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Energia solar no Brasil ultrapassa 60 GW e ganha reforço com soluções de armazenamento

Escrito por Paulo H. S. Nogueira
Publicado em 06/11/2025 às 07:51
Painéis solares instalados entre dois reservatórios de água, captados em um dia ensolarado.
Vista aérea de painéis solares instalados em uma passagem entre dois reservatórios, ilustrando o uso de energia limpa e sustentável.
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Descubra como a energia solar no Brasil ultrapassa 60 GW e impulsiona o uso de baterias para ampliar eficiência e independência energética

A energia solar no Brasil ultrapassa 60 GW de capacidade instalada e, com isso, reforça sua posição como uma das principais fontes de geração elétrica do país.

Esse avanço demonstra como o Brasil vem se adaptando, de forma contínua, a uma nova realidade energética marcada por inovação, sustentabilidade e redução de custos.

Segundo a Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar), o setor já representa cerca de 23% da matriz elétrica nacional, o que simboliza um marco histórico alcançado em pouco mais de uma década de expansão constante.

Além disso, as projeções indicam que até o fim de 2025 o país deve adicionar mais 13,2 GW, alcançando 64,7 GW de capacidade total.

Desse modo, o crescimento reforça o quanto a energia solar transforma a forma de produzir e consumir eletricidade, tanto em residências quanto em indústrias e no agronegócio.

Por consequência, esse avanço está diretamente ligado à queda no custo das baterias e à popularização das soluções de armazenamento de energia.

Essas tecnologias tornam possível garantir o fornecimento contínuo, mesmo durante períodos nublados ou à noite, quando a radiação solar é reduzida.

Histórico e consolidação da energia solar no Brasil

A trajetória da energia solar no Brasil começou de forma tímida, ainda nos anos 1990, quando os primeiros painéis fotovoltaicos eram instalados em locais isolados, como escolas rurais e comunidades amazônicas.

Naquele período, os custos eram altos e o acesso à tecnologia era limitado.

Com o passar dos anos, entretanto, políticas públicas e incentivos regulatórios começaram a mudar essa realidade.

A criação do Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída (ProGD) e as resoluções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foram essenciais para impulsionar o uso de sistemas solares em residências e comércios.

A partir de 2012, o país entrou em um novo ciclo de expansão.

Nesse período, o preço dos equipamentos caiu e o interesse dos consumidores aumentou.

Assim, cada vez mais pessoas buscavam reduzir custos e adotar práticas sustentáveis.

Consequentemente, o Brasil passou a ocupar um papel de destaque internacional.

Atualmente, é líder em geração distribuída na América Latina, e o número de sistemas instalados cresce de forma acelerada, ano após ano.

A revolução das baterias e o papel da inovação

Ao longo da última década, a evolução das baterias impulsionou o crescimento da energia solar em ritmo impressionante.

Conforme dados da Agência Internacional de Energia (IEA), o custo das baterias caiu mais de 90% em menos de 15 anos.

Dessa forma, o armazenamento de energia se tornou mais acessível e eficiente.

De acordo com a BloombergNEF, os preços continuarão em queda — 50% até 2030 e 68% até 2050 —, o que torna essa tecnologia ainda mais atraente.

Assim, as baterias armazenam o excesso de energia gerada durante o dia, garantindo autonomia à noite ou em dias nublados.

Conforme explica Rodrigo Bourscheidt, CEO da Energy+, investir em sistemas de armazenamento proporciona independência da rede elétrica e amplia a eficiência dos sistemas solares.

Além disso, a empresa oferece soluções que vão de 5 kWh para uso doméstico até 5.000 kWh para aplicações industriais e agrícolas, com vida útil superior a 30 anos.

Portanto, o investimento em baterias específicas para energia solar maximiza o potencial dos sistemas e garante fornecimento contínuo e confiável.

Essa combinação de tecnologia e sustentabilidade faz com que a energia solar no Brasil ultrapassa barreiras e alcance novos patamares de desempenho.

Energia solar no agronegócio e nas comunidades rurais

Enquanto nas cidades a energia solar se populariza entre residências e comércios, no campo o impacto é igualmente relevante.

O setor agrícola brasileiro utiliza a energia solar para abastecer sistemas de irrigação, secagem de grãos e refrigeração.

