Muitos bares e restaurantes deverão abrir vagas de emprego após a crise deixada pela Covid-19, que ainda causa temor de estagnação econômica. Apesar disso, no mês de junho, ao menos 26% do setor terminou em vermelho.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) divulgou uma pesquisa que mostra que ao menos 35% de todos os empresários que são donos de bares e restaurantes pretendem abrir vagas de emprego para contratar novos profissionais, como atendentes e garçons, até o final do ano de 2022, o que estaria representando a criação de mais de 100 mil vagas de emprego, impactando assim, a economia e o PIB (Produto Interno Bruto).
De acordo com o presidente da entidade, Paulo Solmucci, é estimado que mais de 1 milhão de vagas de emprego neste setor já tenham sido criadas nos últimos doze meses após a tentativa brasileira em se recuperar da crise deixada pela pandemia da Covid-19, com a retirada da obrigatoriedade dos uso de máscara e abertura dos locais fechados para públicos diversos.
Junho teve um dos melhores resultados para a economia de bares e restaurantes, de acordo com o afirmado pelo relatório
O levantamento, que ficou sob a responsabilidade de Abrasel, mostrou que o mês de junho teve um dos melhores resultados para o setor, visto que ao menos 37% dos empresários registraram lucro acima do esperado, contra 35% durante o mês de maio.
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Em suma, apesar deste dado positivo, estima-se que cerca de 26% deles tenham ficado no vermelho – na maioria por dificuldades em superar a crise e os altos preços que impactam no consumo, ante 29% dos que ficaram no vermelho em maio.
Além disso, 37% dos entrevistados afirmaram que terminaram o mês de junho com o orçamento equilibrado, conforme o estimado pelo caixa, tendo em vista os meses anteriores.
Com dados positivos, a taxa de desemprego apresenta forte recuo e novas vagas de emprego são criadas
Entre os meses de abril e julho, a taxa de desemprego no Brasil esteve por volta de 9,3%, o que é um valor consideravelmente menor tendo em vista os índices do ano passado, que chegaram a impactar quase 15% da população desempregada. O aumento de contratação, seja formal ou informal, faz com que muitos brasileiros tenham a oportunidade de entrar para o mercado de trabalho e deixar de depender de programas sociais como o Auxílio Brasil, criado no ano passado para suprir o antigo Bolsa Família, que foi pago pelo governo do Partido dos Trabalhadores (PT) por mais de uma década e meia.
A Copa do Mudo, conforme o artigo publicado pela CNN, traz melhores expectativas para a retomada da economia do Brasil, visto que haverá mais incentivo para o turismo e comercialização. É como se os jogos de futebol trouxessem mais gente para as ruas, para comemorar as vitórias ou para acompanhar os jogos com os amigos ou colegas de trabalho.
Abrasel afirma que o setor ainda enfrenta fortes desafios com a alta da inflação que está em dois dígitos
A Abrasel mostra que cerca de 71% dos empresários estão enfrentando dificuldades para repassar os custos dos produtos alimentícios aos seus clientes finais, o que faz com que saiam no prejuízo devido à inflação, que está em dois dígitos. O governo brasileiro, administrado por Jair Bolsonaro, vem elaborando estratégias para controlar estas variações, como o aumento da Selic, para 13,75% na última reunião da COPOM, que aconteceu no dia 03 de agosto.
Apesar das boas expectativas com a Copa do Mundo, o Senado aprovou a possibilidade das empresas liberarem o saque alimentação após 60 dias para os seus colaboradores, o que pode causar um prejuízo maior que R$ 5 bilhões para os bares e restaurantes.