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Leilão eletrônico acontece de 18 a 23 de setembro de 2025. A pedra de esmeralda, peça rara da Serra da Carnaíba, em Pindobaçu, é avaliada em US$ 374 milhões, mais de R$ 2 bilhões.
A Bahia volta ao centro das atenções do mercado de gemas com a oferta de uma canga de esmeralda de 241 kg. A peça, extraída na Serra da Carnaíba, será leiloada em formato online com lance mínimo de R$ 105 milhões. A avaliação técnica aponta US$ 374 milhões, valor superior a R$ 2 bilhões na cotação atual, segundo a organização do certame e reportagens recentes.
De acordo com a Positivo Leilões, responsável pelo pregão, os lances serão recebidos pela internet entre 18 e 23 de setembro, em disputa única. A peça mede cerca de 90 por 40 centímetros e está depositada em casa de custódia em São Paulo, disponível para vistoria mediante agendamento para interessados habilitados.
A região de Pindobaçu é referência histórica na produção brasileira de esmeraldas, fator que reforça o apelo de coleção e investimento desse exemplar de grande porte. A CNN descreveu o lote como uma das maiores e mais valiosas esmeraldas já registradas no país.
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Leilão digital de canga de esmeralda de 241 kg tem lance inicial de R$ 105 milhões
O edital estabelece que o leilão será extrajudicial, conduzido pelo leiloeiro oficial Erick Soares Teles, JUCESP 1.197, com recepção de lances exclusivamente online. O documento fixa lance mínimo de R$ 105 milhões e confirma o período de 18 a 23 de setembro, a partir das 15h. Para ofertar, é obrigatório cadastro e habilitação prévios no site.
As condições de pagamento preveem sinal de 5 por cento em até 48 horas após a confirmação da arrematação, com saldo em até 5 dias úteis. A comissão do leiloeiro é de 5 por cento sobre o valor da venda. O arremate é à vista e o transporte, bem como tributos e taxas, ficam a cargo do comprador.
O edital também prevê prorrogação automática do encerramento caso haja lance nos três minutos finais, prática comum para assegurar competição equilibrada entre participantes. A organização recomenda leitura minuciosa de todos os documentos e autoriza vistoria técnica da peça por profissionais de confiança do interessado.
A peça é apresentada oficialmente como “CANGA DE ESMERALDA”, com composição descrita e especificações físicas listadas para consulta. Entre elas, sistema cristalino hexagonal, dureza 7,5 a 8 Mohs e pleocroísmo verde-azulado a verde-amarelado, além da informação de que a matriz é de xisto escuro com flogopita.
Serra da Carnaíba, Pindobaçu: a origem da esmeralda baiana
A Serra da Carnaíba, no município de Pindobaçu, nordeste da Bahia, abriga um dos polos esmeraldíferos mais conhecidos do Brasil. A procedência é citada de forma expressa tanto na cobertura jornalística quanto na documentação oficial do leilão, reforçando a rastreabilidade do lote.
O interesse internacional por esmeraldas brasileiras se apoia na geologia singular da região, onde a mineralização ocorre em bandas de filogopita associadas a reações metassomáticas, cenário propício à formação de cristais hexagonais de bom tamanho e contraste. Essa característica ajuda a explicar o magnetismo da peça junto ao público especializado.
Para o investidor, a proveniência Carnaíba soma valor histórico e educativo. Em acervos museológicos, a narrativa de origem costuma pesar tanto quanto métricas objetivas, como peso, dimensões e proporção de esmeralda na matriz. No caso em pauta, a descrição técnica dá respaldo a essa leitura.
Laudo gemológico e avaliação de US$ 374 milhões
O laudo gemológico foi assinado por Norman Michael Rodi, gemólogo graduado pelo GIA, com data de 20 de março de 2025 e assinatura renovada em 14 de maio de 2025. O relatório confirma peso de 241 kg, dimensões de 90 por 40 centímetros e origem em Carnaíba, Bahia. A avaliação técnica indica US$ 374 milhões como valor de referência.
O documento descreve cristais hexagonais preservados, alto contraste entre tons de verde-esmeralda e a matriz escura, além de transparência variável com pontos de pureza adequados para exibição. Há ainda a estimativa de 45 a 50 por cento da massa composta por esmeralda na camada de xisto, além de propriedades físicas detalhadas.
É importante destacar que avaliação não equivale a preço final. Em leilões, o valor de fechamento depende da competição entre licitantes, do apetite de risco e da percepção de exemplaridade do item. Por isso, o laudo funciona como baliza técnica para decisões informadas, e não como garantia de resultado.
Para mitigar assimetrias de informação, o edital sugere que interessados busquem análise independente com gemólogos de confiança e se atentem às condições integrais de venda. Trata-se de um ativo único, de alto valor, que exige diligência completa antes da oferta.
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