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Estado pode ganhar rodovia paralela a uma das maiores BRs do Brasil com custo estimado em R$ 9,2 BILHÕES

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 20/10/2024 às 15:10
Projeto bilionário para rodovia paralela à BR-101 pode transformar o trânsito em SC, mas dúvidas sobre sua viabilidade permanecem.
Projeto bilionário para rodovia paralela à BR-101 pode transformar o trânsito em SC, mas dúvidas sobre sua viabilidade permanecem.
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Fiesc defende a construção de uma rodovia paralela à BR-101 para desafogar o trânsito em SC, mas o custo de R$ 9,2 bilhões e os desafios técnicos levantam dúvidas sobre sua viabilidade.

O trânsito caótico da BR-101 pode finalmente encontrar uma solução revolucionária, mas será que os interesses econômicos e políticos permitirão que essa obra bilionária avance?

Um projeto ambicioso promete criar uma rodovia paralela à BR-101, uma das principais rodovias do Brasil.

O Corredor Litorâneo Norte, como é chamado, pode transformar o tráfego de uma das regiões mais movimentadas do país.

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No entanto, os detalhes dessa obra monumental, que está orçada em impressionantes R$ 9,2 bilhões, ainda levantam dúvidas sobre sua viabilidade.

Segundo a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), a proposta de construir a nova rodovia entre Joinville e a Grande Florianópolis é vital para o futuro da infraestrutura da região.

A entidade defende o projeto com unhas e dentes, destacando a necessidade urgente de melhorar a mobilidade ao longo da costa.

Contudo, a própria Fiesc faz questão de alertar para os desafios que a iniciativa enfrenta.

Uma solução necessária ou mais um gasto exorbitante?

De acordo com a Fiesc, o traçado original do Corredor Litorâneo Norte deve ser seguido à risca.

A proposta inicial prevê uma rodovia com 144 km de extensão, mas o projeto atual, contratado pelo governo de Santa Catarina no fim de 2022, contempla apenas 90,5 km entre Joinville e o entroncamento com a rodovia SC-486, também conhecida como Rodovia Antônio Heil, em Itajaí.

A elaboração desse projeto executivo, no entanto, sequer começou, o que gera preocupação sobre sua conclusão.

Além disso, a obra precisa incluir o trecho remanescente entre Itajaí e Biguaçu para garantir sua eficácia no desafogo do trânsito, conforme sugerido por uma consultoria contratada pela Fiesc.

Sem essa extensão, a rodovia pode não ter o impacto desejado, o que traria mais questionamentos sobre a verdadeira necessidade da obra.

Impactos ambientais e desafios geológicos

Outro ponto levantado pela Fiesc é a questão ambiental e os desafios geológicos da região.

A construção do túnel entre Camboriú e Tijucas é um dos maiores obstáculos para a realização do Corredor Litorâneo Norte.

Os solos complexos da área exigem soluções de engenharia avançadas e caras, o que pode aumentar ainda mais os custos da obra.

Para complicar ainda mais, o impacto econômico da nova rodovia sobre a BR-101 também não pode ser ignorado.

A Fiesc alerta que, com a construção da rodovia paralela, parte do tráfego da BR-101 será absorvida pela nova via.

Isso pode afetar o equilíbrio econômico-financeiro da concessão da BR-101, já que o volume de veículos que hoje utilizam a rodovia diminuirá significativamente.

Custo bilionário e prazos indefinidos

Com um custo estimado de R$ 9,2 bilhões, que inclui obras, desapropriações, projetos e outras despesas, o Corredor Litorâneo Norte é uma das obras mais caras já propostas no estado de Santa Catarina.

No entanto, ainda não está claro de onde virão todos esses recursos e se o governo estadual conseguirá cumprir o cronograma esperado.

A incerteza financeira, somada aos obstáculos técnicos, faz com que muitos especialistas duvidem que a obra será concluída dentro dos prazos estimados.

Apesar disso, a Fiesc continua pressionando o governo para que o projeto avance.

A entidade ressalta que é fundamental garantir a reserva de faixa de domínio mais ampla, de modo a possibilitar futuras expansões.

A proposta atual prevê a construção de uma rodovia duplicada, com três pistas em cada sentido, o que aumentaria a capacidade de tráfego e tornaria a viagem mais segura e rápida.

Repercussão econômica e benefícios potenciais

Mesmo com as incertezas, há um consenso de que, se concluída, a obra trará enormes benefícios para a economia da região.

A nova rodovia promete melhorar o escoamento de mercadorias, facilitando o transporte entre os principais polos econômicos de Santa Catarina e reduzindo significativamente o tempo de deslocamento.

A Fiesc argumenta que, sem essa melhoria na infraestrutura, a região corre o risco de estagnação econômica, já que o crescimento populacional e industrial aumentará ainda mais a pressão sobre a BR-101.

O fluxo constante de veículos pesados, combinado ao tráfego diário de automóveis, já faz da rodovia uma das mais congestionadas do Brasil, e sem alternativas viáveis, os problemas só tendem a piorar.

Solução ou impasse?

Com um custo bilionário, desafios técnicos e incertezas sobre a sua viabilidade, o Corredor Litorâneo Norte pode ser a solução que Santa Catarina tanto precisa – ou um impasse financeiro que deixará a população à mercê dos congestionamentos por anos a fio.

Enquanto as discussões continuam, o que fica claro é que essa obra gigantesca pode mudar o futuro do tráfego no estado, mas somente se todas as barreiras forem superadas.

Será que a nova rodovia é realmente a solução para o trânsito de Santa Catarina, ou estamos prestes a enfrentar mais um grande desperdício de recursos públicos? Deixe sua opinião nos comentários!

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Daniel
Daniel
23/10/2024 16:09

Como é q pessoas replicam uma besteira como esta. O Contorno, q soma uns 30 kms, levou apenas 12 anos, sem obras dificeis e custou uns 5 BILHOES. Aí, vem os ‘magicos’ da tal FIESC, proporem a tal BR paralela, orcando a obra em 9 BILHOES, com extensao de uns 200 kms e varios acidentes geologicos, como os mesmos admitem. Agora, podem anotar: VARIOS experts serao contratados, pra pensar um projeto, estudar viabilidade, realizar (botar no papel) o tal projeto a um CUSTO MILIONARIO. Sim, estes probos homens irao ‘conven$$er’ o gestor, estadual, d plantao a liberar MILHOES e mais milhoes para os estudos. Penso inclusive, q aquele simbolo de SC, o Zé Trovao, ira subir no pulpito do Congresso, pra **** boca fora, sandices sobre a importancia

Elisiario
Elisiario
23/10/2024 15:59

Uma situação que deve ser levada em conta no caso dos congestionamento além do excesso de veículos, são os maus motoristas. Não leem placas, não usam as pistas de aceleração e frenagem corretamente, dirigem a 60km/h na pista da esquerda e não deixam ninguém passar, etc. Por exemplo, no posto da PRF em Itapema, a velocidade está liberada para até 100km/h, justamente para evitar congestionamentos. Ocorre que tem motoristas reduzido e passando a 40km/h. Em horas de pico já é o bastante para gerar filas.

Dotto bj
Dotto bj
23/10/2024 15:05

O maior problema é que a br 101 deveria ser só para o trânsito corrente e não utilizado como ligação entre um ponto e outro da cidade. Deveria ser totalmente fechada para o trânsito das cidades e acesso só em áreas específicas. Acabaria com os congestionamentos na rodovia.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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