Descubra quais são os tipos de óleo de motor, entenda a importância da viscosidade e como escolher o lubrificante certo para seu veículo.
A escolha do óleo de motor adequado é essencial para garantir a durabilidade e o bom funcionamento do carro ou da moto.
Proprietários de veículos novos geralmente têm essa preocupação resolvida nas revisões programadas pelas montadoras.
Já quem possui veículos usados precisa estar ainda mais atento, pois a troca incorreta do lubrificante pode provocar falhas, desgaste prematuro e até a quebra de componentes.
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Mas afinal, quais são os tipos de óleo, como entender a viscosidade e por que isso é tão importante para o motor?
Tipos de óleo de motor: mineral, semissintético e sintético
Antes de decidir qual lubrificante usar, é preciso conhecer as três opções disponíveis no mercado:
Óleo mineral: mais barato e indicado para carros antigos, como o Volkswagen Fusca, na formulação 20W50. Tem menor durabilidade e tecnologia;
Óleo semissintético: também chamado de composto, é uma alternativa intermediária, combinando preço acessível e aditivos que melhoram o desempenho. Modelos clássicos como o Ford Escort 1.8 utilizam a viscosidade 15W40;
Óleo sintético: o mais avançado e presente em todos os veículos modernos. Reduz atrito, melhora a eficiência no consumo de combustível e protege contra corrosão e superaquecimento.
Segundo o consultor técnico automotivo Bruno Santos, da Mobil, “óleos lubrificantes não devem ser misturados, pois poderão perder suas características especialmente desenvolvidas para um determinado motor”.
O papel da viscosidade no desempenho do motor
Outro fator crucial é a viscosidade do óleo de motor, que indica a resistência do fluido ao escoamento. Em termos simples, ela determina se o óleo é mais “fino” ou “grosso”.
Essa informação aparece sempre na embalagem em números como 0W30, 10W40 ou 20W50. O “W” significa inverno (“winter”, em inglês) e aponta o comportamento do óleo em temperaturas baixas.
De acordo com Bruno Santos, a viscosidade correta é definida pelo fabricante durante o desenvolvimento do motor.
Se o óleo for mais grosso do que o indicado, exigirá mais esforço do propulsor. Se for mais fino, pode comprometer a lubrificação das peças.
Quando trocar o óleo de motor?
A periodicidade da troca varia conforme o manual de cada veículo. No caso do Volkswagen Gol Last Edition, a recomendação é a cada 10 mil km ou 12 meses, prevalecendo o que ocorrer primeiro.
Entretanto, em condições adversas — como uso frequente em trânsito pesado, percursos curtos diários, estradas de terra ou exposição constante a poeira — a troca deve ser antecipada.
Alexandre Dias, proprietário do Grupo Guia Norte Auto Center, reforça: “A principal orientação é se atentar ao momento da troca que é indicado pela fabricante. Existem casos de 5 mil km, 10 mil km, 15 mil km e por aí vai”.
Óleo para motos: exigências diferentes
No caso das motocicletas, os prazos de substituição são menores. A Honda CG 160, por exemplo, pede troca a cada 6 mil km ou 12 meses. Já a scooter Elite 125 exige manutenção a cada 4 mil km.
Portanto, consultar sempre o manual do proprietário é a melhor forma de evitar falhas e garantir a vida útil do motor.
Posso misturar ou completar o óleo?
A resposta é não, exceto em emergências. Misturar tipos de óleo ou marcas diferentes pode gerar incompatibilidade química, perda de eficiência e até formação de borra no motor.
Tenório Jr., proprietário da JR Automotiva, alerta: “Não se deve misturar essas especificações nem as marcas, porque haverá incompatibilidade química que irá acarretar em perda da eficiência e até formação de borra”.
Lubrificante mais caro é sempre melhor?
Um erro comum entre motoristas é acreditar que um óleo mais caro significa mais qualidade. No entanto, os especialistas afirmam que o que realmente importa são as especificações exigidas pela montadora.
“Às vezes, ele só tem preço mais elevado por ter mais tecnologia, mas nem sempre é aquilo que o motor pede”, explica Alexandre Dias.
Portanto, seguir as normas do manual é mais importante do que pagar a mais por um lubrificante inadequado.
Riscos de usar o óleo errado no veículo
Utilizar um óleo inadequado pode gerar sérios problemas. Entre eles estão desgaste excessivo, superaquecimento, corrosão e até a quebra da correia dentada em motores modernos que utilizam correias banhadas a óleo.
“Existem diversos riscos que o uso de um óleo errado pode causar ao motor, como formação de borras e depósitos, desgaste excessivo de peças, além do superaquecimento, podendo até fundir o motor”, afirma Bruno Santos, da Mobil.



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