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EUA endurecem leis trabalhistas após flagrante de 475 imigrantes ilegais em fábrica da Hyundai, durante a operação “ICE” na Geórgia.
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (05/09/2025) que passará a aplicar leis trabalhistas mais rígidas para combater o trabalho ilegal de imigrantes.
A decisão foi tomada após uma operação do ICE (Serviço de Imigração e Alfândega) identificar 475 pessoas trabalhando de forma irregular em uma fábrica da Hyundai, no estado da Geórgia.
Segundo a Casa Branca, a medida busca proteger empregos de cidadãos norte-americanos e reforçar a política de endurecimento na área de imigração e geopolítica.
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Endurecimento das regras trabalhistas
De acordo com a porta-voz da Casa Branca, Abigail Jackson, qualquer trabalhador estrangeiro contratado para projetos específicos deverá entrar no país legalmente, com a documentação adequada.
“Qualquer trabalhador estrangeiro trazido para projetos específicos deve entrar nos Estados Unidos legalmente e com as devidas autorizações de trabalho”, declarou.
Ela destacou que a decisão segue a promessa do presidente Donald Trump, do Partido Republicano, de transformar os Estados Unidos em “o melhor lugar do mundo para se fazer negócios”.
O caso Hyundai: 475 trabalhadores ilegais na Geórgia
A operação que desencadeou a nova diretriz aconteceu na quinta-feira (04/09/2025). O ICE encontrou 475 pessoas – em sua maioria, cidadãos sul-coreanos – exercendo atividades sem visto de trabalho válido em uma fábrica da Hyundai, que produz baterias para veículos elétricos.
Segundo a agência, os detidos estavam em situação irregular porque possuíam vistos de curta duração ou recreativos, que não permitem exercer atividades profissionais nos Estados Unidos.
“Pessoas com vistos de curta duração ou recreativos não estão autorizadas a trabalhar nos EUA. A operação era necessária para proteger empregos americanos”, explicou o ICE em coletiva.
Mais de 300 dos trabalhadores eram cidadãos coreanos. A Hyundai, por sua vez, afirmou que nenhum deles fazia parte do quadro de funcionários diretos da empresa.
Reações de Trump sobre imigração e trabalho ilegal
Do Salão Oval, Donald Trump comentou o caso, classificando os detidos como imigrantes ilegais e elogiando a atuação do ICE.
“O ICE estava apenas fazendo seu trabalho”, afirmou.
Trump acrescentou que o governo tenta manter boas relações internacionais, mas reiterou sua posição contra o trabalho ilegal.
“Queremos nos dar bem com outros países e queremos ter uma força de trabalho excelente e estável. […] E temos, pelo que entendi, muitos imigrantes ilegais, alguns não são as melhores pessoas, mas tínhamos muitos imigrantes ilegais trabalhando lá”, declarou.
Geopolítica e impacto econômico
O caso também envolve questões de geopolítica e desenvolvimento econômico. A fábrica da Hyundai, elogiada pelo governador republicano da Geórgia como o maior projeto industrial da história do estado, promete gerar mais de 1.200 empregos.
Contudo, o episódio acendeu o debate sobre como as leis trabalhistas e a política de imigração impactam os investimentos estrangeiros nos Estados Unidos.
Enquanto Trump busca atrair capital internacional, sua administração reforça a repressão à imigração ilegal, alegando que os imigrantes tiram vagas de cidadãos norte-americanos.
O que esperar daqui para frente
O governo norte-americano pretende intensificar fiscalizações em empresas que contratam mão de obra estrangeira, com foco em garantir que os vistos estejam em conformidade com a lei.
Para especialistas, esse movimento pode aumentar a pressão sobre companhias internacionais que investem no país, especialmente em setores estratégicos como tecnologia e energia limpa.
Com o caso Hyundai, os Estados Unidos enviam um recado claro: tolerância zero com o trabalho ilegal e maior vigilância sobre a entrada de imigrantes sem autorizações devidas.
A medida deve impactar não apenas a política de imigração, mas também o equilíbrio entre negócios internacionais, leis trabalhistas e a competitividade da economia norte-americana.
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