Super FPSO Almirante Tamandaré: O navio mais avançado da América Latina, processa petróleo e gás, reinjeta CO₂ e é a aposta da Petrobras para o pré-sal!
O setor de energia no Brasil acaba de atingir um novo marco com a entrada em operação do FPSO Almirante Tamandaré, o primeiro super FPSO da Petrobras e também o pioneiro na América Latina. A embarcação, projetada para atuar no Campo de Búzios, na Bacia de Santos, não apenas impressiona pelo porte e capacidade, mas também por reunir tecnologias inovadoras que aumentam a eficiência da produção e reduzem o impacto ambiental.
Capaz de processar diariamente até 225 mil barris de petróleo e 12 milhões de m³ de gás, a unidade representa um salto qualitativo na estratégia energética nacional, especialmente no cenário de transição para uma matriz mais sustentável.
O que é um Super FPSO?
A sigla FPSO refere-se a Floating Production Storage and Offloading — unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás.
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Essas embarcações são fundamentais para operações em alto-mar, especialmente em regiões afastadas da costa, como o pré-sal brasileiro, onde a infraestrutura convencional, como oleodutos, é inviável ou extremamente custosa.
O conceito de super FPSO, no entanto, vai além. O FPSO Almirante Tamandaré integra uma nova geração de plataformas com capacidades elevadas de processamento, armazenamento e tecnologia embarcada.
Seu diferencial está tanto na escala de produção quanto no nível de inovação ambiental, que o coloca como referência mundial em eficiência e sustentabilidade offshore.
Estrutura colossal e engenharia de ponta do FPSO Almirante Tamandaré
Com um casco de 44 mil toneladas e capacidade de armazenamento ampliada, o FPSO Almirante Tamandaré está equipado com 15 poços, sendo sete produtores de óleo, seis injetores de água e gás, um poço conversível (produtor e injetor) e um injetor exclusivo de gás.
Toda a operação é sustentada por uma avançada infraestrutura submarina, desenhada dentro do modelo Full EPCI (Engineering, Procurement, Construction and Installation), que garante mais integração e controle sobre o sistema de produção.
Além disso, a plataforma emprega soluções inéditas, como válvulas de gas lift do tipo cisálhavel, fraturamento ácido na completação dos poços e o uso de coluna de produção de grande diâmetro, permitindo maior vazão e estabilidade no processo extrativo.
Um dos maiores orgulhos da Petrobras com essa nova unidade é a obtenção da certificação “Sustainability-1 Notation”, que atesta a preocupação com o impacto ambiental ao longo de todo o ciclo de vida do super FPSO — desde o projeto inicial até sua operação contínua no mar.
Com essa certificação, o super FPSO Almirante Tamandaré se torna não apenas um símbolo de eficiência energética, mas também de responsabilidade socioambiental, reforçando os compromissos da estatal brasileira com a transição energética justa, mantendo a segurança de abastecimento enquanto reduz as emissões associadas.
O óleo extraído do pré-sal brasileiro, especialmente no Campo de Búzios, é reconhecido por emitir até 70% menos CO₂ equivalente do que a média mundial.
Ao combinar esse tipo de petróleo com tecnologias de captura e reinjeção de gás com CO₂, o resultado é um modelo produtivo mais limpo e com alto valor estratégico global.
Petrobras à frente com inovação e protagonismo global com o FPSO Almirante Tamandaré
Mesmo antes da chegada desse super FPSO, a Petrobras já liderava globalmente em operações com navios-plataforma.
Desde a década de 1980, quando a plataforma PP-Moraes foi adaptada para funcionar como um FPSO, a empresa investe continuamente em melhorias tecnológicas.
A estreia do FPSO Almirante Tamandaré abre caminho para uma série de novos mega FPSOs previstos para os próximos anos.
Todos fazem parte da ambiciosa estratégia da Petrobras de alcançar 1,5 milhão de barris por dia até 2030 apenas no Campo de Búzios — consolidando-o como o mais produtivo da empresa e uma das maiores reservas offshore do mundo.
A era dos Super FPSOs: mais energia com menor impacto
O FPSO Almirante Tamandaré não é apenas uma plataforma flutuante — é um símbolo da engenharia, que coloca o Brasil na vanguarda da exploração em águas profundas.
Seu desempenho já começa a moldar o futuro da produção offshore no país, abrindo espaço para o uso mais intensivo de super FPSOs, embarcações que combinam escala, inteligência e compromisso ambiental.
Diante de um cenário global que exige energia limpa, eficiente e acessível, o Brasil demonstra que é possível alinhar produção em larga escala com responsabilidade ecológica, consolidando-se como um player-chave na segurança energética mundial.