A redução da oferta e a proximidade do fim da safra de inverno provocaram aumentos expressivos no preço do tomate, que ultrapassou R$ 76 a caixa em algumas regiões e dobrou de valor em Minas Gerais
O tomate ficou bem mais caro no início de outubro nos principais mercados do país. Levantamento do Hortifrúti/Cepea, ligado à Esalq/USP, mostra que os preços médios no atacado aumentaram quase 28% em São Paulo e 52% em Minas Gerais na primeira semana do mês, impulsionados pela desaceleração da colheita e pelo fim da safra de inverno.
Alta generalizada nas principais praças
Em São Paulo, a valorização chegou a 27,9% em relação ao mês anterior, com a caixa do tomate sendo vendida a R$ 72. No Rio de Janeiro e em Belo Horizonte (MG), as cotações foram ainda mais altas: R$ 75 e R$ 76 por caixa, alta de 15,3% e 52%, respectivamente.
A praça de Sumaré (SP) iniciou a colheita da segunda parte da safra de inverno, mas com volume pequeno destinado ao mercado atacadista. A menor oferta também ocorre em regiões fluminenses, como Itaocara e São José de Ubá, que devem entregar os últimos lotes até o fim do mês.
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Oferta reduzida e expectativa para o restante de outubro
Em Minas Gerais, as regiões produtoras de Pará de Minas, Araguari e Pimenta também reduziram o volume disponível para os atacados, contribuindo para a disparada dos preços.
Os pesquisadores do Hortifrúti/Cepea explicam que o cenário atual é resultado direto da desaceleração da colheita e da proximidade do encerramento da safra de inverno. A expectativa, no entanto, é que ao longo de outubro a oferta aumente com a entrada da segunda parte da safra, o que pode aliviar parte da pressão sobre os preços nos mercados.