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Esta planta ainda proibida pode ser a “nova soja” do Brasil — com projeção bilionária e potencial para se tornar a nova commodity agrícola do país

Publicado em 13/09/2025 às 09:57
Agro brasileiro, cânhamo industrial, Commodity
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Relatório da Embrapa e Instituto Ficus projeta cânhamo industrial como nova commodity agrícola, com receita bilionária prevista e desafios legais ainda sem solução

O cultivo de cânhamo industrial, uma das variedades da cannabis, aparece como aposta para mudar o rumo do agronegócio brasileiro a partir de 2026. Um relatório da Embrapa, em parceria com o Instituto Ficus, traça os primeiros passos para que o país consiga consolidar uma nova cadeia produtiva.

Segundo o documento, a estimativa é que, até 2030, a receita líquida alcance R$ 5,76 bilhões. O cálculo considera desde a venda de sementes até o aproveitamento do caule da planta.

Essa expectativa é comparada, em impacto, ao que a soja significou para a agricultura nacional há cinco décadas. Portanto, a cannabis industrial desponta como possível próxima commodity estratégica.

O que prevê o relatório

O plano aponta para a criação de projetos piloto já em março de 2026. A partir do segundo semestre do mesmo ano, pequenos e médios agricultores poderiam buscar crédito específico para financiar máquinas e iniciar o cultivo.

Em 2027, começaria a fase de ampliação, com autorizações para produção em escala maior. Já em 2028, seria o momento de abrir espaço para exportações.

A consolidação plena da cadeia está projetada para 2030, quando o Brasil teria condições de disputar mercado internacionalmente.

Impasse regulatório

Apesar do otimismo, a regulamentação ainda é o maior entrave. Hoje, uma portaria da Anvisa de 1998 proíbe qualquer forma de cultivo de cannabis no país.

Embora o Superior Tribunal de Justiça tenha exigido novas normas, as propostas discutidas se concentram apenas no uso medicinal.

Essa limitação ameaça atrasar os prazos do plano da Embrapa e reduzir o alcance econômico.

Especialistas destacam que restringir o plantio ao setor farmacêutico pode comprometer toda a expansão prevista.

O risco é perder espaço para concorrentes que já atuam no mercado, como China, Canadá e Estados Unidos.

Receita bilionária

As projeções do relatório detalham os ganhos potenciais. Apenas as sementes, ricas em proteínas, poderiam gerar R$ 2,3 bilhões até 2030.

O destino principal seria a alimentação humana e a indústria de alimentos processados.

O caule, transformado em fibras, abriria novas frentes em papel, tecidos e materiais sustentáveis de construção. Esse segmento teria condições de adicionar outros R$ 3,2 bilhões ao faturamento.

No total, a área cultivada poderia chegar a 64 mil hectares até o fim da década, reunindo produtores de diferentes regiões.

O futuro da nova commodity

Pesquisadores da Embrapa defendem que o cânhamo industrial deve ser tratado como prioridade. A justificativa é simples: repetir, em menor escala, o papel que a soja teve na revolução agrícola brasileira.

Para isso, porém, será necessário romper as barreiras regulatórias. Só assim a cannabis industrial poderá sair dos relatórios e ocupar efetivamente o campo brasileiro.

Com informações de Diário do Litoral.

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Romário Pereira de Carvalho

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