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Escadaria no penhasco em Sichuan assusta na descida, ângulo de noventa graus, abismo nos lados, vertigem aparece, controlar centro de gravidade fica difícil

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 04/11/2025 às 20:09
Escadaria no penhasco em Sichuan desafia na descida com noventa graus, abismo e vertigem; controlar o centro de gravidade torna a travessia mais segura e consciente.
Escadaria no penhasco em Sichuan desafia na descida com noventa graus, abismo e vertigem; controlar o centro de gravidade torna a travessia mais segura e consciente.
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Com ângulo quase vertical, abismo à esquerda e à direita, terreno desolado e trechos em linha reta sobre o vazio, a escadaria no penhasco impõe um teste de controle corporal e mental que muitos descrevem como muito mais difícil na volta do que na ida.

Na montanha Daliang, a escadaria no penhasco altera a lógica da trilha: subir exige fôlego e constância, mas descer aproxima o corpo do vazio, desloca o peso para frente e torna a leitura do degrau uma decisão por centésimos de segundo. O trecho que “parece simplesmente um reto” se revela quase a prumo, com sensação real de noventa graus e abismo em ambos os lados.

A narrativa de quem desce confirma o padrão: a vertigem aparece exatamente quando o olhar cai no cânion e o cérebro perde referências de profundidade. As pernas tremem, o centro de gravidade oscila, a mochila vira obstáculo e o impulso natural é agarrar degraus com mãos e pés para recuperar estabilidade. O relógio psicológico se alonga, e meia hora passa a parecer uma eternidade.

Por que a descida pesa mais do que a subida

Escadaria no penhasco em Sichuan assusta na descida, ângulo de noventa graus, abismo nos lados, vertigem aparece, controlar centro de gravidade fica difícil

Na subida, o corpo projeta força contra o degrau e o olhar busca a rocha à frente.

Na descida, o olhar cai no vazio, a sola precisa “sentir” o apoio sem vê-lo por inteiro e qualquer hesitação desloca o peso para a borda errada.

O resultado é maior gasto de energia mental por passo, mesmo quando a distância total é a mesma.

Há ainda o fator fadiga acumulada. Metade do dia já foi na ascensão, e o retorno começa com músculos parcialmente exauridos.

Juntas e quadris passam a absorver impacto a cada transferência de peso, o que explica a sensação de pernas “amolecidas” nos trechos em prumo.

Centro de gravidade e controle do corpo

O ponto crítico é onde o centro de gravidade cai em relação ao pé de apoio. Se avança demais, o corpo “puxa” para frente; se recua, falta alcance para o próximo degrau.

Em rocha fria e lisa, microrresvalos multiplicam a instabilidade, obrigando a reduzir o comprimento do passo e a apoiar com a planta inteira.

A gestão desse eixo é dinâmica: joelhos semifletidos, tronco ligeiramente inclinado e passos curtos reduzem alavancas e mantêm o corpo “dentro” da escada.

Em ângulos que parecem noventa graus, três pontos de contato viram regra, não conselho.

Exposição contínua e vertigem

A exposição lateral, com cânion profundo e bordas sem proteção visível, produz um “vazio periférico” que distorce a percepção de inclinação.

O relato de “ver deslumbrante” traduz o choque sensorial quando o horizonte some e o cérebro perde linha de horizonte para calibrar o equilíbrio.

Essa condição amplifica a resposta autonômica: tremor fino, respiração entrecortada e hiperfoco no próximo apoio.

Fixar o olhar no degrau seguinte e evitar mirar o abismo por longos segundos ajuda a reordenar o equilíbrio.

Terreno desolado e superfície dos degraus

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A montanha ao redor não tem cobertura densa de árvores ou grama, o que expõe rocha, poeira e pequenas lascas.

Em escadas cravadas na pedra, grãos soltos e umidade criam superfície de atrito variável, pior justamente na borda externa do degrau.

Sem trechos planos, não há “respiros naturais”. Isso exige pausas curtas e planejadas em apoios mais seguros, para que a frequência cardíaca caia e o controle fino de tornozelos e joelhos volte ao padrão.

Equipamento, roupa e mãos livres

Roupa volumosa atrapalha a flexão do quadril e enrosca em corrimãos ou saliências.

O relato de quem retirou camadas para descer com mãos e pés livres ilustra a prioridade: liberar amplitude de movimento e garantias de atrito na palma e na sola.

Mochilas puxam o eixo para trás em lances íngremes.

Ajustar as alças, travar a fita peitoral e eliminar balanço reduz o efeito pêndulo. Luvas finas com boa pegada preservam pele e aumentam segurança no apoio de mão.

Ritmo, pausas e economia de energia

A estratégia é ritmo curto e constante, com microparadas de poucos segundos em apoios confiáveis. Paradas longas no meio do lance agravam a vertigem e esfriam a musculatura, dificultando a retomada.

Respiração cadenciada estabiliza o tronco e sustenta a atenção.

Ao menor sinal de fadiga fina no quadríceps, reduzir o comprimento do passo e reativar o padrão de três pontos de contato preserva energia e margens de segurança.

Leitura do traçado e escolha de linha

Mesmo quando a escadaria parece “reta”, cada degrau tem variação de altura e largura.

A leitura começa de cima: localizar degraus com melhor textura e usar a borda interna, mais protegida do vazio, reduz exposição e abre margem se algo der errado.

Nos trechos que “tremem mais que antes”, a causa é combinação de inclinação e vento canalizado.

Apoios diagonais com o pé voltado ligeiramente para a borda interna aumentam o atrito e controlam a rotação do quadril.

Quando o terreno volta a ficar plano

Ao emergir em faixa mais reta, a sensação é de alívio imediato, mas cuidado com o “relaxamento precoce”.

É comum tirar o celular para registrar o vale e perder atenção nos últimos degraus, quando a fadiga fina e a euforia se somam.

A visão da vila ao fundo sinaliza proximidade, não chegada. Manter o protocolo até o último lance evita tropeços em degraus menores e piso quebrado, frequente nas transições.

A descida na montanha Daliang sintetiza o dilema de toda escadaria no penhasco: exposição constante, biomecânica precisa e mente sob ruído do vazio.

Vence quem respeita o ritmo curto, protege o centro de gravidade e usa três pontos de contato sem vaidade. O trajeto “reto” é, na prática, um laboratório de decisão por passo.

Você encararia a escadaria no penhasco com esse ângulo quase vertical ou deixaria a descida para quem treina equilíbrio e controle de centro de gravidade com frequência?

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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