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Energia solar no Amazonas: Ipaam estabelece critérios para licenciamento ambiental

Escrito por Paulo H. S. Nogueira
Publicado em 28/08/2025 às 08:08
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Técnico realiza a instalação de painéis solares em um telhado, sob um céu limpo com poucas nuvens.
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Descubra como o Ipaam regulamenta o licenciamento de energia solar no Amazonas, garantindo segurança jurídica e expansão sustentável da matriz renovável.

O desenvolvimento da energia solar no Amazonas tem ganhado destaque nos últimos anos, pois acompanha a tendência global de transição para fontes renováveis e limpas.

Além disso, o Amazonas, conhecido por sua vasta floresta tropical e abundância de rios, historicamente dependeu de hidrelétricas como principal fonte de eletricidade.

No entanto, devido às peculiaridades do Estado, como regiões isoladas e dificuldades logísticas, surgiu a necessidade de buscar alternativas energéticas diversificadas, incluindo a energia solar.

Portanto, historicamente, o Amazonas enfrentou desafios para diversificar sua matriz energética. Durante décadas, a dependência de hidrelétricas e o transporte de combustíveis fósseis para áreas isoladas gerou altos custos e impactos ambientais.

Assim, a introdução da energia solar surge como uma solução estratégica, capaz de gerar eletricidade de forma distribuída e sustentável.

Além disso, a energia solar não só reduz a emissão de gases de efeito estufa, como também fortalece a segurança energética, especialmente em comunidades rurais e regiões de difícil acesso.

Igualmente importante, o interesse pela energia solar intensificou-se com a evolução tecnológica. De fato, painéis fotovoltaicos mais eficientes, sistemas de armazenamento de energia e soluções híbridas ampliaram as possibilidades de geração elétrica em locais remotos.

Consequentemente, a tecnologia atual permite que pequenas comunidades ou propriedades rurais se tornem autossuficientes, reduzindo gastos com transporte de combustível e promovendo maior independência energética.

A normativa do Ipaam e seus critérios de licenciamento

Em 20 de agosto de 2025, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) publicou a Instrução Normativa nº 004/2025, um marco significativo na regulamentação do setor de energia solar no Estado.

Dessa forma, a normativa estabelece critérios claros para o licenciamento ambiental de empreendimentos fotovoltaicos, dando segurança jurídica, padronizando procedimentos e estimulando a expansão de uma matriz energética renovável.

Portanto, a medida representa um avanço importante na modernização do setor energético, conciliando o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental.

Além disso, a normativa do Ipaam detalha os diferentes níveis de licenciamento de acordo com a potência instalada dos sistemas fotovoltaicos.

Por exemplo, para empreendimentos de até 1 megawatt (MW), a instrução prevê a Declaração de Inexigibilidade (DI), desde que não estejam localizados em áreas ambientalmente sensíveis, como Unidades de Conservação, Áreas de Preservação Permanente (APP) e terras indígenas.

Dessa maneira, essa medida simplifica a burocracia e incentiva pequenos produtores de energia solar, permitindo que empresas e residências expandam sua participação na matriz renovável.

Por outro lado, para sistemas com potência superior a 1 MW e até 3 MW, o Dispensa de Licenciamento Ambiental (DLA) se aplica, desde que seja apresentado um Memorial Descritivo.

Além disso, usinas entre 3 MW e 10 MW devem elaborar um Relatório Ambiental Simplificado (RAS), enquanto projetos acima de 10 MW precisam apresentar Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto no Meio Ambiente (Rima).

Assim, esse detalhamento demonstra o cuidado do órgão ambiental em equilibrar crescimento energético e preservação ambiental, oferecendo diretrizes claras que beneficiam tanto empreendedores quanto a sociedade.

Outro ponto relevante da normativa é a exigência de licenciamento ambiental sempre que houver supressão de vegetação, terraplenagem ou intervenção em áreas de preservação permanente, independentemente da potência instalada.

Regularização e adaptação de empreendimentos

A instrução normativa também contempla a regularização ambiental de empreendimentos já em operação ou em processo de legalização, por meio de licenciamento corretivo.

Dessa forma, os projetos deverão apresentar Relatório de Controle Ambiental (RCA) ou Relatório Ambiental Simplificado (RAS), conforme o estágio em que se encontram.

Assim, essa medida garante que empreendimentos antigos se adequem às novas exigências sem comprometer sua operação.

