O Universo esconde planetas com condições tão extremas que desafiam a imaginação. Alguns deles apresentam calor escaldante, chuvas metálicas e órbitas incrivelmente rápidas, surpreendendo astrônomos
A vastidão do universo abriga mistérios que vão além da imaginação humana. Desde que a ciência começou a explorar o espaço profundo, milhares de exoplanetas foram identificados, revelando condições extremas e surpreendentes.
Entre esses mundos, alguns desafiam qualquer padrão conhecido.
Três deles se destacam: um onde chove metal, outro tão quente que vaporiza materiais comuns na Terra e um sistema que se move a velocidades impressionantes.
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O universo dos exoplanetas
A existência de exoplanetas foi confirmada pela primeira vez em 1992.
Desde então, mais de 5.800 foram catalogados e milhares de outros estão em análise.
Esses mundos variam entre rochosos, gasosos, gelados e incandescentes. Estudá-los é fundamental para entender a formação planetária e, quem sabe, encontrar sinais de vida.
Alexander Wolszczan, responsável pela descoberta inicial de planetas fora do Sistema Solar, acredita que encontrar vida em algum lugar do universo é apenas questão de tempo. “A composição química da vida na Terra é similar à encontrada em outros locais do cosmos“, afirmou.
Exoplanetas com temperaturas escaldantes
WASP-69b: Localizado a 164 anos-luz, WASP-69b é peculiar por dois motivos: sua temperatura extrema e sua cauda de gás.
A proximidade com sua estrela faz com que sua atmosfera seja arrancada, formando um rastro semelhante ao de um cometa.
Além disso, sua superfície atinge cerca de 600 °C. Seu ciclo orbital é incrivelmente rápido, completando um ano em menos de quatro dias.
WASP-121b: A 858 anos-luz de distância, WASP-121b apresenta um fenômeno raro e impressionante: a chuva de metal.
A temperatura do lado voltado para sua estrela atinge 2.500 °C, suficiente para vaporizar metais.
Esses vapores são levados por ventos de 17.000 km/h até a face escura, onde esfriam e caem como chuva de ferro e titânio.
Esse exoplaneta é um gigante gasoso, 1,2 vezes maior que Júpiter, e completa sua órbita em apenas 1,3 dias terrestres.
É um exemplo extremo de um “Júpiter quente“, planetas gasosos massivos que orbitam suas estrelas a distâncias incrivelmente curtas.
O exoplaneta mais rápido já registrado
Um dos sistemas mais velozes conhecidos no universo foi identificado recentemente. O exoplaneta e sua estrela viajam juntos a 540 km/s, quase três vezes a velocidade do Sistema Solar.
Para efeito de comparação, a velocidade é tão extrema que o planeta poderia percorrer a distância entre Buenos Aires e Mar del Plata em menos de um segundo.
Esse sistema foi identificado pela primeira vez em 2011, mas só recentemente foi analisado em detalhes.
Acredita-se que o planeta seja um super-Netuno, orbitando uma estrela de baixa massa em uma órbita comparável à de Vênus ou Terra.
O exoplaneta mais jovem conhecido
Outro achado recente impressiona por sua idade. IRAS 04125+2902 b é o exoplaneta mais jovem identificado, com apenas 3 milhões de anos. Para comparação, a maioria dos exoplanetas conhecidos tem cerca de 4,5 bilhões de anos.
O planeta foi descoberto por Madyson Barber, pesquisadora da Universidade do Norte da Califórnia. “No momento da descoberta, não percebi a magnitude do que havia encontrado“, afirmou.
Sua juventude pode fornecer pistas valiosas sobre a formação de planetas, incluindo a Terra.
Os cientistas esperam que o Telescópio Espacial James Webb possa realizar observações mais detalhadas desse planeta, ajudando a entender melhor sua massa e origem.
“Se conseguirmos determinar melhor sua massa, talvez possamos entender como se formou e, consequentemente, como nosso próprio planeta surgiu“, concluiu Barber
O estudo de exoplanetas continua a revelar mundos exóticos e surpreendentes.
Cada descoberta amplia nosso entendimento do cosmos e pode trazer pistas sobre a própria existência da vida fora da Terra.
Com telescópios cada vez mais avançados, a exploração do universo reserva ainda mais mistérios a serem desvendados.