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Estaleiro Inhaúma, no Rio de Janeiro, tem a energia cortada por falta de pagamento

Escrito por Renato Oliveira
Publicado em 12/04/2019 às 01:00
Atualizado em 11/04/2019 às 21:41

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Petrobras
Ex ishibras

Estaleiro (ex-Ishibras) que já viveu tempos de glória na época dos japoneses é operado pela Petrobrás no bairro do Caju, Região Portuária do Rio de Janeiro

Dos tempos áureos da construção naval e de origem japonesa, o Estaleiro Inhaúma, operado pela Petrobrás no bairro do Caju, Região Portuária do Rio de Janeiro, teve nesta última quarta-feira (10/04), sua energia cortada por falta de pagamento á concessionária.
Os trabalhadores que lá se encontravam tiveram que ir para outros prédios para continuarem seus trabalhos, nem o registro do ponto de saída dos mesmos pode ser realizado.

O estaleiro Inhaúma (ex-Ishibras) é de origem japonesa e teve seus momentos de glória durante os bons tempos de nossa indústria naval.
Depois de passar anos fechado, em 2013 foi arrendado pela Petrobras e teve suas instalações revitalizadas pelo Enseada (EEP), que iria realizar a conversão de quatro navios petroleiros nos cascos das futuras plataformas P-74, P-75, P-76 e P-77 que seriam destinadas às áreas da Cessão Onerosa, no pré-sal da Bacia de Santos.

Somente os cascos da P-74 e da P-76 foram convertidos no estaleiro, os cascos da P-75 e da P-77 foram encaminhados pela Petrobras para a China.
No pico das obras de conversão dos cascos da P-74 e da P-76 foram gerados mais de 5 mil empregos diretos no estaleiro, aquecendo a construção naval do Rio de Janeiro.

Triste ver um dos gigantes da construção naval brasileira, além de estar totalmente ocupado pela ferrugem em suas oficinas vazias, chegar a este ponto.

Não é só o estado do Rio de Janeiro que sofre com a crise na indústria naval, a recente derrota do Estaleiro Vard Promar de Pernambuco (era o estaleiro construtor do Consórcio “FLV” formado pelos italianos Ficantieri e estaleiro Leonardo), piorou a situação da Indústria naval do estado.
A falta de encomendas do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) ajuda ainda mais a formar o caos no setor e existem até riscos de fechamento dos estaleiros, o que está causando sérias preocupações no sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE). Clique aqui e continue lendo esta matéria !

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Renato Oliveira

Engenheiro de Produção com pós-graduação em Fabricação e montagem de tubulações com 30 anos de experiência em inspeção/fabricacão/montagem de tubulações/testes/Planejamento e PCP e comissionamento na construção naval/offshore (conversão de cascos FPSO's e módulos de topsides) nos maiores estaleiros nacionais e 2 anos em estaleiro japonês (Kawasaki) inspecionando e acompanhando técnicas de fabricação e montagem de estruturas/tubulações/outfittings(acabamento avançado) para casco de Drillships.

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