeito estufa e à agenda de desenvolvimento sustentável.

Além das questões ambientais, o etanol ganha protagonismo por sua capacidade de gerar valor agregado à economia.

De fato, a cadeia produtiva envolve agricultores, indústrias, transportadores e exportadores, promovendo circulação de renda e investimentos tecnológicos.

O desenvolvimento de biocombustíveis avançados, como o SAF, amplia ainda mais o alcance do setor, posicionando o Brasil como líder na produção de soluções energéticas inovadoras e competitivas no mercado internacional.

A expansão do etanol também incentiva investimentos em infraestrutura, como usinas, logística e centros de pesquisa.

Isso, por sua vez, moderniza o setor agrícola, aprimora técnicas de cultivo sustentável e estimula parcerias público-privadas.

Portanto, a integração entre produtores, governo e investidores garante que o etanol ganha protagonismo de forma estruturada e sustentável, beneficiando toda a sociedade.

O futuro do etanol depende da inovação, expansão da produção e da integração com políticas públicas consistentes.

Consolidando o protagonismo do etanol

Em resumo, o etanol ganha protagonismo na transição energética brasileira por diversos motivos: sua longa trajetória histórica, a capacidade de inovação, a integração com políticas públicas e a expansão internacional.

O combustível se mostra, portanto, não apenas como alternativa viável aos fósseis, mas como instrumento estratégico de desenvolvimento econômico, social e ambiental.

A liderança do Brasil nesse setor reafirma a importância de políticas consistentes e do investimento contínuo em pesquisa, tecnologia e sustentabilidade.

O país, ao consolidar o etanol como protagonista, demonstra que é possível unir tradição e inovação para enfrentar os desafios energéticos do século XXI.

Dessa forma, contribui de forma significativa para um futuro mais limpo, seguro e sustentável.

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Paulo H. S. Nogueira

Sou Paulo Nogueira, formado em Eletrotécnica pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), com experiência prática no setor offshore, atuando em plataformas de petróleo, FPSOs e embarcações de apoio. Hoje, dedico-me exclusivamente à divulgação de notícias, análises e tendências do setor energético brasileiro, levando informações confiáveis e atualizadas sobre petróleo, gás, energias renováveis e transição energética.

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