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Estados Unidos! Satélite chinês reentra na atmosfera e forma bola de fogo que assusta americanos

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 23/12/2024 às 09:46
Satélite chinês
FOTO: Reprodução

Um satélite chinês reentrou na atmosfera terrestre, criando uma impressionante bola de fogo que surpreendeu e assustou moradores nos Estados Unidos.

Um satélite chinês desativado se transformou em uma bola de fogo no céu dos Estados Unidos na noite de sábado (21), enquanto reentrava na atmosfera terrestre.

O espetáculo, inicialmente confundido com um meteoro, deixou rastros brilhantes e pode ter lançado destroços sobre os estados do Mississippi, Missouri, Arkansas e áreas próximas.

O satélite em questão era o GaoJing 1-02 (ou Superview 1-02), parte de uma constelação de quatro lançados pela China em 2016 para realizar imagens da Terra em baixa órbita. Astrônomos confirmaram que o objeto iniciou sua reentrada sobre Nova Orleans antes de se desintegrar em direção ao norte.

Uma ilusão no céu

De acordo com Jonathan McDowell, astrônomo e especialista em órbitas, o satélite foi desativado há dois anos e começou a perder altitude desde então. “Reentradas como essa são comuns, especialmente para satélites menores que orbitam em baixa altitude”, comentou McDowell, ressaltando que objetos desse porte geralmente queimam totalmente ao atravessar a atmosfera.

Mesmo assim, o evento atraiu atenção. A Sociedade Americana de Meteoros recebeu mais de 120 relatos sobre a bola de fogo, que surpreendeu moradores das regiões afetadas. Embora ainda não haja confirmação de destroços encontrados, cientistas explicam que fragmentos podem ser extremamente pequenos e difíceis de identificar como parte do satélite.

Rastros em radar do satélite chinês

O evento também foi registrado por pelo menos quatro radares meteorológicos, segundo Marc Fries, cientista da NASA especializado em quedas de meteoritos. Esses equipamentos detectaram partículas caindo enquanto a bola de fogo atravessava o Mississippi e seguia em direção ao Arkansas e Missouri.

Fries explicou que destroços espaciais podem criar campos de queda amplos devido à alta velocidade. No caso do GaoJing 1-02, as partículas viajavam a milhares de quilômetros por hora, gerando um intenso calor que provavelmente incinerou a maior parte do satélite.

Um fenômeno cada vez mais comum

A reentrada de satélites em desuso tem se tornado rotina com o aumento do número de lançamentos para baixa órbita terrestre. Apesar disso, eventos como o de sábado raramente causam danos no solo, pois boa parte do material se desintegra antes de atingir a superfície.

Casos envolvendo objetos maiores, como corpos de foguetes usados, são mais preocupantes. Contudo, mesmo nesses casos, grande parte dos fragmentos costuma cair no oceano, minimizando os riscos.

O GaoJing 1-02 é mais um exemplo da complexidade dos desafios envolvendo o gerenciamento de lixo espacial.

Especialistas alertam que o aumento de lançamentos pode gerar mais episódios como esse no futuro. Enquanto isso, o evento proporciona um raro e fascinante espetáculo para quem estava no lugar certo, na hora certa.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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