Nesse contexto, as baterias permitem o funcionamento dos pivôs de irrigação mesmo sem acesso à rede elétrica, o que aumenta a produtividade e reduz custos operacionais.

Dessa maneira, o agricultor ganha autonomia energética e contribui para uma produção mais sustentável.

Por outro lado, em regiões remotas, as soluções fotovoltaicas oferecem energia limpa e constante, levando benefícios a escolas, postos de saúde e pequenas indústrias locais.

Assim, o avanço da energia solar no Brasil ultrapassa fronteiras geográficas e sociais, promovendo inclusão energética e desenvolvimento regional.

Em consequência, comunidades que antes dependiam de geradores a diesel agora contam com uma alternativa mais barata, silenciosa e ecológica.

Isso fortalece o conceito de justiça energética, garantindo que o acesso à eletricidade de qualidade se torne realidade para todos.

A importância da energia solar para a transição energética

O crescimento da energia solar no Brasil ultrapassa o simples aspecto econômico, pois também representa um passo decisivo rumo à transição energética.

Historicamente dependente das hidrelétricas, o país agora diversifica sua matriz e reduz as emissões de gases de efeito estufa.

Segundo a IEA, o Brasil figura entre os dez maiores mercados de energia solar do mundo.

Essa posição reforça o compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente no que se refere à energia limpa e acessível e à ação contra as mudanças climáticas.

Além disso, a expansão do setor movimenta a economia e gera milhares de empregos diretos e indiretos.

Pequenas e médias empresas também se beneficiam, uma vez que reduzem despesas e valorizam seus imóveis ao instalar sistemas solares.

Portanto, a energia solar no Brasil ultrapassa o campo tecnológico e se consolida como pilar estratégico para um futuro sustentável.

À medida que o custo cai e a tecnologia evolui, o acesso à energia limpa se torna mais democrático e abrangente.

O futuro da energia solar e do armazenamento no Brasil

O futuro da energia solar no Brasil é promissor e, sem dúvida, continuará a surpreender.

À medida que as inovações em baterias e painéis fotovoltaicos avançam, novas possibilidades surgem para otimizar a produção e o consumo de energia.

Além disso, tecnologias como inteligência artificial e internet das coisas (IoT) estão sendo incorporadas aos sistemas solares, permitindo controle inteligente e eficiente do fluxo de energia.

Dessa forma, os equipamentos se tornam mais eficientes, seguros e sustentáveis.

Especialistas projetam que, até 2035, o Brasil poderá ultrapassar 100 GW de capacidade instalada, consolidando-se como referência mundial em energia renovável.

Contudo, para que isso ocorra, será necessário manter políticas públicas consistentes e ampliar os investimentos em infraestrutura.

Por fim, o crescimento da energia solar no Brasil ultrapassa o aspecto tecnológico e alcança dimensões sociais e culturais.

À medida que a população compreende os benefícios da energia solar, mais pessoas adotam sistemas fotovoltaicos, fortalecendo uma cultura de inovação e sustentabilidade.

Um país movido pelo sol e pela inovação

A trajetória recente demonstra que a energia solar no Brasil ultrapassa limites antes inimagináveis.

Graças ao apoio de políticas públicas, incentivos privados e avanços tecnológicos, o país constrói uma matriz energética moderna e resiliente.

O sol, presente em todo o território nacional, simboliza autonomia e progresso.

Ao investir em armazenamento e inovação, o Brasil amplia sua capacidade de gerar energia limpa e fortalece sua posição como líder em sustentabilidade na América Latina.

Assim, o futuro de baixo carbono passa, inevitavelmente, pela energia solar.

O fato de a energia solar no Brasil ultrapassa 60 GW é apenas o início de uma revolução energética que continuará transformando o presente e moldando um amanhã mais equilibrado e sustentável.

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Paulo H. S. Nogueira

Sou Paulo Nogueira, formado em Eletrotécnica pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), com experiência prática no setor offshore, atuando em plataformas de petróleo, FPSOs e embarcações de apoio. Hoje, dedico-me exclusivamente à divulgação de notícias, análises e tendências do setor energético brasileiro, levando informações confiáveis e atualizadas sobre petróleo, gás, energias renováveis e transição energética.

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