Navio flutuante inicia jornada de milhas náuticas para revolucionar a exploração de petróleo na Noruega com um projeto de 30 anos
A estatal norueguesa Equinor está prestes a dar um grande passo na exploração de petróleo offshore com o FPSO Johan Castberg, um navio flutuante de produção, armazenamento e descarga que já está a caminho do Mar de Barents, na costa da Noruega. Este marco histórico ocorre após anos de planejamento, desafios e um investimento bilionário que visa fortalecer ainda mais o papel da Noruega como fornecedor global de energia, de acordo com o site Offshore Energy.
Plano ambicioso: 30 poços e um FPSO poderoso
O projeto Johan Castberg, que teve seu plano de desenvolvimento e operação (PDO) apresentado em 2017, é uma das maiores empreitadas da Equinor no Mar de Barents. Com um custo inicial estimado em NOK 57 bilhões (aproximadamente US$ 5,3 bilhões), o projeto engloba um campo submarino com 30 poços, distribuídos em dez modelos e dois satélites conectados ao FPSO Johan Castberg.
Após a construção do casco e dos alojamentos do navio em Cingapura, a estrutura foi transportada para Stord, na Noruega, em 2022, para instalação e comissionamento. No entanto, o projeto enfrentou atrasos e estouros de custos, adiando o início das operações para o quarto trimestre de 2024. Como resultado, a parceria Johan Castberg, composta por Equinor, Vår Energi e Petoro, atualizou a estimativa de custo do projeto para NOK 80 bilhões (quase US$ 7,4 bilhões) em setembro de 2023.
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FPSO Johan Castberg: A jornada rumo ao futuro energético da Noruega
No final de maio de 2024, após cortar a última linha de amarração que o prendia ao cais da Aker Solutions em Stord, o FPSO Johan Castberg partiu para testes no mar em Klosterfjorden. Agora, o navio de mais de 300 metros de comprimento e 120 metros de altura, com capacidade de produção diária de quase 190.000 barris, navega rumo ao Mar de Barents, onde assumirá sua posição final no campo Johan Castberg, localizado a cerca de 100 km ao norte do campo Snøhvit.
O campo Johan Castberg, situado em águas com profundidades entre 360 e 390 metros, representa um avanço significativo para a infraestrutura petrolífera da região. Estima-se que o campo abrigue entre 450 e 650 milhões de barris de petróleo, o que, segundo especialistas, abrirá caminho para novas descobertas e uma infraestrutura robusta na nova província petrolífera do Mar de Barents.
Impacto econômico e futuro do mercado de FPSOs
A Vår Energi, uma das parceiras no projeto, celebrou a partida do navio: “O poderoso FPSO Johan Castberg iniciou sua jornada para o norte, em direção ao campo no Mar de Barents, com produção prevista para começar no quarto trimestre de 2024. Parabéns à operadora Equinor por atingir esse marco crucial!”
Além de sua importância estratégica para a Equinor e seus parceiros, o projeto Johan Castberg terá um impacto econômico substancial para a Noruega. O desenvolvimento do campo deve gerar milhares de empregos e criar valor significativo para a sociedade, com 82% das receitas do campo direcionadas ao estado norueguês. A operação será apoiada por uma base de suprimentos e helicópteros em Hammerfest e uma organização de operações em Harstad, reforçando ainda mais a infraestrutura local.
Só o Brasil não pode explorar suas riquezas. A própria Noruega, que se diz defensora da natureza e do meio ambiente, é uma grande produtora de petróleo.
A Noruega financia projetos em fundos de preservação da natureza na Amazônia, mas por ironia do destino, joga rejeitos de produção de de alumínio de uma empresa no Estado do Pará, sem tratamento, direto nos rios.
Como diz o ditado: faça o que eu digo, mas, não faça o que eu Faço. Cadê o Grenpeace que só se manifesta a favor das grandes potências? Dos grandes grupos? Por que não se nanifesta contra a exploração de petróleo no golfo do México, Mar do Norte, na Rússia, China, nos países árabes e + recentemente na Guiana Inglesa?
Vc disse quase tudo, parabéns!
Boa noite!
Muito bom o desenvolvimento da embarcação,estamos sempre em metas,de alvos maiores, juntos vencemos maís forte