Ademais, a publicação da normativa reflete tendências históricas mais amplas do setor energético brasileiro.

De fato, ao longo das últimas décadas, o país buscou diversificar sua matriz energética, aproveitando o potencial solar em diferentes regiões.

Por exemplo, estados como Minas Gerais, Bahia e Ceará já consolidaram parques fotovoltaicos, demonstrando os benefícios econômicos e ambientais da energia solar.

Consequentemente, com diretrizes claras para o Amazonas, o Estado pode explorar seu próprio potencial, fortalecendo a economia local e gerando empregos em novas tecnologias verdes.

Além disso, a regulamentação aumenta a confiança de investidores privados.

Com regras transparentes, o setor privado se sente mais seguro para aplicar recursos em projetos de energia solar, seja na instalação de pequenas usinas ou em grandes parques fotovoltaicos.

Portanto, isso cria um ciclo virtuoso de desenvolvimento, inovação tecnológica e criação de empregos especializados no Estado.

Benefícios econômicos, sociais e ambientais

O impacto da energia solar no Amazonas vai além da geração de eletricidade.

De fato, projetos solares impulsionam a inovação tecnológica, atraem investimentos privados e fomentam a formação de mão de obra especializada.

Além disso, empresas de engenharia, instalação e manutenção de sistemas fotovoltaicos terão novas oportunidades, enquanto universidades e centros de pesquisa podem desenvolver estudos aplicados que ampliem a eficiência e a integração desses sistemas.

Além do contexto econômico e tecnológico, a energia solar oferece benefícios sociais significativos.

Consequentemente, comunidades isoladas, historicamente dependentes de geradores a diesel ou transporte de combustíveis caros, agora podem se beneficiar de eletricidade limpa, confiável e de baixo custo.

Isso impacta positivamente setores essenciais como saúde, educação e comunicação, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida no interior do Estado.

Além disso, o Amazonas, com seu clima tropical e alta incidência solar durante grande parte do ano, possui condições ideais para o crescimento da energia fotovoltaica.

Assim, a expansão dessa matriz energética ajuda o Estado a reduzir a dependência de fontes hidrelétricas e fósseis, enquanto promove a preservação da floresta amazônica.

Com um licenciamento ambiental eficiente e transparente, o Ipaam oferece suporte para que o setor privado invista com segurança e responsabilidade ambiental.

De forma complementar, a energia solar fortalece a resiliência energética do Estado.

Com sistemas distribuídos, cidades e comunidades mantêm o fornecimento de eletricidade mesmo em períodos críticos, garantindo energia confiável.

Energia solar e o futuro sustentável do Amazonas

Além disso, a normativa do Ipaam se insere em um contexto global de transição energética.

De fato, países ao redor do mundo incentivam o uso de energia solar para reduzir a pegada de carbono e enfrentar os desafios das mudanças climáticas.

Nesse cenário, o Amazonas ocupa um papel estratégico, aproveitando seu potencial natural para contribuir com o desenvolvimento regional e os compromissos ambientais nacionais e internacionais.

Portanto, em resumo, a energia solar no Amazonas representa um passo decisivo na construção de um futuro energético mais sustentável e diversificado.

Com a Instrução Normativa nº 004/2025, o Ipaam estabelece critérios claros para o licenciamento ambiental, garantindo segurança jurídica, eficiência e proteção ambiental.

Assim, o Estado avança na promoção de fontes limpas, no incentivo à inovação tecnológica e na melhoria da qualidade de vida da população, consolidando-se como um exemplo de desenvolvimento sustentável na região amazônica.

Finalmente, a publicação desta normativa marca um momento histórico para a energia renovável no Amazonas.

Com um ambiente regulatório claro e confiável, o Ipaam permite que empreendedores, comunidades e o governo trabalhem juntos em prol de um modelo energético mais verde, eficiente e inclusivo.

Dessa forma, a energia solar não é apenas uma alternativa energética, mas um motor de transformação econômica, social e ambiental no coração da Amazônia.

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Paulo H. S. Nogueira

Sou Paulo Nogueira, formado em Eletrotécnica pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), com experiência prática no setor offshore, atuando em plataformas de petróleo, FPSOs e embarcações de apoio. Hoje, dedico-me exclusivamente à divulgação de notícias, análises e tendências do setor energético brasileiro, levando informações confiáveis e atualizadas sobre petróleo, gás, energias renováveis e transição energética.

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