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Escassez de mão de obra chega a setor que sofre para encontrar profissionais mesmo pagando quase R$ 100 mil por mês

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 17/06/2025 às 15:25
Salários de até R$ 96 mil não resolvem escassez de mão de obra em finanças e tecnologia; desafios vão além do dinheiro.
Salários de até R$ 96 mil não resolvem escassez de mão de obra em finanças e tecnologia; desafios vão além do dinheiro.
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Mesmo com salários que ultrapassam R$ 90 mil, vagas estratégicas seguem abertas, revelando desafios complexos que vão além da remuneração e indicam um cenário preocupante para setores essenciais da economia brasileira.

Empresas brasileiras, sobretudo no setor financeiro, enfrentam hoje uma escassez de mão de obra notável — mesmo ofertando salários que alcançam R$ 96 mil mensais para posições executivas, várias vagas permanecem em aberto.

Segundo levantamento da Robert Half, cargos de alta gestão no segmento financeiro oferecem remuneração de até R$ 96 mil, mas a dificuldade de preenchimento não cede.

Salário alto não basta: estabilidade e pacote total atraem profissionais

Passar para outra empresa, mesmo com um salário robusto, exige mais do que dinheiro no bolso.

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Diversos candidatos priorizam estabilidade, cultura organizacional e plano de carreira.

Benefícios como bônus, participação nos lucros, planos de saúde premium e auxílio educação criam vínculo e reduzem o apelo de propostas generosas.

Habilidades técnicas e visão estratégica em alta demanda

As demandas do mercado vão além da experiência técnica: há busca por executivos com visão estratégica, capacidade de gestão de projetos complexos, comunicação clara e domínio analítico.

Funções como CFO, controller e analista sênior de risco exigem esse mix de competências, restringindo ainda mais o grupo de profissionais aptos.

Falta de soft skills dificulta contratação de talentos

A falta de profissionais com habilidades comportamentais, como inteligência emocional, resiliência, liderança e pensamento crítico, é recorrente.

Em meio à volatilidade dos negócios, essas competências são cada vez mais valorizadas, mas escassas.

Setores mais afetados pela escassez de profissionais qualificados

Embora o setor financeiro concentre as remunerações mais altas, a escassez de mão de obra também se estende ao setor de tecnologia, com déficit crescente de programadores e especialistas em TI projetado para 2025.

Mas não para por aí: logística, energia, infraestrutura e serviços tradicionais também enfrentam dificuldades para encontrar candidatos experientes nas ferramentas e exigências do setor.

Por que profissionais relutam em mudar de emprego mesmo com salários altos?

  1. Incerteza econômica: em tempos de instabilidade macroeconômica, há medo de perda de renda variável, cultura inadequada ou planos de carreira frustrados ao mudar de empresa.
  2. Contrapropostas agressivas: grandes companhias costumam reagir rapidamente ao intento de saída de um colaborador com aumento e benefícios extras — estratégia eficaz para evitar a rotatividade.

Estratégias para enfrentar a escassez de talentos no mercado

  • Upskilling e reskilling internos: programas de aprendizagem que requalificam profissionais para funções mais elevadas têm se tornado essenciais, reduzindo a dependência de contratações externas.
  • Flexibilidade no trabalho: regimes híbridos e remotos, horários flexíveis e iniciativas focadas no equilíbrio entre vida pessoal e profissional são atrativos cruciais.
  • Recrutamento por potencial: derrubar exigências rígidas de experiência e diploma para privilegiar candidatos com capacidade de aprendizado e alinhamento cultural amplia significativamente o leque de opções.
  • Benefícios diferenciados: consórcios, auxílio reforma, apoio psicológico, bolsas de estudo e subsídios para filhos são diferenciais que pesam na escolha profissional.

Mercado de trabalho em transformação e desafios atuais

A falta de profissionais específicos para atender ao perfil exigido pelas empresas retrata um desequilíbrio entre oferta e demanda; não se trata de desemprego, mas de carência de candidatos suficientemente qualificados.

Além disso, habilidades emocionais e de liderança são cada vez mais criteriosas nas contratações.

A conclusão é clara: remuneração elevada não basta para superar a escassez de mão de obra.

O real diferencial está num pacote atraente, desenvolvimento profissional, cultura forte, flexibilidade e recrutamento inteligente.

Empresas que combinarem esses elementos sairão na frente na disputa por talentos — especialmente nas áreas mais afetadas como finanças, TI e logística.

E você, no seu setor, o que acha que pesa mais na hora de mudar de emprego: salário alto ou pacote completo de benefícios e desenvolvimento?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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