Tecnologia desenvolvida no campus de Dubai da BITS Pilani detecta quedas iminentes e aciona airbags em dois segundos para proteger ocupantes
Uma equipe de engenheiros do campus de Dubai da BITS Pilani revelou o Projeto REBIRTH, um sistema de sobrevivência em acidentes de avião que usa tecnologia de inteligência artificial para proteger passageiros em situações de queda inevitável.
A proposta combina sensores e software de IA para detectar riscos e acionar airbags externos ao redor da aeronave, com o objetivo de reduzir o impacto de pousos abruptos.
Como o sistema funciona
O REBIRTH analisa constantemente o estado do motor, a direção, a velocidade, a altitude, a temperatura e a atividade do piloto. Quando detecta que uma colisão é inevitável, ativa os airbags localizados no nariz, na barriga e na cauda em menos de dois segundos.
-
Nasa diz que Perseverance encontrou o indício mais claro de vida em Marte e o classificou como um sinal compatível com atividade microbiana
-
Camada de Ozônio se recupera e ONU prevê desaparecimento do buraco
-
O chip que pode decretar o fim do 5G antes de se consolidar: tecnologia chinesa minúscula é 10 mil vezes mais rápida e promete inaugurar a era do 6G mundial
-
Pouca gente sabe: o QR Code nasceu no Japão em 1994 dentro da Toyota para rastrear peças de carro e acabou se tornando uma revolução global que superou o código de barras
Esses airbags são compostos por camadas de Kevlar, TPU, Zylon e fluidos não newtonianos, que absorvem o impacto e reduzem os danos à estrutura e aos passageiros.
Se os motores ainda estiverem funcionando, o sistema aciona o empuxo reverso para desacelerar a aeronave. Caso haja falha total, pequenos propulsores a gás entram em ação para reduzir a velocidade e estabilizar o avião.
Depois do pouso forçado, o REBIRTH libera tinta laranja brilhante, sinalizadores infravermelhos, GPS e luzes piscantes para facilitar o trabalho das equipes de resgate.
Ativação automática e controle manual
O sistema é ativado automaticamente sempre que o avião estiver a menos de 910 metros de altitude e houver risco iminente de queda. Os pilotos, porém, têm a opção de desativá-lo manualmente se julgarem necessário.
“Ele se prepara para o pior quando todo o resto falha”, afirmaram os criadores do projeto, os engenheiros Eshel Wasim e Dharsan Srinivasan.
Protótipo e testes previstos
A equipe construiu um protótipo em escala 1:12, equipado com sensores, microcontroladores e cilindros de dióxido de carbono controlados por IA. O sistema responde a mudanças de velocidade, vibração e força, ativando as medidas de segurança em sequência.
Simulações computacionais indicam que o conceito pode reduzir o impacto de colisões em mais de 60%.
Agora, os engenheiros planejam trabalhar com fabricantes de aeronaves e laboratórios para testar versões em tamanho real em túneis de vento e simulações de colisões.
Eles pretendem tornar o sistema compatível tanto com aeronaves novas quanto com modelos já em operação.
Um conceito nascido de uma tragédia
A ideia surgiu após um acidente fatal com a Air India no início deste ano. A aeronave perdeu potência segundos após a decolagem, matando todos os passageiros, exceto um.
“Minha mãe não conseguia dormir”, relatou Wasim. “Ela não parava de pensar no medo que os passageiros e pilotos deviam ter sentido, sabendo que não havia saída.”
Essa sensação de desamparo impulsionou o desenvolvimento do REBIRTH, com foco em três objetivos principais: desacelerar a aeronave antes do impacto, absorver as forças da colisão e permitir que socorristas cheguem ao local rapidamente.
Desafios e reconhecimento
Apesar do potencial, especialistas alertam que o peso extra e a complexidade dos airbags podem representar obstáculos à adoção.
Caso vença o Prêmio James Dyson 2025, o projeto receberá US$ 40 mil e se juntará a criações inovadoras anteriores, como dispositivos biomédicos vestíveis para testes de glaucoma e reboques off-road para transporte de soldados feridos.