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Esqueça o pré-sal! Nova jazida de petróleo no Brasil pode fazer Petrobras se tornar a SEGUNDA MAIOR petroleira do mundo

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 30/08/2024 às 00:51
Esqueça o pré-sal! Nova jazida de petróleo no Brasil pode fazer Petrobras se tornar a SEGUNDA MAIOR petroleira do mundo
Esqueça o pré-sal! Nova jazida de petróleo no Brasil pode fazer Petrobras se tornar a SEGUNDA MAIOR petroleira do mundo

Petrobras está prestes a se tornar a segunda maior petroleira do mundo graças a uma nova jazida de petróleo. Mas será que o Brasil conseguirá superar os desafios e se consolidar entre as potências globais?

No complexo cenário do petróleo mundial, o Brasil pode estar prestes a dar um salto histórico. Imagine um país que, em poucos anos, pode deixar de ser apenas mais um entre os grandes produtores e se tornar uma verdadeira potência global.

Esse cenário, que poderia parecer fruto de ficção científica ou de um otimismo exagerado, na verdade, está ancorado em projeções concretas e em uma nova fronteira de exploração: a Margem Equatorial.

Assim como vem publicando o portal CPG, localizada entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, essa região pode mudar completamente o jogo para o Brasil no mercado mundial de petróleo. Porém, como toda grande oportunidade, essa também vem acompanhada de enormes desafios e incertezas.

A força atual da Petrobras e o contexto global

Hoje, a Petrobras é uma empresa multifacetada, muitas vezes retratada em narrativas conflitantes. Por um lado, é a companhia que frequentemente se vê no centro de polêmicas políticas e intervenções governamentais.

Por outro, é a gigante que reporta lucros recordes e recebe recomendações de compra de grandes bancos internacionais, como aconteceu no final de junho com o Morgan Stanley. Essa dualidade reflete a complexidade e a importância estratégica da empresa para o Brasil e para o mercado global.

Em 2023, o Brasil se posicionou como o oitavo maior produtor de petróleo do mundo, com uma produção diária de 3,4 milhões de barris. Mas essa posição pode mudar drasticamente nos próximos anos.

A Empresa Brasileira de Energia (EPE) prevê que, até 2030, a produção brasileira de petróleo possa alcançar 5,3 milhões de barris diários, um aumento de 56% em relação a 2023. Esse volume colocaria o Brasil em uma disputa acirrada com o Canadá pelo quarto lugar no ranking mundial.

Maiores produtores de petróleo em 2023. (Créditos da imagem: InvestNews)
Maiores produtores de petróleo em 2023. (Créditos da imagem: InvestNews)

A Margem Equatorial: a nova fronteira do petróleo brasileiro

Mas o que realmente pode levar o Brasil a uma posição de destaque ainda maior é a exploração da Margem Equatorial.

De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), essa área tem o potencial de adicionar 1,1 milhão de barris diários à produção nacional até 2029.

Isso elevaria a produção total do país para 6,4 milhões de barris por dia, consolidando o Brasil entre os quatro maiores produtores globais de petróleo.

Com reservas estimadas em mais de 30 bilhões de barris recuperáveis, a Margem Equatorial poderia mais do que dobrar as atuais reservas provadas do Brasil, que somam cerca de 15 bilhões de barris.

Contudo, a exploração dessa nova área enfrenta barreiras significativas, principalmente relacionadas a questões ambientais.

A Petrobras já perfurou cerca de 700 poços exploratórios na região, encontrando reservas promissoras. No entanto, a falta de licenças ambientais impede o início da produção em larga escala.

Os riscos e desafios no horizonte

Se por um lado as projeções são animadoras, por outro, os riscos são inegáveis. A própria EPE prevê que, sem a exploração da Margem Equatorial, a produção brasileira atingirá seu pico em 2030, com 5,3 milhões de barris diários, e começará a declinar nos anos seguintes.

A pressa da Petrobras em iniciar a exploração nessa nova fronteira se justifica justamente por esse temor. Cada ano de atraso pode significar uma redução na capacidade de produção futura, comprometendo o status do Brasil como potência petrolífera.

Outro desafio significativo vem do cenário político. A interferência governamental na gestão da Petrobras é uma realidade constante.

Embora a Lei das Estatais, aprovada em 2016, tenha estabelecido regras mais rígidas para a gestão de empresas controladas pelo governo, a política ainda exerce uma influência considerável sobre as decisões da companhia.

Com o governo federal detendo 50,26% das ações ordinárias, a direção da Petrobras continua vulnerável a mudanças conforme o cenário político evolui.

Mercado e geopolítica: mais obstáculos no caminho

O mercado global de petróleo também é uma fonte de incertezas. Apesar das projeções de aumento na demanda até 2029, como previsto pela Agência Internacional de Energia (IEA), o setor já viu momentos de volatilidade extrema.

Em 2020, por exemplo, o preço do barril de Brent, referência global, caiu para menos de US$ 20, em grande parte devido à pandemia de COVID-19. Esses choques de mercado podem ocorrer novamente, trazendo novos desafios para a Petrobras e para o Brasil.

Além disso, as tensões geopolíticas, especialmente no Oriente Médio e na Rússia, continuam a impactar a produção e a distribuição global de petróleo. Esses fatores externos podem afetar diretamente a capacidade do Brasil de se consolidar como uma potência no setor.

Petrobras: rumo ao topo ou a um futuro incerto?

Apesar dos desafios, a Petrobras tem mostrado uma resiliência notável. Em 2023, a empresa distribuiu R$ 94,35 bilhões em dividendos, e no primeiro semestre de 2024, aprovou mais R$ 27 bilhões.

Esses números impressionantes refletem a robustez financeira da companhia, mesmo em um cenário global incerto. O banco Morgan Stanley reforçou essa visão ao destacar a capacidade da Petrobras de continuar gerando caixa e distribuindo dividendos, mesmo em condições adversas.

Mas o futuro da Petrobras e do mercado de petróleo no Brasil ainda depende de variáveis que vão além do controle da empresa. A questão ambiental, a interferência política e as oscilações do mercado global são apenas algumas das forças que moldarão o destino da companhia nos próximos anos.

A pergunta que fica é: será que o Brasil conseguirá superar todos esses desafios e consolidar a Petrobras como a segunda maior petroleira do mundo?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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