Conheça os modelos no Brasil com sistema “Belt-in-Oil”, suas vantagens, os riscos envolvidos e como a manutenção correta é crucial para os carros que usam correia dentada banhada a óleo.
A busca por motores mais eficientes e silenciosos impulsionou inovações na indústria automotiva. Entre elas, destaca-se a correia dentada banhada a óleo, ou “Belt-in-Oil” (BIO). Essa tecnologia, presente em diversos carros que usam correia dentada banhada a óleo no mercado brasileiro, promete vantagens, mas exige atenção redobrada à manutenção.
Entenda o funcionamento do sistema BIO, detalha os principais veículos que o utilizam no Brasil e alerta para os cuidados indispensáveis. Entender essa tecnologia é fundamental para proprietários e futuros compradores evitarem problemas e custos elevados com reparos.
O que são e por que existem os carros que usam correia dentada banhada a óleo?
A tecnologia “Belt-in-Oil” (BIO) representa um sistema de sincronismo do motor. Nele, a correia dentada opera imersa no óleo lubrificante do próprio motor. Isso diferencia dos sistemas tradicionais, onde a correia trabalha a seco. A função principal é sincronizar o virabrequim com o comando de válvulas, garantindo o funcionamento preciso do motor.
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Para operar submersa em óleo quente, a correia é feita de materiais especializados. Utiliza-se borracha nitrílica hidrogenada (HNBR) e revestimentos como Teflon. Algumas composições incluem Kevlar para maior resistência. Fabricantes adotaram essa tecnologia visando maior eficiência energética. Buscam também a redução de emissões de poluentes e uma operação mais silenciosa e suave dos motores. A redução de atrito é um dos principais benefícios. Isso diminui perdas de energia e pode melhorar a economia de combustível. Além disso, o sistema tende a ser mais leve e permite um design de motor mais compacto.
Quais são os 7 carros que usam correia dentada banhada a óleo no Brasil?
Diversos modelos populares no Brasil incorporaram a tecnologia de correia dentada banhada a óleo. Conhecer quais carros que usam correia dentada banhada a óleo é o primeiro passo para uma manutenção adequada.
- Linha Chevrolet (Motores CSS Prime): Inclui Onix (a partir de 2019), Tracker (a partir de 2020) e Nova Montana (a partir de 2023) com motores 1.0 e 1.2, turbo ou aspirados.
- Ford Ka (1.0 TiVCT 3 Cilindros): Modelos da terceira geração (2014/2015 a 2021).
- Ford EcoSport (1.5 Dragon 3 Cilindros / 1.0 EcoBoost 3 Cilindros): Versões equipadas com esses motores específicos.
- Ford Fiesta (1.0 EcoBoost 3 Cilindros): Modelos com o motor 1.0 EcoBoost turbo.
- Ford Ranger (2.0 EcoBlue/Panther Diesel): Geração atual com motor 2.0 Turbodiesel.
- Peugeot / Citroën (Motores 1.2 PureTech): Presente em modelos como Peugeot 208, Peugeot 2008, Citroën C3 e Citroën C4 Cactus com este motor de três cilindros.
- Ford Transit (2.0 EcoBlue): Furgão equipado com o motor 2.0 EcoBlue Diesel.
A durabilidade declarada da correia por esses fabricantes é geralmente longa. Pode chegar a 240.000 km ou 15 anos em alguns casos. Contudo, essa longevidade depende estritamente da manutenção impecável.
Riscos e manutenção: o calcanhar de aquiles dos carros que usam correia dentada banhada a óleo
Apesar das vantagens teóricas, os carros que usam correia dentada banhada a óleo enfrentam desafios significativos. O principal problema é o desgaste prematuro da correia. Isso pode ocorrer muito antes da vida útil projetada. A causa raiz frequentemente está no uso de óleo lubrificante incorreto.
Quando a correia se degrada, libera partículas no motor. Esses detritos podem obstruir o pescador da bomba de óleo e galerias finas. Isso leva à deficiência de lubrificação, comprometendo componentes vitais como bronzinas e turbocompressor. A consequência mais grave é a perda de sincronismo do motor. Se a correia romper ou saltar dentes, pistões e válvulas podem colidir. Os danos geralmente são severos, exigindo retífica completa do motor ou sua substituição. Os custos de reparo podem ser extremamente altos.
A manutenção é, portanto, inegociável. É crucial usar somente o óleo com a especificação exata determinada pelo fabricante. Não basta acertar a viscosidade; a norma de desempenho é vital. Trocar o óleo e o filtro nos intervalos recomendados é fundamental. Condições de “uso severo”, como trajetos curtos, exigem trocas mais frequentes. Evite óleos falsificados e aditivos não aprovados.
Opinião dos especialistas
Para proprietários atuais, a adesão estrita ao plano de manutenção é vital. Utilize apenas o óleo e os filtros especificados pelo fabricante. Siga rigorosamente os intervalos de troca, ajustando para uso severo se necessário. É importante estar alerta a qualquer sinal incomum do motor, como ruídos, perda de potência ou aviso de pressão do óleo. Mantenha registros meticulosos de todos os serviços.
Para quem considera comprar carros que usam correia dentada banhada a óleo novos, é essencial compreender o compromisso com a manutenção. Informe-se sobre a garantia e avalie seu perfil de uso. Se for comprar um usado, priorize o histórico de serviço completo e verificável. Tenha extrema cautela com veículos ex-frota ou locadoras. Uma inspeção pré-compra detalhada é crucial. Na dúvida, considere a substituição preventiva da correia, óleo e filtro.
Vale a pena ter um carro com esse tipo de engenharia no Brasil?
A decisão de adquirir um dos carros que usam correia dentada banhada a óleo envolve pesar benefícios e riscos. A tecnologia pode oferecer eficiência e suavidade. Contudo, exige um compromisso inabalável com a manutenção preventiva e especializada.
A “economia” de um intervalo de troca de correia mais longo pode ser anulada por um único erro na escolha do óleo. Se o proprietário não estiver disposto a seguir o regime rigoroso de manutenção, um veículo com correia seca tradicional ou corrente de comando pode ser uma opção de menor risco. Para o consumidor informado e diligente, a tecnologia pode funcionar bem. Para o desavisado, os custos podem ser significativos.
A experiência prática mostra que os benefícios da correia banhada a óleo são acompanhados de uma sensibilidade crítica à qualidade do lubrificante. A manutenção correta não é opcional, mas um requisito fundamental para a longevidade do sistema e para evitar que os carros que usam correia dentada banhada a óleo se tornem uma fonte de problemas.
…tenho um carro 1.4, 4 cilindros, me leva e me trás, confortável, e tem uma potência extrema, é um ótimo carro, entre tantos, como o 1.0, confesso q esses são os melhores motores, sem essa de correa banhada a óleo, pra q correr riscos, o mercado tah vendendo essa engenharia só pra inovar o mercado automobilístico, mas só compra quem tá buscando novidade, o pior q a tendência daqui uns tempos, a engenharia automobilística, ter q olhar pra trás e voltar a fabricar motores com corrêa dentada externa protegida de óleo…
Existe o bom e o ruim. O fato da correia ser banhada a óleo não garante que o motor seja ruim. Nesse caso dos 3 cilindros, concordo que não são motores confiáveis.
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