Veja os 5 carros que menos perdem valor no Brasil em 2025, com base na Tabela Fipe. Eles combinam boa liquidez, manutenção previsível e procura constante no mercado de seminovos.
Comprar um zero continua sendo o sonho de muita gente, mas ninguém quer perder dinheiro na hora da revenda. Em 2025, alguns modelos perderam menos valor do que a média, e quando se observa os dados certos fica mais fácil escolher um carro com boa liquidez e menor desvalorização.
Na prática, quem costuma dar o aval final é o mecânico, porque é para a oficina que a maioria leva o carro antes de fechar negócio. Segundo profissionais de confiança, esses modelos tendem a receber “sinal verde” na vistoria pré-compra por reunirem manutenção previsível, disponibilidade de peças e histórico de mercado mais estável, fatores que ajudam a preservar o preço na troca futura.
A referência para medir a desvalorização de um usado é a Tabela Fipe, que expressa o preço médio praticado na revenda e é atualizada todo mês. Ela serve como parâmetro para negociação, embora o valor real varie conforme conservação, região e procura.
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Como escolhemos os modelos e por que este ranking é confiável
A base deste nosso levantamento é o ranking de desvalorização dos 10 carros mais vendidos no 1º semestre de 2025, publicado pela CNN Brasil. O cálculo compara o preço 0 km de referência com o valor médio de 1 ano medido pela Fipe, o que dá uma fotografia clara da perda de valor no ciclo mais comum de troca. Esse recorte prioriza carros populares, portanto com liquidez alta no mercado de usados.
Para dar contexto além do Top 5, citamos também o especial anual Melhor Revenda 2025 de Quatro Rodas em parceria com a Mobiauto, que ranqueia modelos com menor desvalorização por categoria. Isso ajuda o leitor a entender tendências por segmento e a cruzar informações antes da compra.
Importante lembrar que a Tabela Fipe é um parâmetro de mercado para pagamento à vista e não substitui a avaliação do veículo específico. Estado de pneus e pintura, histórico de manutenção e documentação com revisões carimbadas influenciam muito o valor final.
Volkswagen T-Cross (Sense) segura melhor o preço entre os mais vendidos
O Volkswagen T-Cross Sense apresenta a menor desvalorização percentual no recorte analisado, com queda de 9,6% na comparação entre o zero quilômetro e o preço médio após um ano. O número reflete a combinação de forte demanda por SUVs compactos, presença consolidada da rede e procura constante no mercado de seminovos. Para quem busca um SUV que preserva valor, o T-Cross é hoje um dos melhores exemplos no país.
Outro ponto a favor é a liquidez. O T-Cross aparece entre os modelos de maior destaque em vendas no semestre, o que facilita a troca e reduz o tempo de anúncio do usado. Para preservar a revenda, vale priorizar unidades com manuais, nota fiscal e histórico de revisões e evitar acessórios difíceis de reverter.
Na negociação, lembre que versões e pacotes com itens de segurança e conectividade valorizam melhor. Assistentes de condução, conectividade de fábrica e pneus em bom estado costumam pesar a favor na avaliação.
Volkswagen Polo (Track) é o hatch de entrada com boa procura e custo de uso baixo
Entre os hatches, o Polo Track aparece com desvalorização de 10,7% no período, número competitivo para um carro de entrada. A mecânica simples, a manutenção em conta e a ampla disponibilidade de peças ajudam a manter o valor de revenda.
Há um efeito adicional que o leitor precisa considerar. Em julho de 2025, a Volkswagen promoveu reduções de preço no Polo, inclusive na versão Track, movimento que influencia o chamado “chão” do usado. Quem compra zero mais barato tende a aceitar menos na troca, o que pode mexer ligeiramente na curva de valor do seminovo adiante. Por isso, é útil monitorar campanhas e feirões antes de fechar negócio.
Dicas práticas para preservar valor: manter o carro 100% original, evitar personalizações permanentes e guardar comprovantes de manutenção. Carros sem histórico de sinistro e com laudo cautelar em dia costumam ter revenda mais rápida.
Fiat Strada (Endurance CS) é líder de vendas e fácil de revender
A Fiat Strada Endurance CS registrou desvalorização de 16,7% em um ano, segundo o mesmo levantamento. O índice é maior que o dos Volkswagen acima, porém a Strada compensa na liquidez, já que foi o carro mais vendido do Brasil no 1º semestre de 2025. Picapes leves têm procura firme tanto por frotistas quanto por quem usa o veículo no dia a dia, fator que tende a facilitar a revenda.
Para não perder dinheiro na troca, atenção ao uso anterior. Verifique estado da caçamba, alinhamento de suspensão e histórico de carga. Revisões em concessionária, pneus em bom estado e recalls cumpridos ajudam a sustentar o preço pedido.
Se a ideia é manter a picape por muitos anos, considere a manutenção preventiva. Em picapes, detalhes como amortecedores, buchas e freios bem cuidados fazem diferença na avaliação.
Fiat Argo (1.0 MT) combina preço de entrada e depreciação controlada
O Fiat Argo 1.0 MT aparece com desvalorização de 16,3% no recorte, desempenho correto para um compacto de entrada. O modelo segue valorizado no mercado de usados por entregar consumo competitivo e custos de manutenção previsíveis, além de ampla rede de atendimento.
Para segurar valor, prefira unidades com baixa quilometragem e com todos os carimbos de revisão. Evite rodas exageradas ou alterações de suspensão, que costumam reduzir o interesse de compradores e seguradoras.
Na hora de vender, fotos claras, laudo cautelar recente e transparência em itens como chave reserva e manual aumentam a confiança e encurtam o tempo de anúncio.
Hyundai HB20 (Comfort) segue muito procurado no usado
Fechando o Top 5, o Hyundai HB20 Comfort teve desvalorização de 15,9%. O hatch da Hyundai mantém procura constante no mercado de usados, o que sustenta preços e reduz concessões na mesa de negociação. O conjunto mecânico simples e a rede ampla ajudam a atrair compradores iniciantes e frotas leves.
Para valorizar mais, busque unidades com histórico comprovado e conectividade original funcionando, já que esses itens têm peso crescente na decisão de compra. Capô, para-lamas e longarinas sem reparos estruturais são diferenciais na avaliação.
Se você mora em capitais com rodízio ou seguro mais caro, considerar itens de segurança ativos e assistências pode tornar o carro mais interessante para o próximo dono, o que ajuda a preservar valor.
O que faz um carro desvalorizar menos e como você pode intervir
Dois fatores dominam a curva de desvalorização no Brasil. O primeiro é a oferta e demanda. Quanto maior a procura pelo modelo no zero e no seminovo, maior a retenção de preço. Vimos isso no T-Cross entre os SUVs e no HB20 entre os hatches. O segundo é o preço do zero quilômetro, que muda com políticas comerciais das montadoras, descontos e programas setoriais. Quando a marca reduz preço do novo, o usado costuma se ajustar, como se observou com o Polo Track em julho.
A Tabela Fipe acompanha essas oscilações ao longo do ano, por isso vale monitorar o modelo desejado mês a mês. Use a Fipe como referência, não como verdade absoluta, e cruze com o estado do carro real, quilometragem e histórico de proprietário.