1. Início
  2. / Petróleo e Gás
  3. / Equador retoma transporte de petróleo após paralisação de oleoduto causada por fortes chuvas
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 0 comentários

Equador retoma transporte de petróleo após paralisação de oleoduto causada por fortes chuvas

Publicado em 08/07/2025 às 19:30
Após paralisação por chuvas intensas, o Equador retoma operação do oleoduto OCP, responsável por 40% do transporte de petróleo bruto no país.
Após paralisação por chuvas intensas, o Equador retoma operação do oleoduto OCP, responsável por 40% do transporte de petróleo bruto no país. Fonte: Cristian Cray
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

Após paralisação por chuvas intensas, o Equador retoma operação do oleoduto OCP, responsável por 40% do transporte de petróleo bruto no país.

O Equador voltou a operar, na segunda-feira (7), o Oleoduto de Petróleo Bruto Pesado (OCP), um dos principais canais de escoamento de petróleo do país, após uma semana de paralisação causada pelo risco de deslizamentos devido às fortes chuvas na região amazônica.

A retomada foi confirmada pela empresa OCP Ecuador, responsável pelo oleoduto, que realizou testes técnicos antes de liberar a operação.

A suspensão havia forçado o país a interromper temporariamente suas exportações de petróleo, principal produto da balança comercial equatoriana. O oleoduto, que cruza a província de Napo, no leste do país, voltou a operar às 08h26 no horário local (10h26 em Brasília).

Oleoduto OCP transporta 40% da produção de petróleo no Equador

Com capacidade para transportar 450 mil barris por dia, o OCP responde por cerca de 40% da produção nacional de petróleo.

A empresa garantiu que continua monitorando a área para assegurar uma operação segura e evitar novos riscos de paralisação.

Apesar da retomada parcial, o Sistema de Oleoduto Trans-Equatoriano (SOTE), principal via estatal de transporte de petróleo com capacidade de 360 mil barris por dia, permanece suspenso.

As operações do SOTE também foram afetadas pelas fortes chuvas que causaram danos estruturais.

Produção e exportação de petróleo impactadas pela crise climática

Durante a paralisação, o Equador reduziu em cerca de 250 mil barris diários sua produção de petróleo bruto.

Para evitar desabastecimento interno, as autoridades garantiram que o fornecimento de combustíveis à população está preservado.

Segundo dados de 2024, o país extrai em média 475 mil barris por dia, dos quais 73% são exportados, o que mostra a dependência do setor petrolífero para a economia equatoriana.

Chuvas intensas deixam vítimas e comprometem infraestrutura

A crise no setor petrolífero ocorre em meio a uma situação climática grave. Desde o início do ano, chuvas torrenciais no Equador já deixaram 52 mortos, afetaram cerca de 61 mil pessoas e destruíram mais de mil residências, conforme balanço da Secretaria de Riscos.

A situação acende um alerta sobre os impactos cada vez mais frequentes dos eventos climáticos extremos na infraestrutura estratégica do país, como os oleodutos que cruzam a floresta amazônica.

Monitoramento e cautela na retomada das operações

Embora o oleoduto OCP tenha retomado as atividades, a empresa informou que manterá vigilância constante na área de risco.

O objetivo é prevenir novos episódios que possam comprometer novamente o transporte de petróleo e a segurança das operações.

A expectativa é de que o sistema SOTE também volte a operar nos próximos dias, mas ainda não há uma previsão oficial.

Enquanto isso, o Equador segue lidando com os efeitos diretos do clima extremo sobre sua infraestrutura energética.

Fonte

Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Andriely Medeiros de Araújo

Ensino superior em andamento. Escreve sobre Petróleo, Gás, Energia e temas relacionados para o CPG — Click Petróleo e Gás.

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x