Você já parou para pensar como o mercado gamer deixou de ser visto como “coisa de adolescente” para se transformar em uma das maiores potências de entretenimento no Brasil? Enquanto muita gente ainda associa jogos a simples passatempo, os números mais recentes mostram uma realidade que surpreende até os analistas mais otimistas. Estamos falando de bilhões em faturamento, milhões de jogadores e uma indústria que cresce mais rápido do que cinema e música juntos.
Mercado gamer movimenta bilhões
O mercado gamer brasileiro faturou cerca de US$ 2,7 bilhões em 2021 e deve ultrapassar os US$ 2,8 bilhões até 2026, segundo estimativas da PwC. Isso coloca o país entre os 15 maiores do mundo em receita com jogos digitais. Para quem achava que jogar era apenas lazer, esses números revelam a força de uma indústria que já supera o cinema em alcance e relevância cultural.
Essa explosão não é por acaso: cada vez mais empresas investem em estúdios locais, influenciadores digitais e campeonatos que movimentam multidões.
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Mais de 80% dos brasileiros consomem jogos
De acordo com a Pesquisa Game Brasil (PGB 2025), 82,8% dos brasileiros consomem jogos digitais. É o maior índice já registrado no estudo. Entre eles, 88,8% dizem considerar os games uma das principais formas de entretenimento, e 80,1% enxergam os jogos como sua principal maneira de se divertir.
Ou seja, jogar não é só passatempo — virou hábito cultural de massa. Está no celular de quem pega ônibus, no console da sala de estar e até nas reuniões de amigos que se encontram para partidas competitivas.
O Brasil é o 5º maior mercado em jogadores
Quando olhamos para o número de jogadores, o Brasil ocupa a 5ª posição no ranking global, com cerca de 115 milhões de pessoas envolvidas em jogos digitais. É praticamente metade da população mergulhada nesse universo.
Esse alcance faz com que marcas, desenvolvedores e até o setor de educação olhem para o mercado com outros olhos. O game deixou de ser apenas diversão para também se tornar ferramenta de conexão, aprendizado e negócios.
Crescimento explosivo de estúdios e profissionais
O que sustenta esse mercado não é apenas consumo, mas também produção. O número de estúdios nacionais cresceu 683% nos últimos dez anos, saltando de 133 em 2014 para mais de 1.000 em 2024. Junto disso, a quantidade de profissionais na área subiu de 1.278 para mais de 13 mil em menos de uma década.
Isso mostra como o Brasil deixou de ser apenas consumidor para se tornar produtor de conteúdo global, com jogos independentes ganhando prêmios internacionais.
eSports viram potência econômica
Outro dado impressionante: o mercado de eSports deve movimentar R$ 1,3 bilhão no Brasil em 2025. Esse faturamento inclui patrocínios, direitos de transmissão, venda de ingressos e produtos licenciados.
O que antes era visto como “campeonato de videogame” agora enche estádios, atrai investimentos milionários e forma atletas que já são tratados como ídolos nacionais.
Projeções apontam crescimento ainda maior
Os especialistas afirmam que estamos apenas no começo. O crescimento contínuo da base de jogadores, aliado ao aumento da produção nacional e ao fortalecimento dos eSports, deve fazer o mercado gamer brasileiro dobrar de relevância em menos de uma década.
Com cada vez mais brasileiros adotando os games como principal forma de lazer, fica claro que a indústria não vai desacelerar. Pelo contrário: ela deve ocupar ainda mais espaço na economia e na cultura do país.
O que antes era visto como hobby hoje é profissão, investimento e, principalmente, um reflexo da forma como as novas gerações se conectam ao mundo.