Transição energética já está acontecendo e o gás natural foi abordado na Rio Oil & Gas como um dos principais combustíveis para ajudar nesse momento
A edição de 2022 da Rio Oil & Gas trouxe discussões importantes no tocante à transição energética. Nesse sentido, uma sessão de debate realizada no evento com o título “O papel do gás natural na transição energética no Brasil” levantou um debate importante. Afinal, esse combustível parece ter um papel chave nessa transição que se busca dentro do setor de óleo e gás.
O CEO da PSR, Luiz Augusto Barroso e o Presidente da EPE, compartilham da ideia de que o gás natural vai continuar exercendo um papel importante no setor elétrico. Atualmente, esse combustível já funciona como um complemento da eletrificação e a tendência é do aumento do seu uso nos próximos anos. Quer saber mais? Continue a leitura.
Biogás e biometano são variações do gás natural muito promissoras no setor de óleo e gás no Brasil
Segundo Gabriel Kropsch, vice-presidente da Abiogás, o Brasil tem um grande potencial para produção de biometano e biogás, variações importantes do gás natural. Nesse sentido, Gabriel ainda afirma que o Brasil pode produzir o equivalente a 120 milhões de metros cúbicos por ano. Esse tipo de combustível renovável e alternativo já foi apelidado de “pré-sal caipira”, por ser complementar ao petróleo,
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Grandes empresas como a Eneva, 3R Petroleum e PetroReconcavo são alguns dos principais nomes do setor de óleo e gás que produz esse tipo de combustível. Durante o evento Rio Oil & Gas essas empresas participaram de um painel com o título de “Produção de gás natural em terra: perspectivas e soluções criativas‟ e reiteraram a importância de se estabelecer uma regulamentação e tributação adequada.
Regulamentação e tributação devem ser feitas para organizar o comércio de gás natural no setor de óleo e gás
Camila Schoti, gerente geral de Comercialização de Energia, Gás Natural e Líquidos da Eneva, afirmou que a regulação e tributação sobre a atividade de empresas que trabalham com esse combustível não deve inviabilizar o comércio. Dessa forma, ressaltou a importância de estudos econômicos para dar mais visibilidade e destaque ao biogás e biometano.
Além disso, Camila defendeu que o produtor precisa ter uma segurança de retorno do seu investimento ao usar esses novos combustíveis renováveis a partir de gás natural. Sendo assim, uma regulação seria ideal para estimular o crescimento e competitividade desse combustível no setor de óleo e gás. Vale destacar que a Eneva assumiu nova parceria com a Vale a vai expandir o uso de energia desses consumidores industriais.
Matheus Dias, da 3R Petroleum, concorda com a necessidade de uma regulação maior do gás natural para maior competitividade no cenário. Ademais, João Vitor Silva Moreira, diretor de Regulação e Novos Negócios da PetroReconcavo, aponta também que tem um mercado em expansão constante que é o do Nordeste, com boas perspectivas de crescimento após novas regulações.
Investimento nesse gás é um dos principais desafios que o setor de óleo e gás pode enfrentar nos próximos anos
Houve também a discussão sobre as “Oportunidades e desafios do novo ambiente de negócios no setor de gás natural‟. Durante esse debate, diversos especialistas que trabalham com gás natural apontaram quais as expectativas para os próximos anos. Nesse sentido, ressaltaram que o maior desafio pode ser o investimento em tecnologia e infraestrutura para atender a demanda na transição energética.
Segundo Jose Carlos Broisler Oliver, diretor-executivo da Compass Gás e Energia, é necessário de diversificar as fontes de energia, e o gás natural é ótimo. Por sua vez, Victor Santos, diretor-executivo da Galp, o gás natural permite maior diversificação de matriz pois facilita a entrada e uso do hidrogênio verde no Brasil.
O CEO da Enauta, Décio Oddone, aponta que uma possível construção de gasodutos seria uma ótima forma de aproveitar o potencial do Brasil para uso do gás natural. Contudo, novamente, o investimento seria um dos principais desafios nacionais.