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Potência militar está surgindo debaixo do nariz de todo o mundo

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 21/04/2025 às 18:31
A Índia está crescendo como potência militar. Veja como o país planeja se tornar um dos maiores produtores de armamentos do mundo.
A Índia está crescendo como potência militar. Veja como o país planeja se tornar um dos maiores produtores de armamentos do mundo.
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Com o crescimento da produção de armamentos, a Índia se prepara para transformar o cenário militar global. Descubra os planos de expansão da potência asiática e suas ambições para o futuro.

Enquanto a atenção global se volta para os conflitos na Europa Oriental e as tensões no Oriente Médio, a Índia tem silenciosamente construído uma impressionante máquina de defesa, ganhando protagonismo como nova potência militar emergente.

O país asiático não apenas aumentou significativamente sua produção de armamentos nos últimos anos, como também ambiciona tornar-se um dos maiores exportadores do setor até o fim da década.

Com um crescimento expressivo de 62% na produção de armas entre 2020 e 2024, a Índia atingiu a marca de US$ 14,8 bilhões no último ano fiscal, conforme dados do governo indiano.

A Normatel Engenharia anunciou a abertura de vagas de emprego imediatas para atuação na Refinaria Abreu e Lima (RNEST), localizada em Ipojuca, Pernambuco. As oportunidades abrangem cargos técnicos e de engenharia, com destaque para o setor de instrumentação, elétrica e planejamento.

Sob a liderança do primeiro-ministro Narendra Modi, o país tem investido pesado em tecnologia militar, fabricação de armamentos e parcerias internacionais estratégicas.

Expansão silenciosa e estratégica

Diferente de outras potências militares tradicionais que impõem sua força por meio de alianças militares e intervenções internacionais, a Índia tem adotado uma abordagem mais discreta, porém eficaz.

O objetivo principal é transformar o país em um polo global de fabricação de armas, oferecendo produtos com qualidade competitiva e preços mais acessíveis do que os oferecidos por grandes fabricantes ocidentais.

Essa estratégia tem atraído a atenção de países que tradicionalmente dependiam da importação de armamentos de nações como Estados Unidos, Rússia e China.

A proposta indiana é clara: preencher lacunas no mercado global de defesa, fornecendo alternativas econômicas e confiáveis a governos em busca de independência militar.

Autossuficiência e projeção global

Um dos pilares dessa nova política de defesa é o programa “Make in India”, lançado em 2014, que incentiva a produção nacional em diversos setores, com destaque para o setor de defesa.

Desde então, a Índia vem reduzindo sua dependência de importações militares e fortalecendo sua base industrial bélica.

Além disso, o governo de Modi estabeleceu uma meta ousada: dobrar as exportações de armas e equipamentos militares até 2029, alcançando US$ 6 bilhões. Essa movimentação sinaliza não apenas um desejo de crescimento econômico, mas também de influência geopolítica.

Avanços tecnológicos além do setor militar

Os investimentos em defesa caminham lado a lado com avanços significativos em outros setores estratégicos.

O programa espacial indiano tem ganhado reconhecimento internacional, especialmente após o pouso bem-sucedido da missão Chandrayaan-3 no polo sul da Lua em 2023.

Além disso, a Índia tem direcionado bilhões para o setor de semicondutores, buscando se consolidar como uma potência tecnológica nos próximos anos.

Esses desenvolvimentos reforçam o plano de longo prazo de Modi: transformar a Índia em uma potência global em múltiplas frentes.

A união entre poder militar, desenvolvimento tecnológico e diplomacia ativa tem reposicionado o país no cenário internacional.

Parcerias e redução da dependência externa

Historicamente, a Índia foi uma das principais compradoras de armamentos russos. Contudo, as sanções internacionais contra Moscou e as instabilidades causadas pela guerra na Ucrânia têm forçado Nova Délhi a diversificar seus fornecedores e fortalecer sua produção interna.

Como resultado, empresas estatais e privadas indianas têm firmado acordos com fabricantes de países como França, Israel e Estados Unidos. Entre os destaques estão os caças Tejas, produzidos pela estatal Hindustan Aeronautics Limited (HAL), e os sistemas de defesa aérea Akash, desenvolvidos localmente e já em processo de exportação para outros países asiáticos e africanos.

Olhar para o futuro

A Índia ainda enfrenta desafios consideráveis para competir com os gigantes da indústria bélica mundial, como a Raytheon, Lockheed Martin, Northrop Grumman (dos EUA), e a Rostec (da Rússia).

Questões como infraestrutura, logística, burocracia e necessidade de atualização tecnológica constante ainda limitam o potencial total do país.

Entretanto, a trajetória ascendente é inegável. Com o fortalecimento de suas capacidades militares e o aumento do protagonismo internacional, a Índia caminha para deixar de ser apenas um ator regional e passar a ocupar um papel central na geopolítica global.

Implicações geopolíticas

O fortalecimento da indústria de defesa indiana também altera o equilíbrio estratégico na região da Ásia-Pacífico. Países como China e Paquistão observam com atenção os avanços do vizinho.

Ao mesmo tempo, nações do Sudeste Asiático e da África vêm demonstrando interesse em parcerias com Nova Délhi, tanto na área de defesa quanto em cooperação econômica.

A aproximação com os Estados Unidos e outras democracias ocidentais, por meio do grupo QUAD (formado por EUA, Índia, Japão e Austrália), reforça ainda mais o papel da Índia como contrapeso à influência chinesa na região.

Uma potência em construção

A ascensão da Índia no setor de defesa não é um fenômeno isolado. Ela faz parte de um projeto maior de transformação nacional que inclui o fortalecimento do setor industrial, tecnológico e educacional.

Com uma população jovem, numerosa e cada vez mais qualificada, a Índia aposta no longo prazo para se consolidar como uma das grandes potências do século XXI.

O mundo talvez ainda não tenha percebido totalmente a dimensão dessa mudança, mas os números e estratégias mostram que uma nova potência militar está, de fato, surgindo — e bem debaixo do nariz da comunidade internacional.

E você, acha que a Índia vai realmente se tornar uma das principais potências militares do mundo ou ainda precisa superar muitos obstáculos? Deixe sua opinião nos comentários!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas e também editor do portal CPG. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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