1. Início
  2. / Economia
  3. / Escassez de mão de obra já afeta 1 em cada 3 oficinas mecânicas no Brasil, aponta estudo
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 0 comentários

Escassez de mão de obra já afeta 1 em cada 3 oficinas mecânicas no Brasil, aponta estudo

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 25/08/2025 às 22:22
A escassez de mão de obra desafia oficinas mecânicas e muda perfil do setor, aponta pesquisa. Veja os principais desafios, mudanças no setor e a crescente presença feminina.
A escassez de mão de obra desafia oficinas mecânicas e muda perfil do setor, aponta pesquisa. Veja os principais desafios, mudanças no setor e a crescente presença feminina.
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

A escassez de mão de obra desafia oficinas mecânicas e muda perfil do setor, aponta pesquisa. Veja os principais desafios, mudanças no setor e a crescente presença feminina.

A escassez de mão de obra qualificada se tornou o maior desafio das oficinas mecânicas no Brasil, segundo levantamento da Oficina Brasil.

O estudo, realizado em diferentes regiões do país, revelou que um em cada três estabelecimentos sofre com a falta de profissionais especializados, número quase quatro vezes superior ao segundo maior problema do setor.

Essa carência impacta diretamente a rotina das oficinas, que hoje atendem em média 123 veículos por mês, um aumento de 52,5% em comparação a 2020.

O cenário explica por que o tema preocupa empresários e profissionais: sem técnicos suficientes, a sobrecarga é inevitável e pode comprometer a qualidade do serviço.

Escassez de mão de obra: Principais demandas do setor automotivo

De acordo com a pesquisa, a escassez de mão de obra qualificada (33%) lidera com folga a lista de desafios enfrentados.

Na sequência, aparecem pontos como: atender à expectativa do cliente (8,3%), atrasos na entrega de peças (7,4%) e dificuldade em atrair novos clientes (7,1%).

Outros problemas recorrentes também foram citados, como falta de peças (6%), preço elevado (5,4%) e até mesmo a qualidade dos insumos (4%).

Esses dados mostram que, embora a falta de profissionais seja a maior preocupação, o setor ainda convive com diferentes obstáculos na gestão diária.

Como oficinas mecânicas lidam com as mudanças no consumo

O levantamento também apontou transformações no processo de compra de peças.

Hoje, 72,3% das aquisições são feitas por canais digitais, como WhatsApp ou telefone, enquanto apenas 7% acontecem diretamente no balcão.

Outro dado curioso é que os próprios reparadores passaram a realizar a compra em 56,8% dos casos, reduzindo a dependência do proprietário da oficina.

Além disso, o setor movimenta mensalmente cerca de R$ 67,6 mil em peças, com um tíquete médio de R$ 550 por serviço. Isso evidencia o peso financeiro que o segmento representa no mercado automotivo.

Crescimento da participação feminina nas oficinas

Outro destaque da pesquisa é o aumento expressivo da presença feminina nas oficinas mecânicas.

Desde 2019, houve um crescimento de 230% no número de mulheres reparadoras, o que hoje representa 16,5% do setor.

Entre as profissionais mais jovens, os números chamam ainda mais a atenção: 43% das mulheres têm até 24 anos e 37% até 29 anos.

Além disso, 68% delas já ocupam cargos de gestão, evidenciando que a mudança não é apenas quantitativa, mas também qualitativa.

Futuro das oficinas mecânicas diante da escassez de mão de obra

Os dados da pesquisa deixam claro que a escassez de mão de obra continuará sendo um desafio central para oficinas mecânicas nos próximos anos.

No entanto, o crescimento da digitalização, somado à maior diversidade no setor, pode abrir novas oportunidades para empresas que souberem se adaptar.

Enquanto isso, a pressão por qualificação profissional segue como pauta urgente, já que o setor vive um momento de alta demanda e de transformação no perfil de seus trabalhadores.

Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x