Fiesc defende a construção de uma rodovia paralela à BR-101 para desafogar o trânsito em SC, mas o custo de R$ 9,2 bilhões e os desafios técnicos levantam dúvidas sobre sua viabilidade.
O trânsito caótico da BR-101 pode finalmente encontrar uma solução revolucionária, mas será que os interesses econômicos e políticos permitirão que essa obra bilionária avance?
Um projeto ambicioso promete criar uma rodovia paralela à BR-101, uma das principais rodovias do Brasil.
O Corredor Litorâneo Norte, como é chamado, pode transformar o tráfego de uma das regiões mais movimentadas do país.
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No entanto, os detalhes dessa obra monumental, que está orçada em impressionantes R$ 9,2 bilhões, ainda levantam dúvidas sobre sua viabilidade.
Segundo a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), a proposta de construir a nova rodovia entre Joinville e a Grande Florianópolis é vital para o futuro da infraestrutura da região.
A entidade defende o projeto com unhas e dentes, destacando a necessidade urgente de melhorar a mobilidade ao longo da costa.
Contudo, a própria Fiesc faz questão de alertar para os desafios que a iniciativa enfrenta.
Uma solução necessária ou mais um gasto exorbitante?
De acordo com a Fiesc, o traçado original do Corredor Litorâneo Norte deve ser seguido à risca.
A proposta inicial prevê uma rodovia com 144 km de extensão, mas o projeto atual, contratado pelo governo de Santa Catarina no fim de 2022, contempla apenas 90,5 km entre Joinville e o entroncamento com a rodovia SC-486, também conhecida como Rodovia Antônio Heil, em Itajaí.
A elaboração desse projeto executivo, no entanto, sequer começou, o que gera preocupação sobre sua conclusão.
Além disso, a obra precisa incluir o trecho remanescente entre Itajaí e Biguaçu para garantir sua eficácia no desafogo do trânsito, conforme sugerido por uma consultoria contratada pela Fiesc.
Sem essa extensão, a rodovia pode não ter o impacto desejado, o que traria mais questionamentos sobre a verdadeira necessidade da obra.
Impactos ambientais e desafios geológicos
Outro ponto levantado pela Fiesc é a questão ambiental e os desafios geológicos da região.
A construção do túnel entre Camboriú e Tijucas é um dos maiores obstáculos para a realização do Corredor Litorâneo Norte.
Os solos complexos da área exigem soluções de engenharia avançadas e caras, o que pode aumentar ainda mais os custos da obra.
Para complicar ainda mais, o impacto econômico da nova rodovia sobre a BR-101 também não pode ser ignorado.
A Fiesc alerta que, com a construção da rodovia paralela, parte do tráfego da BR-101 será absorvida pela nova via.
Isso pode afetar o equilíbrio econômico-financeiro da concessão da BR-101, já que o volume de veículos que hoje utilizam a rodovia diminuirá significativamente.
Custo bilionário e prazos indefinidos
Com um custo estimado de R$ 9,2 bilhões, que inclui obras, desapropriações, projetos e outras despesas, o Corredor Litorâneo Norte é uma das obras mais caras já propostas no estado de Santa Catarina.
No entanto, ainda não está claro de onde virão todos esses recursos e se o governo estadual conseguirá cumprir o cronograma esperado.
A incerteza financeira, somada aos obstáculos técnicos, faz com que muitos especialistas duvidem que a obra será concluída dentro dos prazos estimados.
Apesar disso, a Fiesc continua pressionando o governo para que o projeto avance.
A entidade ressalta que é fundamental garantir a reserva de faixa de domínio mais ampla, de modo a possibilitar futuras expansões.
A proposta atual prevê a construção de uma rodovia duplicada, com três pistas em cada sentido, o que aumentaria a capacidade de tráfego e tornaria a viagem mais segura e rápida.
Repercussão econômica e benefícios potenciais
Mesmo com as incertezas, há um consenso de que, se concluída, a obra trará enormes benefícios para a economia da região.
A nova rodovia promete melhorar o escoamento de mercadorias, facilitando o transporte entre os principais polos econômicos de Santa Catarina e reduzindo significativamente o tempo de deslocamento.
A Fiesc argumenta que, sem essa melhoria na infraestrutura, a região corre o risco de estagnação econômica, já que o crescimento populacional e industrial aumentará ainda mais a pressão sobre a BR-101.
O fluxo constante de veículos pesados, combinado ao tráfego diário de automóveis, já faz da rodovia uma das mais congestionadas do Brasil, e sem alternativas viáveis, os problemas só tendem a piorar.
Solução ou impasse?
Com um custo bilionário, desafios técnicos e incertezas sobre a sua viabilidade, o Corredor Litorâneo Norte pode ser a solução que Santa Catarina tanto precisa – ou um impasse financeiro que deixará a população à mercê dos congestionamentos por anos a fio.
Enquanto as discussões continuam, o que fica claro é que essa obra gigantesca pode mudar o futuro do tráfego no estado, mas somente se todas as barreiras forem superadas.
Será que a nova rodovia é realmente a solução para o trânsito de Santa Catarina, ou estamos prestes a enfrentar mais um grande desperdício de recursos públicos? Deixe sua opinião nos comentários!
Como é q pessoas replicam uma besteira como esta. O Contorno, q soma uns 30 kms, levou apenas 12 anos, sem obras dificeis e custou uns 5 BILHOES. Aí, vem os ‘magicos’ da tal FIESC, proporem a tal BR paralela, orcando a obra em 9 BILHOES, com extensao de uns 200 kms e varios acidentes geologicos, como os mesmos admitem. Agora, podem anotar: VARIOS experts serao contratados, pra pensar um projeto, estudar viabilidade, realizar (botar no papel) o tal projeto a um CUSTO MILIONARIO. Sim, estes probos homens irao ‘conven$$er’ o gestor, estadual, d plantao a liberar MILHOES e mais milhoes para os estudos. Penso inclusive, q aquele simbolo de SC, o Zé Trovao, ira subir no pulpito do Congresso, pra **** boca fora, sandices sobre a importancia
Uma situação que deve ser levada em conta no caso dos congestionamento além do excesso de veículos, são os maus motoristas. Não leem placas, não usam as pistas de aceleração e frenagem corretamente, dirigem a 60km/h na pista da esquerda e não deixam ninguém passar, etc. Por exemplo, no posto da PRF em Itapema, a velocidade está liberada para até 100km/h, justamente para evitar congestionamentos. Ocorre que tem motoristas reduzido e passando a 40km/h. Em horas de pico já é o bastante para gerar filas.
O maior problema é que a br 101 deveria ser só para o trânsito corrente e não utilizado como ligação entre um ponto e outro da cidade. Deveria ser totalmente fechada para o trânsito das cidades e acesso só em áreas específicas. Acabaria com os congestionamentos na rodovia.