Um levantamento da Absolar mostrou que a potência de energia solar em usinas de grande porte e pequenos e médios sistemas chegou a 9 GW
Dados divulgados pela Absolar – Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, mostraram que o Brasil chegou à marca histórica de 9 GW de potência operacional em usinas fotovoltaicas de grande porte e com pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos. O levantamento ainda indicou que a fonte trouxe mais de R$ 46 bilhões em investimentos e gerou muitos empregos no país. Fonte: Energia solar – Setor deve gerar 147 mil novos empregos em 2021, com cerca de 22,6 milhões de reais em investimentos
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Levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
A Absolar indicou que com o avanço da energia solar, por meio dos leilões para grandes centrais, ou pela geração própria em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos são fundamentais para reduzir o chamado “custo Brasil”, trazendo mais competitividade e ajudando a reduzir a ocorrência das bandeiras vermelhas na conta de luz, além de diversificar o suprimento.
O segmento centralizado de energia solar conta com 3,3 GW de potência instalada em usinas, equivalente a 1,9% da matriz elétrica brasileira, tornando-se em 2019 a tecnologia mais competitiva entre as fontes renováveis nos dois Leilões de Energia Nova, A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21,00/MWh.
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Potencial dos empreendimentos do segmento fotovoltaico
Hoje, os empreendimentos de energia solar no Brasil respondem pela sétima maior fonte de geração do país, com ativos em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins), em aportes que ultrapassam R$ 18 bilhões.
Ao somar as capacidades instaladas das grandes usinas e da geração própria, a fonte de energia solar ocupa, hoje, o sexto lugar na matriz nacional, atrás das hidrelétricas, eólicas, biomassa, termelétricas a gás natural e a diesel, além de outros combustíveis fósseis. Representa, também, mais do que a somatória de toda a potência instalada de térmicas a carvão e usinas nucleares, totalizando 5,6 GW.
Com o estudo, energia solar pode desbancar as usinas termelétricas
O presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, Rodrigo Sauaia, destacou o estudo Integração de Fontes Renováveis Variáveis na Matriz Elétrica do Brasil, que contou com a participação do MME, EPE, ONS e a entidade do governo alemão Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ). Rodrigo Sauaia diz que tal levantamento desbancou o velho mito de que o país dependeria das usinas termelétricas para dar suporte ao crescimento das renováveis, apontando que o equilíbrio do sistema quando há variações nos ventos e no sol é fornecido, em especial, pelas hidrelétricas e não pelas termelétricas fósseis.
O CEO da Absolar diz que a evolução da matriz depende mais de vontade e liderança política do que de condições técnicas e econômicas. Ele ainda afirma que o setor de energia solar pode trazer mais de R$ 139 bilhões em investimentos e gerar mais de 1 milhão de novos empregos ao Brasil até 2050, com o marco legal proposto pelo PL nº 5.829/2019.
O presidente da Absolar diz que a energia solar terá papel cada vez mais importante na abordagem estratégica para atingir as metas de desenvolvimento socioeconômico e sustentável em todos os estados brasileiros. Segundo ele, a tecnologia fotovoltaica é vital para a recuperação econômica após a pandemia, além de ser um recurso renovável que pode gerar mais empregos no planeta.