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ES tem capacidade máxima de produção de energia eólica suficiente para sustentar parte do consumo nacional, aponta estudo

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 29/08/2022 às 12:01
Atualizado em 30/08/2022 às 01:08
ES tem capacidade máxima de produção de energia eólica suficiente para sustentar consumo nacional, aponta estudo
Foto: Torres eólicas no ES/ Reprodução – A tribuna

De acordo com novos estudos, o ES poderá ser um grande polo na produção de energia eólica em terra e em alto-mar. O estado consegue gerar até 160 mil GW por ano, gerando novos empregos e renda aos moradores da região.

Diversas cidades do Espírito Santo possuem potencial para aproveitar a energia eólica e gerar riqueza. O novo Atlas Eólico Onshore e Offshore, divulgado na última sexta-feira (26), demonstra que municípios do ES podem aproveitar a produção de energia eólica para gerar mais dinheiro e novos empregos por meio desta fonte. O documento é uma revisão de um estudo apresentado em 2009. Na época, o potencial de geração identificado no ES era de 4,7 GW por ano, de acordo com o colunista Abdo Filho. 

Geração de energia renovável no ES pode chegar a 160 mil GW

No novo estudo, lançado na última sexta-feira (26) na sede da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), em Vitória, o potencial em produção de energia eólica do estado supera os 160 mil GW por ano, somando a geração offshore de 142 GW e em terra de 18 GW.

Para se ter uma ideia, o consumo de energia eólica no Brasil no último ano foi de 500 mil GW, ou seja, a capacidade de geração do ES equivale a um terço do consumo brasileiro anual. Todo esse potencial em produção de energia eólica offshore se concentra, principalmente, no litoral Sul do estado, na região que vai de Vila Velha a Presidente Kennedy, passando por Guarapari, Piúma, Anchieta, Itapemirim e Marataízes.

Nesses locais, os ventos podem ultrapassar os 11 m/s. No Litoral Norte, de Aracruz a São Mateus, incluindo Vitória, Fundão, Serra e na Grande Vitória, o potencial de energia eólica no mar também existe. A força dos ventos, entretanto, é um pouco inferior, indo de 8 a 10,4 m/s.

Atualmente existem, no litoral do ES, quatro projetos com solicitação de licença ambiental junto ao IBAMA aguardando uma definição. São eles: Votu Winds, Quesnelia, Vitória Offshore e Projeto Ubu.

Municípios do ES com potencial de produção de energia eólica

Quando se trata do vento onshore, uma parte das regiões Serrana e do Caparaó também mostram potencial para explorar a energia eólica.

O Atlas destaca a força dos ventos em Marechal Floriano, Venda Nova do Imigrante e em parte de Conceição do Castelo, Ibatiba, Ibitirama, Iúna, Brejetuba, Domingos Martins, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa e Afonso Cláudio. Essa capacidade de produção de energia eólica também pode ser vista em Cariacica e Viana, na Grande Vitória.

Nas regiões Norte e Noroeste do ES, também há cidades com bom potencial eólico, são os casos de Mantenópolis, Alto Rio Novo e Governador Lindenberg, além de parte de Ibiraçu, João Neiva, Pancas, Rio Bananal, Ecoporanga e Pedro Canário. Já os locais com ventos mais fracos são Cachoeiro de Itapemirim, Mimoso do Sul, Colatina, Barra de São Francisco e Baixo Guandu.

Geração de empregos com energia eólica

O Atlas Eólico serve como fonte de informações técnicas e estratégicas para atrair investidores na produção de energia eólica. Além da importância de ser uma fonte de energia limpa e renovável, a Abeeólica estima que, para cada MW de energia instalado, 15 empregos diretos e indiretos sejam desenvolvidos. Com base nisso, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) estima que, até 2026, a cadeia eólica consiga gerar cerca de 200 mil novos empregos diretos e indiretos no país.

Segundo a gestora de programas da Delegação da União Europeia no Brasil, Stephanie Horel, este é o primeiro passo para que seja possível analisar quais as potencialidades do ES.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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