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Eni junta-se à Exxon, Total, Shell e Conoco na expansão Mega-LNG do Qatar, projeto de US$ 30 bilhões para maior projeto de gás natural liquefeito (GNL) do mundo: o que muda agora?

Escrito por Daiane Souza
Publicado em 09/06/2022 às 07:45
Eni junta-se à Exxon, Total, Shell e Conoco na expansão Mega-LNG do Qatar, projeto de US$ 300 bilhões para maior projeto de gás natural liquefeito (GNL) do mundo: o que muda agora? - Canva
Eni junta-se à Exxon, Total, Shell e Conoco na expansão Mega-LNG do Qatar, projeto de US$ 300 bilhões para maior projeto de gás natural liquefeito (GNL) do mundo: o que muda agora? – Canva

A Eni, empresa petrolífera italiana, foi escolhida para fazer parte do grupo formado por  Exxon, Total, Shell e Conoco  para expansão de projeto de gás natural no Qatar. O uso do GNL pode automatizar a indústria automobilística, ao mesmo tempo em que reduz de forma exponencial a emissão de dióxido de carbono no meio ambiente. 

O projeto que expandirá o uso de gás natural liquefeito (GNL) em mais de US$ 30 bilhões, o equivalente, em conversão direta, a mais de R$ 150 bilhões, foi criado pelas empresas  Exxon, Total, Shell e Conoco.  Entretanto, agora, a gigante italiana, Eni, deverá fazer parte do mesmo. A notícia sobre a nova parceria foi revelada durante esta quarta-feira, 08 de junho, em Qatar.

O complexo do Campo Norte,  que está localizado no Catar, receberá novos investimentos e fará com que a região mantenha, de forma ainda mais posicionada, a sua colocação em relação à exportação de gás natural em escala mundial, principalmente para toda a Europa. O investimento acontece em um momento crucial, à medida que todo o continente está em busca de uma solução para o fim de importações de gases vindos dos russos.  A guerra criada entre a Rússia e a Ucrânia está fazendo com que o preço das commodities, como do gás natural e do petróleo, fiquem inflados. Entretanto, aliados a Putin afirmam que, hora ou outra, os países que estão contra os russos terão que fazer a importação das matérias, visto que ele é uma necessidade humana e não pode estar sendo barrada por questões políticas. 

Cerimônia de entrada da Eni está prevista para acontecer durante este domingo, 12 de junho, em Qatar 

Qatar Energy (QE), estatal que receberá o aporte das multinacionais, afirmou em entrevista que deverá realizar uma cerimônia de entrada da Eni durante este domingo, 12 de junho. O presidente-executivo da Exxon, Darren Woods, afirmou que deverá  participar de uma conferência para declarar as novas formalidades. 

Ao todo, é estimado que a Exxon, Shell e Total detenham um grande parte do projeto, podendo chegar ao importe de 25%. E, como forma de compensar a entrada de outra instituição para o projeto, é provável que a empresa italiana terá que fornecer quotas a cada uma das marcas. A QE também afirma que pretende integrar outros grupos nos investimentos, inclusive os vindos da China. 

A estatal afirmou que o seu projeto de Expansão do Campo Norte (NFE) está contando com o fornecimento de trens de alto padrão para a realização do transporte do gás, ao mesmo tempo em que aumentaram de forma exponencial a sua produção. Até o ano de 2027, a empresa anunciou que pretende sair da produção de 77 milhões de toneladas para cerca de 126 milhões.

Guerra entre Rússia e Ucrânia vai deixar, no mercado, marca difícil de ser recuperada 

Analistas não tardam em dizer que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia não impactam somente os dois países, como também o mercado externo interior. Para se ter uma ideia, o preço do petróleo está sendo cotado a US$ 122 e o banco Goldman estima que, para que haja o controle de oferta e demanda, o preço terá que ser elevado para US$ 135. O que pode impactar o bolso dos brasileiros, visto que o valor da gasolina já está a mais de R$ 10 em alguns estados. 

O presidente da república, Jair Bolsonaro, teria criado um projeto que defende o fim das tribulações sobre o litro da gasolina. Mas, com a defasagem de preços, mesmo com o fim dos tributos, os valores devem se manter elevados. 

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