Descubra quais são as estradas mais perigosas do Brasil em 2024. Ranking da PRF destaca BR-101, Rodovia da Morte e outros trechos.
Viajar de carro pelo Brasil pode ser uma aventura cheia de paisagens únicas, mas também um grande risco. Segundo o Anuário 2024 da Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgado em abril de 2024, as estradas mais perigosas do país continuam concentrando altos índices de acidentes e mortes.
A pesquisa, realizada em parceria com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), aponta que problemas estruturais, tráfego intenso e condições climáticas adversas transformam certos trechos de BRs em verdadeiros pontos críticos para motoristas e passageiros.
Entre os destaques, aparecem o Morro dos Cavalos, em Santa Catarina, e a Rodovia da Morte, em Minas Gerais, dois símbolos de como a combinação entre infraestrutura precária e fluxo elevado pode transformar uma viagem em tragédia.
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Mas afinal, quais são as rodovias mais arriscadas para dirigir no Brasil?
O ranking das estradas mais perigosas do Brasil
De acordo com os dados da PRF, essas são as dez estradas mais perigosas do país em 2024:
BR-101 (SC – Morro dos Cavalos);
BR-116 (SP–PR – Régis Bittencourt);
BR-381 (MG – Rodovia da Morte);
BR-040 (RJ–MG–GO–DF);
BR-153 (Transbrasiliana);
BR-163 (MT–MS–PA);
BR-316 (AL–PE–PI–PA);
BR-364 (GO–MT–RO–AC);
BR-277 (Paraná);
BR-262 (MS–MG–ES).
Essas vias estão entre as que mais registram colisões frontais, engavetamentos e tombamentos, tornando-se palco frequente de tragédias no trânsito.
BR-101 e o Morro dos Cavalos: risco constante em Santa Catarina
A BR-101, uma das mais movimentadas do Brasil, tem no Morro dos Cavalos o trecho mais crítico. Localizado entre Palhoça e Paulo Lopes, o local recebe mais de 22 mil veículos por dia e chega a ultrapassar 390 mil em períodos de feriado.
O perigo aumenta por causa das encostas instáveis, sujeitas a deslizamentos. Em abril de 2024, um bloqueio de mais de 50 horas paralisou completamente o tráfego, evidenciando a vulnerabilidade da rodovia diante das chuvas.
Para motoristas, a viagem pelo trecho se transforma em um teste de paciência e sobrevivência.
BR-116: a Régis Bittencourt e o desafio da Serra do Cafezal
Conhecida como Régis Bittencourt, a BR-116 liga São Paulo a Curitiba e é rota essencial para caminhões de carga. O trecho da Serra do Cafezal é considerado um dos mais perigosos, mesmo após obras de duplicação.
A combinação de neblina, curvas fechadas e pista escorregadia faz com que acidentes graves ainda sejam frequentes.
Áreas de escape, instaladas para reduzir tragédias, são acionadas constantemente por motoristas em perigo.
BR-381: a temida Rodovia da Morte em Minas Gerais
A BR-381, em Minas Gerais, carrega o apelido de Rodovia da Morte por um motivo claro: a alta letalidade.
Cortando o estado e conectando Belo Horizonte a Governador Valadares, a via concentra curvas perigosas, aclives e descidas íngremes.
Com fluxo diário de 25 mil veículos, em sua maioria caminhões, o risco de colisões frontais é enorme. O histórico de acidentes fatais é tão extenso que a estrada tornou-se símbolo da insegurança viária em Minas.
Estradas que preocupam motoristas em todo o Brasil
Além dos trechos mais conhecidos, outras rodovias também integram o ranking das estradas mais perigosas:
A BR-040, entre o Rio de Janeiro e Brasília, sofre com deslizamentos na Serra de Petrópolis;
A BR-153, a Transbrasiliana, ainda possui longos trechos de pista simples, aumentando os riscos de ultrapassagens fatais;
A BR-163, fundamental para o agronegócio, é chamada de “corredor da morte” pela quantidade de engavetamentos;
A BR-316, que liga Maceió a Belém, mistura tráfego urbano intenso com transporte de cargas, favorecendo colisões;
A BR-364, que corta a Amazônia Ocidental, sofre ainda mais durante o período chuvoso;
A BR-277, no Paraná, já registrou engavetamentos com dezenas de veículos devido à neblina;
A BR-262, entre Corumbá e Vitória, acumula acidentes com caminhões e atropelamentos de animais no Pantanal.
Trânsito e infraestrutura: os grandes desafios
Os números mostram que os acidentes nessas rodovias não acontecem por acaso. A mistura de pistas simples, más condições de manutenção, tráfego intenso de caminhões e fenômenos climáticos severos torna essas vias um risco diário.
Para especialistas, o investimento em duplicações, áreas de escape e melhorias estruturais é essencial para reduzir os índices de mortes e acidentes.
Enquanto isso não acontece, motoristas seguem enfrentando as chamadas estradas mais perigosas do Brasil, com atenção redobrada a cada curva.