Economistas projetam o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou novas projeções para o PIB do Brasil, apontando uma expansão de 2,4% para 2025. Essa previsão é detalhada no relatório “Economia Brasileira 2024-2025” e ocorre em meio a um cenário de incertezas, com desafios como a alta da Selic e a desaceleração dos investimentos.
Crescimento de 3,5% para 2024
Para o ano de 2024, a CNI ajustou sua previsão de crescimento do PIB para 3,5%, superando a estimativa de 1,7% divulgada no final de 2023.
A projeção mais otimista reflete uma série de fatores que impulsionam a economia, incluindo o bom desempenho do mercado de trabalho e o aumento significativo das concessões de crédito.
- Além do ouro e das terras raras, a China tem um trunfo na manga para impulsionar sua economia: cascas de laranja velhas
- Bill Gates faz alerta: bilionário prevê nova epidemia antes de 2030 e diz que o mundo não está preparado!
- Brasil dará salto na economia e será uma potência mundial, diz FMI
- Importante rodovia (BR) passará por grande transformação! Governo Federal anunciou MAIS de R$ 6 BILHÕES para triplicação, duplicação e mais obras
Em 2024, o consumo deverá crescer 4,6%, com destaque para o aumento das vendas no varejo e o crescimento das compras de máquinas e equipamentos.
A projeção de investimentos também é otimista, com alta de 7,3%, um reflexo direto da recuperação da indústria e da continuidade de ações fiscais do governo. A taxa de investimentos, portanto, passará de 16,4% para 17,3%, conforme estimativas da CNI.
Expectativa do PIB para 2025
No entanto, a expectativa para 2025 é de uma desaceleração. O crescimento do PIB será de 2,4%, refletindo uma redução do ritmo de expansão devido à combinação de fatores como o aperto monetário e a diminuição da oferta de crédito.
O consumo deve desacelerar, com um crescimento de apenas 2,4%, metade da alta prevista para 2024. A indústria também deverá crescer a um ritmo mais modesto, com uma expansão de 2,1%.
O impacto da alta da Selic, que em dezembro chegou a 12,25%, será um dos principais fatores a frear a atividade econômica. Segundo a CNI, a política monetária mais restritiva, adotada pelo Banco Central para controlar a inflação, tende a conter tanto o consumo quanto os investimentos.
Influência do mercado de trabalho e do câmbio
Entre os fatores que ainda podem impulsionar a economia, a CNI destaca o mercado de trabalho, que deve gerar mais de 1,5 milhão de novos postos formais de trabalho até o final de 2024. Porém, a evolução mais lenta desse mercado em 2025, após três anos consecutivos de crescimento, deve contribuir para a desaceleração.
Além disso, o cenário cambial também exerce pressão sobre a economia. A desvalorização do real frente ao dólar pode prejudicar a balança comercial, com um crescimento de apenas 0,8% nas exportações em 2024.
As importações, por sua vez, deverão crescer 10,6%, o que diminuirá o saldo da balança comercial. Para 2025, com a redução do crescimento da demanda interna, as importações devem desacelerar.
Setores em destaque
O setor agropecuário, que teve um desempenho abaixo do esperado em 2024, com uma previsão de queda de 2,7%, deve se recuperar em 2025, com crescimento estimado de 4,2%. O impacto das condições climáticas adversas, como excesso de chuvas e estiagem, foi um dos fatores responsáveis por essa queda.
Já a indústria brasileira projeta crescimento de 3,3% em 2024, com a indústria de transformação destacando-se com 3,5%.
No entanto, em 2025, a expectativa é de que o setor industrial cresça de forma mais modesta, com uma alta de 2,1%. O ritmo de crescimento das exportações, por sua vez, deve melhorar um pouco no próximo ano, impulsionado pela recuperação da agropecuária.
Cotação do Dólar
A cotação do dólar também deve ter um papel importante nas projeções para 2025. A CNI prevê que a desvalorização do real continue impactando negativamente o comércio exterior, especialmente nas importações, que devem registrar crescimento, mas com intensidade bem inferior à de 2024.
Esse cenário afeta a competitividade das exportações, embora o aumento nas vendas de produtos agropecuários no mercado externo possa trazer algum alívio.
Além disso, a cotação do dólar pode afetar o custo de produção de empresas que dependem de insumos importados, como máquinas e equipamentos. Isso pode gerar um efeito dominó no aumento de preços de produtos industrializados e em outros setores, incluindo serviços.
Perspectivas para o Setor Externo
Para 2025, a CNI também projeta uma melhora nas exportações, especialmente por conta da recuperação da agropecuária, que deve ter um desempenho positivo após a queda de 2024.
No entanto, a balança comercial brasileira deve continuar enfrentando dificuldades, com um desempenho misto nos setores externos, o que ainda dependerá da cotação do dólar e das políticas econômicas internacionais.
Apesar dos desafios, a economia brasileira deve crescer de forma moderada nos próximos anos, com a cotação do dólar e outros fatores externos desempenhando um papel crucial nesse cenário.