Receita Federal reforça cruzamento de dados e amplia fiscalização contra omissão de rendimentos e falhas médicas na declaração
Declarar o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) em 2025 exige ainda mais atenção. Isso acontece porque a Receita Federal atualizou os mecanismos de cruzamento de dados e ampliou a fiscalização sobre as informações fornecidas pelos contribuintes. Com mudanças recentes na legislação tributária e regras mais rígidas, os erros ficam mais visíveis e geram penalidades severas para quem descumpre as normas.
Omissão de rendimentos domina as falhas mais comuns
A Receita Federal divulgou em fevereiro de 2025 um balanço oficial que mostra: mais de 90% dos erros registrados em 2024 ocorreram por omissão de rendimentos. Dessa forma, muitos contribuintes deixaram de informar valores de aluguéis, pensões ou rendimentos de dependentes. O problema surge tanto por descuido quanto por desconhecimento da obrigatoriedade.
Especialistas em direito tributário afirmam que essa falha se tornou o principal motivo que leva o contribuinte à malha fina. Esse processo exige comprovação detalhada e pode gerar multas de até 75% sobre o valor devido.
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Despesas médicas exigem comprovantes para dedução
Outro ponto crítico aparece nas despesas médicas. Para que esses gastos contem como dedução, o contribuinte precisa apresentar documentos comprobatórios que mostrem o pagamento e a prestação do serviço. Sem recibos ou notas fiscais, a Receita ignora os valores, classifica-os como inconsistentes e aplica sanções.
Normativos publicados no Diário Oficial da União em janeiro de 2025 reforçam essa exigência com o objetivo de coibir fraudes e aumentar a transparência nas deduções médicas.
Como a Receita Federal identifica inconsistências
Desde 2019, a Receita utiliza um sistema de inteligência artificial que cruza dados declarados com registros de bancos, planos de saúde, imobiliárias e instituições financeiras. Em março de 2025, o sistema recebeu uma atualização e passou a identificar inconsistências em segundos.
Assim, quando os dados declarados não coincidem com os registros oficiais, o sistema gera um alerta imediato. Nesse caso, o contribuinte precisa prestar esclarecimentos e, em situações graves, enfrenta multas pesadas.
Medidas para evitar erros na declaração
Diante desse cenário, especialistas recomendam estratégias simples e eficazes para reduzir riscos:
- Revisar todas as fontes de renda antes de enviar a declaração.
- Incluir rendimentos de dependentes, que muitos esquecem.
- Organizar recibos e notas fiscais de despesas médicas ao longo do ano.
- Utilizar o programa oficial atualizado da Receita Federal, liberado em março de 2025.
- Acompanhar a legislação tributária, publicada no Diário Oficial da União.
Com essas medidas, o contribuinte aumenta a segurança da declaração e evita cair na malha fina.
Objetivo da Receita com as novas regras
Em coletiva realizada em abril de 2025, o secretário especial da Receita Federal destacou que a meta do órgão é reduzir em 20% o número de contribuintes autuados até 2026. Ele afirmou que a intenção não é apenas arrecadatória, mas também educativa, buscando conscientizar a população sobre a importância de manter a declaração fiel à realidade.
Contudo, especialistas lembram que, apesar da transparência, a rigidez do sistema de cruzamento de dados traz um desafio extra para os contribuintes, principalmente aqueles que não organizam suas informações financeiras durante o ano.
O futuro da declaração de imposto de renda
Com a digitalização crescente e a aplicação de algoritmos avançados de análise, os próximos anos devem trazer ainda mais rigor. A Receita Federal deve ampliar a integração de dados com instituições públicas e privadas, o que praticamente impossibilita a omissão de rendimentos ou a inclusão de despesas sem comprovação.
Por isso, os brasileiros precisam adotar práticas de organização e transparência para se manter em conformidade com a lei. Afinal, falhas simples, como omitir rendimentos ou deixar de apresentar recibos médicos, podem gerar não apenas multas, mas também processos longos e desgastantes
E você, acredita que os contribuintes brasileiros estão preparados para lidar com o aumento da fiscalização em 2025, ou a Receita deveria investir mais em orientação e educação tributária?